Usos e Costumes

 

 

Vestimenta

Algumas denominações dão um valor excessivo ao chamado Uso & Costume, a ponto de excluir do rol de membros irmãos que não se enquadram na visão dos seus fundadores ou teólogos.   À luz da Bíblia é impossível afirmar que a mulher ou o homem não deve usar determinada vestimenta.O homem no princípio de sua existência andava nu, Gn 2.25. As primeiras roupas que usou eram feitas de peles de animais, Gn 3.21. Subseqüentemente os materiais empregados no fabrico de vestimentas eram a lã, Gn 31.19; Lv 13.47; Jó 31.20, o linho, Ex 11.31; Lv 16.4, o linho fino, Gn 41.42, e finíssimo, Lc 16.19, a seda, Ez 14.10,13; Ap 18.12, o saco de cilício, Ap 6.12, e as peles de camelo, Mt 3.4.
As peças essenciais dos trajes do homem e da mulher eram duas: Uma túnica, espécie de camisa de mangas curtas, chegando até aos joelhos, Gn 37.3; 2Sm 13.18, às vezes tecida de alto a baixo e sem costura, Jo 19.23, 24, cingida por um cinto; eram iguais para ambos os sexos, a diferenciação estava no estilo e na forma de usá-las.Outra peça consistindo em um manto, Rt 3.15; 1Rs 11.30; At 9.39, feito de um pano de forma quadrada, guarnecido de fitas, Nm 15.38; Mt 23.5. Punha-se sobre o ombro esquerdo, passando uma das extremidades por cima ou por baixo do braço direito.A parte inferior do baixo manto chama-se orla, Ag 2.12; Zc 8.23. As vestes dos profetas eram de peles de ovelhas, ou de cabritos, 2Rs 1.8; Zc 3.4; Hb 11.37, e também de peles de camelo, Mt 3.4.Outra peça de roupa era às vezes usada entre a túnica e a manta, por pessoas de distinção, e oficialmente pelo sumo sacerdote, Lv 8.7; 1Sm 2.19; 18.4; 24.4; 2Sm 13.18; 1Cr 15.27; Jó 1.20. Era uma veste comprida sem mangas, apertada na cinta. Os cintos serviam para facilitar os movimentos do corpo e eram feitos de couro, linhos crus ou finos, 2 Rs 1.8; Jr 13.1; Ez 16.10, muitas vezes bem elaborados com decorações artísticas, Ex 18.39; 39.29; Dn 2.5; Ap 1.13.A espada era levada à cinta e o dinheiro também, Jz 3.16; 1Sm 25.13; Mt 10.9.       Fora de casa traziam sandálias, sapato rudimentar, feitas com uma sola de madeira ou de couro, Ex 16.10, apertadas aos pés nus por meio de correias, passando pelo peito do pé e à roda dos artelhos, Gn 14.23; Is 5.27; At 12.8.
O povo comum andava com a cabeça descoberta. Às vezes traziam turbantes, Jó 29.14; Is 3.20; Ez 23.20. O véu era usado pelas mulheres em presença de pessoas estranhas, Gn 24.65; Ct 5.7, se bem que muitas vezes elas saíam com as faces descobertas, Gn 24.16; 26.8.

Os santos são sensíveis à voz do Espírito Santo e antes de usar determinadas vestes, procuram conhecer a vontade de Deus. Não é conveniente ao homem usar roupas sabidamente femininas.As mulheres devem vestir-se com sabedoria visando apenas a edificação do próximo, jamais, despertar a sensualidade ou desejos lascivos. Vestes transparentes, decotes profundos, saias e blusas curtas, calças apertadas (justas) e toda a espécie de roupas que mostram ou marcam o corpo despertando a sensualidade devem ser rejeitadas. É preciso cuidado com os extremos, o uso de vestidos e saias cobrindo os tornozelos, blusas com mangas até os pulsos e golas à altura do pescoço; não é sinal de santidade, geralmente desperta a rejeição no próximo impedindo que exalemos o bom perfume de Cristo.O uso de roupas de "marca" ou "etiqueta" de modo geral é um canal aberto para o devorador (são caríssimas) e que desperta no coração a vaidade. Basicamente, quem usa uma roupa de griffe o faz para que o próximo veja. A moda não é feita para o povo de Deus, que devem optar pela simplicidade de aços, a exemplo de nosso Senhor.

"Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!" 1 Tm 2:9,10

Jóias e Maquiagem

O uso de jóias e bijuterias não é errado, no entanto, é preciso que sejam sensatos. Os servos de Deus não deve assemelhar-se à uma "perua". A ostentação é um pecado.
O uso de maquiagem não é condenado por Deus, no entanto, às mulheres precisam ser sensíveis ao Espírito e não optar por nada demasiadamente pesado. O equilibro se aplica também a esta área.

"Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros." 1Pe 3.3

Finalizando, medite:
"Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.  Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem." 1Co 10.23,24

Elias R. de Oliveira
Bibliografia: D. Bíblia John Davis

Os usos e costumes é uma velha questão nos círculos pentecostais. Os usos e costumes fazem parte de todas as instituições e sociedades. Todas as igrejas têm as suas tradições, impostas ou espontâneas. Por muito tempo se confundiu costumes com doutrina, mas há diferenças significativas entre esses conceitos.
O que é costume? O lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda definiu costume como “uso, hábito ou prática geralmente observada”1, o dicionarista Adriano da Gama Cury definiu, de maneira mais completa a palavra costume, como “uso, prática habitual; modo de proceder; característica, particularidade; prática jurídica ou religiosa não escrita, baseada no uso; moda; traje característico ou adequado…”2 Essas definições mostram que o costume é um hábito repedidamente adotado por um determinado grupo social. Os costumes fazem parte da identidade de uma instituição.O que é doutrina? No Novo Testamento, a palavra mais usada para doutrina é didache e significa ensino, instrução, tratado e doutrina. Segundo o teólogo Claudionor Corrêa de Andrade, doutrina é a “exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente”³. Doutrina, portanto, é o resultado do um ensino teológico, adotado por uma denominação ou religião.
O pastor Antonio Gilberto, M.D., apresentou em seu livro Manual da Escola Dominical4, algumas diferenças entre usos e costumes, e nesse artigo será apresentada outras diferenças, além da lista exposta pelo grande teólogo pentecostal.

a) A doutrina é de origem divina, o costume é de origem humana.
A doutrina é divina pois está baseada na inspirada Palavra de Deus. Para um idéia ser doutrina bíblica, é preciso que ela esteja exposta por todo o texto sagrado. Nunca uma verdadeira doutrina é baseada em textos isolados.
O costume é imposto por convenções humanas de maneira espontânea ou obrigatória, sendo assim, o costume é humano. Há muitos que tentam achar textos bíblicos para justificar a perpetuação de sua tradição, mas normalmente praticam a eisegese5, ou seja, dizem o que bem quer e tentam justificar na Bíblia. O teólogo Esdras Costa Bentho, escrevendo sobre a eisegese, disse:

O intérprete está cônscio de que a interpretação por ele asseverada não está condizente com o texto, ou então está inconsciente quanto aos objetivos do autor ou do propósito da obra. Entretanto, voluntária ou involuntariamente, manipula o texto a fim de que sua loquacidade possa ser aceita como princípio escriturístico. 6

Tentar justificar na Bíblia as tradições, é uma tarefa que tem levado a muitas distorções bíblicas. O melhor é reconhece-la com humana.
b) A doutrina é imutável, o costume muda.
A doutrina é permanente, ela nunca muda. A doutrina da justificação pela fé, exposta principalmente nos primeiros capítulos de Romanos, nunca mudou e nem deve ser mudada. Doutrina(bíblica) mudada é heresia. Quando Lutero resgatou a doutrina da justificação pela fé, ele orientou a igreja a voltar na perspectiva bíblica sobre o assunto. São passados mas de dois mil anos e essa doutrina nunca mudou no verdadeiro cristianismo.O costume não é imutável. No Brasil era comum os cidadãos andarem pelas ruas de chapéus, tanto homens como mulheres, passados anos, não há mais essa costume no país. Antigamente, os pais escolhiam com quem a sua filha casaria, esse costume também mudou. É necessário que o costume mude, pois o ele está ligado a cultura local, e toda cultura é dinâmica. Mudar alguns costumes não significa passar do são para o diabólico, como muito pregam. A mudança é inevitável e deve ser bem orientada, mas, como enfatizado, é sempre necessária. É bem relevante o que o teólogo britânico John Stott, escreveu no seu livro Cristianismo Equilibrado7:
Quando resistimos a mudanças- sejam elas na igreja ou na sociedade devemos perguntar-nos se são na realidade, as Escrituras que estamos defendendo(como é nosso costume insistir ardorosamente) ou, se ao contrário, é alguma tradição apreciada pelos anciãos eclesiásticos ou de nossa heranças cultural. Isto não quer dizer que todas as tradições, simplesmente por serem tradicionais, devam a qualquer custo ser lançadas fora. Iconoclasmo sem crítica é tão estúpido quanto conservantismo sem crítica, e é algumas vezes mais perigoso. O que estou enfatizando é que nenhuma tradição pode ser investida com uma espécie de imunidade diplomática à examinação. Nenhum privilégio especial pode ser-lhe reivindicado. Algumas igrejas estão impondo mudança de costumes, isso é um erro, que sempre levará a exageros. Os costumes mudam naturalmente, mas devem seguir orientação para não levar a práticas anti-bíblicas. As igrejas sem orientação pastoral tem aderido a costumes extravagantes, como bailes fanks em meio ao culto. Tudo deve ser feito com equilíbrio, nada de permissividade e nem de legalismo.

c) A doutrina é universal, o costume é local.A doutrina é universal no sentido que é para todos os povos em todas as culturas. Proclamar que Jesus é o salvador , faz sentido no Brasil em 2007, como para os indianos que foram evangelizados pelo apóstolo Tomé, o primeiro missionário daquela nação, ainda no primeiro século da Era Cristã.O costume é local. Os homens na Escócia, usam um tipo masculino de saia; no Siri Lanka, é também costume as saias para homens. Saia na maior parte do Ocidente é roupa exclusivamente feminina. No Brasil é comum comer peixe cozido ou frito, no Japão se come peixe-cru.

d) A doutrina santifica, o costume não santifica.
A doutrina bíblica santifica o crente, mediante a Palavra de Deus. Jesus disse; “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”(Jo 17.17). O ensino da Palavra de Deus, ou seja, das doutrinas bíblicas, é um dos meios que Deus usa para levar o crente a uma vida reta, assim como escreveu o salmista: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”(Sl 119.9). John Henry Jowett disse: “Você não pode abandonar os grandes temas doutrinários e ainda assim produzir grandes santos”, e o pastor A. W. Tozer escreveu: “O propósito que está por trás de toda doutrina é garantir a ação moral”. Por isso é bom lembrar que a doutrina bíblica produz, naturalmente, bons costumes.
O costume não pode santificar. Quem acredita na santificação por meio dos costumes, normalmente, é um escravo do legalismo. O pastor Antonio Gilberto escreveu a respeito do erros em relação a santificação , e citou o engano de associar exterioridade com santidade: “Usos, práticas e costumes. Esses últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela”.8 E bem relevante o que escreveu o pastor Ciro Zibordi no prefácio do livro Verdades Pentecostais:

Conservar não significa possuir uma falsa santidade, fazendo dos usos e costumes uma causa, e não um efeito. Como pode ser ao longo dessa obra , a observância da sã doutrina leva-nos a ter santidade interna e externa, o que implica vida santa a partir do espírito (1Ts 5.23) e manutenção dos bons costumes. Estes, pois, não devem gerar doutrinas, como vem acontecendo em algumas igrejas não legitimamente avivadas, para prejuízo de seus membros.9

O farisaísmo se caracterizava por associar sua obras a salvação de suas almas. Há muitos que fazem dos costumes doutrina e assim, pensam que para ser salvos precisam fazer isso ou aquilo. Como dizia Lutero: “As boas obras não fazem o homem bom; mas o homem bom, pratica as boas obras”. A inversão dessa ordem cria escravos do farisaísmo e não servos do Altíssimo.
e) A doutrina é um princípio, o costume é um preceito.
Há diferença entre princípio e preceito? Sim. O pastor José Gonçalves escreveu: “Os preceitos apontam para princípios e não o contrário. Um princípio é aquilo que está por trás do preceito ou norma”.10 Por exemplo, usar uma roupa social em um tribunal é uma norma, um preceito. O princípio ou doutrina por trás dessa norma, é que o tribunal é um lugar sério e não ambiente de entretenimento, para ir de jeans ou short.

f) A doutrina é verdade absoluta, o costume é uma verdade relativa.
A doutrina é sempre verdade absoluta, ou seja, é para todos, em todas as épocas e em todos os lugares. O costume é relativo, como lembra o pr. Geremias do Couto:

Ao insistirmos nos absolutos, não queremos afirmar que não haja também conceitos relativos. Essa diversidade se manifesta, por exemplo, nas comidas típicas de cada país, nos estilos da arquitetura, no estilo da vestimenta e até mesmo em relação à hora de dormir, que depende do fuso horário. Mas tais circunstâncias relativas acabam apontando para princípios biológicos absolutos; todos precisam alimentar-se, todos precisam dormir.11
O costume, por ser relativo, não deveria ser imposto como obrigação. Era comum missionários europeus tentarem impor os costumes do norte em países da Ásia e da América. Hoje, o conceito de transculturação, está ajudando muito em relação a esse problema.
Há muitas outras diferenças entre doutrina e costumes, mas fica apontado que ambas não são a mesma coisa, porém estão ligadas umas as outras. O bons costumes são aqueles que não escravizam o crente, colocando um jugo que Jesus tirou na cruz, mas sim, é resultado da boa doutrina.

 

USOS  E  COSTUMES.

QUAL  É  A  NORMA  DA  CONDUTA  CRISTÃ ?

 

2  -  Doutrina.  O  que  é ?

3  -  Quais são as  diferenças  básicas  entre  doutrinas  e  costumes ?

4  -  Usos,  costumes  e  norma  de  conduta.  É  um  problema.

5  -  Você  tem  uma  consciência e como  crente  deve  evitar  os

padrões  do  mundo.

6  -  Então  ..  Qual  o  critério  a  adotar ?

6.1  -  O  critério  deve  ser:  fazer  tudo  para  a  glória  de  Deus.

6.2  -  O  critério  deve  ser:  a  edificação  do  próximo.

6.3  -  O  critério  deve  ser:  é  bom  para  mim ?

6.4  -  O  critério  deve  ser:  usar  a  modéstia  e  o  bom  senso.

6.5  -  O  critério  deve  ser:  ter no  coração,  mas  também  no

exterior.

6.6  -  O  critério  deve  ser:  buscar  a  santificação.

6.7  -  O  critério  deve  ser:  isto  é  lícito ?

6.8  -  Quem  é  o  fiscal ?

7  -  Conclusão.

 

1  -  INTRODUÇÃO

Este  assunto  que  vamos  abordar  é  um  algo  que  traz

comentários  diversos

Temos  um  texto:  Romanos  14: 1 a  23,  que  nos  fala  bem  a

respeito  deste  assunto.

Usos  e  costumes,  muitas  vezes  confundidos  e  apresentados

como  doutrinas, têm  sido  um problema  para  muitas  pessoas.

 

2 -  DOUTRINA.   O  QUE  É  ?

Doutrina  significa  literalmente  ensino  normativo, terminante,

como  regra  de  fé e  prática.

É  coisa  séria.  É  fator  altamente  influente  para  o  bem  e  o

mal.      A  sã  doutrina  é  uma  bênção  para  o  crente  e  para

a  igreja,  mas  a  falsa  -  corrompe,  contamina, ilude  e  destrói.

 

3  -  QUAIS  SÃO  AS  DIFERENÇAS   BÁSICAS   ENTRE

DOUTRINA  E  COSTUME ?

Há  pelo  menos  três  diferenças  básicas  entre   doutrina

bíblica  e  costume  puramente  humano.

Há  costumes  bons  e  maus.   A  doutrina  bíblica conduz  a

bons  costumes.

a) Quanto  à origem:

#  A  doutrina  é  divina.  # O costume em si  é  humano.

b) Quanto  ao  alcance:

#  A   doutrina  é  geral.       #  O  costume  em  si  é  local.

c) Quanto  ao  tempo:

# A doutrina é imutável.   # O costume em si é  temporário

Nota:

A  doutrina  bíblica  gera  bons  costumes,  mas  bons  costumes

não  geram  doutrina  bíblica.

Igrejas  há  que  têm  um  somatório  imenso  de  bons

costumes, mas  quase  nada  de  doutrina.

Isso  é  muito  perigoso !  Seus  membros naufragam  com

facilidade  por  não  terem  o  base    espiritual  da  Palavra  de

Deus.

4  -    USOS,  COSTUMES  E  NORMA  DE  CONDUTA.  É  UM

PROBLEMA.

 

Usos  e  costumes   têm  sido  um  dos  grandes  problemas  no

meio  evangélico.    Encontramos  igrejas  com  as   mais

diversas  posições   a  respeito  do  assunto.     Desde  as  mais

“fechadas”  -  e  as  fechadas  demais -  tendo  até  código  de

conduta  escrito  para  as  mínimas  coisas  e  até  absurdas,

como  grupos  que  não  aceitam  o  uso  de  sabonete,  por

exemplo,  até  as  mais  “abertas ”,  com  as  portas

escancaradas,  deixando  o  mundo  entrar  com  tudo  que  tem.

E  chega-se  ao  cúmulo  de  haver  igrejas,  pelo   menos  no

exterior,  que permite  até  “  pastores ”  homossexuais.

O  problema  das  igrejas,  com  respeito  a  este  assunto,  está

relacionado  com  questões    de  roupa,  cabelo   e  pinturas

( enfeites ).

5  -  VOCÊ  TEM  UMA   CONSCIÊNCIA  E  COMO  CRENTE

DEVE  EVITAR  OS  PADRÕES  DO  MUNDO.

A  consciência  pode  nos  ajudar  na  questão  dos  usos  e

costumes.  Mas  precisa  ser  uma  consciência  iluminada  pelo

Espírito  Santo  e  alimentada  com  a Palavra  de  Deus.

O  mundo  tem  influenciado  e  muito  a  igreja  e  há  crentes

que  não  consideram  ser  errado  seguir os  padrões  do

mundo.   A  sua  consciência  não  serve  de  guia,

principalmente  sobre  certos  assuntos  de  usos  e  costumes.

 

6 -  ENTÃO ... QUAL  O  CRITÉRIO  A  ADOTAR ?

No  nosso  relacionamento  com  Deus   e  com  os  homens,

devemos   tomar  o  maior  cuidado.   Algum  critério  deve

nortear  o  nosso  proceder.

O  critério  mais  importante  e  que  deve  ser  realizado  é  a

Bíblia,  que  deve  a  nossa   única  regra  de  fé  e  prática.

É  por  ela  que  nos  orientamos  e  pela  voz  do  Espírito  em

nosso  coração.  Mas  se  queremos  saber  como  proceder

bem,  precisamos  encher  nossa  mente  e  nosso  coração  da

Palavra  de Deus.

O  modo  de  proceder  nos  é  instruído  pela  Bíblia.  E  os

critérios  na  questão  de usos  e costumes  nos  são  dados  por

ela:

6.1 -  O  CRITÉRIO  DEVE  SER:  FAZER  TUDO  PARA  A

GLÓRIA  DE  DEUS.

Há  um  livro  intitulado “  Em  seus  passos, que  faria Jesus ? ”.

Esta  é  uma  boa  pergunta  para  se  fazer  a  respeito  dos

nossos  usos  e  costumes.  Aquela  roupa,  aquela   tipo  de

cabelo  como  é  usado ...  Como  Jesus  faria  se  estivesse  no

seu  lugar ?

E  há  tantas  coisas  mais ...  Leia:  I  Coríntios 10: 31

6.2 -  O  CRITÉRIO  DEVE  SER: A  EDIFICAÇÃO  DO

PRÓXIMO

Com  a  minha  vida, com  as  minhas  palavras,  com  o  que  eu

uso,  com  o  que  eu faço,  devo  agradar  a  Deus  e  não

escandalizar  o  meu  próximo,  levando-o  ou  incitando-o  ao

pecado.

O  apóstolo  Paulo  classifica  o  mundo    contra   o qual  o

crente  pode  pecar  sendo  um    escândalo,  em três  tipos:  “

Não  vos  torneis  causa  de  tropeço  nem  para  JUDEUS,  nem

para  GENTIOS,  nem  tão  pouco  para  a  IGREJA  DE  DEUS. ”

(  I Coríntios  10: 32 )

É  claro que  existem  pessoas  que   se  escandalizam  até  com

o  que  é  certo.

Escandalizaram-se  com  Jesus  e  sua  doutrina.   Mas  se  o

crente  está  escandalizando  as  pessoas, deve  reavaliar  o  seu

proceder.   O  que  você  faz,  o  que  você  usa,  deve  edificar

as  pessoas  -  não  escandalizar.

 

6.3 -  O  CRITÉRIO  DEVE  SER: É  BOM  PARA  MIM ?

Esta  é  uma  pergunta  boa  para  se  fazer  com   respeito  a

este  assunto.    Algumas  pessoas  se  expõem  ao   ridículo,

tentando  imitar  os  outros.        O  que  é  bom  para os  outros

( especialmente  do  mundo )  nem  sempre  será  bom  para  o

crente  ( e  na  maioria  das  vezes  não  é ),  pois  a  moda   tem

a  preocupação  de    apresentar  a  sensualidade  nas  pessoas

e  incentivando  a  paqueras  e  até  a  troca  de  parceiros  para

uma  pessoa  mais  atraente  e  sensual.

6.4 -  O  CRITÉRIO  DEVE  SER: USAR  A   MODÉSTIA  E  O

BOM  SENSO.   ( I  Timóteo  2: 8 a 10 )

Modéstia  não  quer  dizer  pobreza.  É  um  modo  de viver  sem

ostentação.    Viva  uma  vida  simples,  em  todo   lugar  e

dedica-se  mais  do  que  têm  para  o  SENHOR.

O  senso  comum  às  vezes  é  uma  maneira  de  se  orientar.

Mas o  senso  comum  hoje  está  muito  deturpado  por  causa

do  pecado.  Por  isso, cada  vez  mais  devemos  nos  ater  à

Palavra  de  Deus.  Roupa  que  expõe  o  corpo,  ou  que  faz

com  que  desapareça  a  diferença  aparente  entre  homens  e

mulher,  realmente  não  identifica  o  bom  senso   ou  a

decência.  O  nosso  senso  tem  que  ser  avivado  pelo  Espírito

de  Deus.

 

6.5 -   O  CRITÉRIO  DEVE  SER:  TER  NO  CORAÇÃO,  MAS

TAMBÉM  NO  EXTERIOR.

Algumas  pessoas  dizem:  “  O  que  vale  é  o  que  está  no

coração.  O   exterior  não  importa ”.   Isso  é  errado.    Assim

como  a  boca  fala  do  que  está cheio  o  coração,  também  o

exterior  revela  o  interior.  O  nosso  modo  de  viver  exterior

revela  o  que  está  dentro,  no  coração.

6.6 -   O  CRITÉRIO  DEVE  SER: BUSCAR  A

SANTIFICAÇÃO.

Santificação deve ser o  alvo  de  todo  crente.    Em  II Coríntios

5: 17, diz: “ ... se  alguém  está  em  Cristo  é  nova  criatura.”.

Este  deve  ser  o  nosso  estado  legal  perante  Deus.

Ao  sermos  salvos  tornamo-nos  perfeitos  porque   estamos “

em Cristo ”.       As  aparências:  Desde  os  dias  Bíblicos até  os

dias  atuais  o  problema  de  santificação  tem  girado  em  torno

de  aparências,  ou  sejam  -  as  exterioridades   da  crença.

Que  será  mais  danoso –  ódio  no  coração  ou  cigarro  boca ?

Sei  que  maioria  afirmaria  ser  o  cigarro,  já  que  fumar  não

costuma  ser  hábito  de  crente.   Mas...e o ódio ?   Não  fará

acaso  ele  muito  maior  depredação  no  ser  humano  que  a

própria  fumaça  corrosiva ?

Em  Mateus  23: 25 e 26,   Jesus  encarou  com  severidade

aquela   qualidade  de  pessoas  que  se  detinham   nas

exterioridades,  nas “ provas  de  santidade”  que   nada

atestavam,  senão  a  mais  funda  hipocrisia.

Há  mulheres  ditas  santificadas  que  jamais  se  atreveriam  a

usar  batom,  sendo  no  entanto  ferinas,  fofoqueiras  e

caluniadoras,  acusando  com  os  mesmos  pálidos   lábios

“santos”  irmãos  seus  na  fé.  Mas... será  isto   santificação ?

Quem  almeja  santificar-se  começa  sempre  pelo  coração.

Não  é  ele a  fonte  de  todos  os  desejos ?    Pois  siga  você

que  aspira  à   santidade   antes  de  mais  nada   a

recomendação  de  Jesus:  limpe  primeiro  o  seu interior,  para

depois  começar  a  pensar  no  exterior.  Só  a  partir  daquele

este  ficará  limpo.

6.7 -  O  CRITÉRIO  DEVE  SER: ISTO  É  LÍCITO ?

Que  me  é  lícito,  dentre  as  coisas  e  privilégios  que  este

mundo  oferece ?    Uma  boa  palavra  teve  o  apóstolo  Paulo

a respeito:  Em  I  Coríntios 6:12, diz:    “ Todas  as  cousas  me

são  lícitas, mas  nem  todas  convém.  Todas  asa  cousas  me  são

lícitas (  repete  ele  ainda ),  mas  eu  não  me   deixarei  dominar

por  nenhuma  delas”

Seria  bastante  aconselhável  que  você  lesse  todo  este

capítulo,  já  que  ele  trata  justamente  deste  problema,  aliás

em  nada  novo  na  igreja.

Afinal  de  contas,  santificação  não  significa   fazer  ou  deixar

de  fazer:  é  mais  do  que  tudo  um  impulso  irresistível  de

agradar  a  Deus  em  cada  coisa.      Portanto,  não  vá  a listas

de  coisas, ou  permitidas, ou  proibidas.          A  vida  espiritual

não  funciona  dentro  deste  padrão.

É  por  amor,  não  por  regras,  que  vivemos.  Busque  a

presença  de Jesus  que  em  você  vive.   Ele  é   fiel  para

revelar-lhe  a  realidade  sobre  a  verdadeira  santificação  no

que  deve  e  não  deve  usar ou  fazer.

6.8  -  QUEM  É  O  FISCAL ?

Não  são  outros  membros  da  Igreja  de Jesus  Cristo,  senão

o  Espírito  Santo  quem  fiscaliza  os  membros  dessa  Igreja.

Jesus disse: “Quando  ele vier  convencerá  o  mundo  do  pecado,

da  justiça e do juízo” ( João 16: 8).

Procuremos  santificar-nos,  ser  obedientes  à  voz  do  Espírito,

e  assim  haveremos  de  agradar  Àquele  que  Se  ofereceu

para  nos  salvar ( Jesus ).

7 -  CONCLUSÃO

Usos  e  costumes  envolvem  muito  mais  do  que  o  tipo  de

roupa  e  cabelo  que  usamos.

Busque  a  Deus  em  oração,  sobre  este  assunto   se  ele

realmente  mexe   com  você.

No  nosso  modo  de   ser  e  de  fazer  as  coisas, nos  nossos

usos  e costumes,  em  vez  de  ser  influenciados,  vamos

influenciar  o  mundo.     O  crente  precisa  ser   DIFERENTE.

Ele  precisa  ter   coragem  para  ser   DIFERENTE.

 

 USOS E COSTUMES DA IGREJA – PARTE I a V

A questão de Usos e costumes dentro da igreja é própria de cada ministério, aqui apresento minha visão dentro da bíblia e pelo regime adotado nas igrejas de Deus no Brasil, ministério ao qual faço parte. Lembro que mesmo que haja uso e costumes próprios de cada ministério, "O que nos une é maior do que o que nos separa". Continuamos unidos no Corpo de Cristo, e não façamos distinção entre as igrejas pelos costumes que na verdade nada são se comparado com a novidade de vida que as pessoas tem vivido através do nosso senhor e salvados nas igrejas.

  1. Vestimentas, Cosméticos e Uso de Jóias.

(Romanos 12:1) - ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.


(Deuteronômio 22: 5) - Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus.

(I Tessalonicenses 5:22)- Abstende-vos de toda a aparência do mal.

(Filipenses 4:8) - Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Sejamos discretos, sem sensualidade no vestir, sóbrios em não tentar ao próximo com roupas transparentes e as joias sejam simples e não ostentativas, chamando mais a atenção para a aparência do que pela pessoa que você é.

  1. Lazer e Exercícios Físicos

(I Corintios 10:31) - Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.

(Efésios 5:16) - Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.

(Romanos 6:13) - Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

(I Corintios 6:19) - Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.

(II Corintios 6:17) - Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;

(I Tessalonicenses 5:21) - Examinai tudo. Retende o bem. 22 - Abstende-vos de toda a aparência do mal.
Nosso corpo é templo do Espírito Santo, apresentar o corpo saudável não fere nenhum princípio bíblico, a bíblia condena as contendas e disputas aonde impera a rivalidade e o desrespeito ao próximo, por isso as atividades esportivas devem ser realizadas com alegria e respeito ao próximo.


USO E COSTUMES DA IGREJA– PARTE II

Aborto e vida humana.

Só quem dá a vida pode tirar -Gêneses 2: 7 - E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

Gravidez indesejada- (Gênesis 1:31) - E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

Gravidez por estupro -(Salmos 31:14) - Mas eu confiei em ti, SENHOR; e disse: Tu és o meu Deus.

Gravidez risco de vida – (joão 10: 10) - O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.

Criança morta no útero materno – (Lucas 1: 44) - Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre.
Só quem dá a vida tem o direito de toma-la, e quem dá a vida é Deus. Por isso o abordo é o assassinato de uma vida. Tenho matéria específica a esse respeito:
https://www.idagospel.com/2009/07/aborto.html

Bebidas alcoólicas

(Provérbios 20:1) - O VINHO é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.

(Provérbios 23:31) - Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. 32 - No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.

(I Corintios 5:11) - Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.

(Gálatas 5:21) - Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

(Isaías 28:7) - Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo.

 

Uso do Fumo

(Isaías 55:2) - Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.

(I Corintios 10:31) - Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
Devemos ser dependente apenas de Jesus, tudo que nos algema e nos torna cativo deve ser evitado. Inclussive a isso deve-se acrescentar a jogatina, que também pode levar ao vício. Jesus bebeu vinho e o fez com moderação, deve-se ter em mente que a melhor maneira de se evitar um mal, e não dando início a ele, por isso falo eu e não a bíblia, evite essas coisas, que nada contribui com a sua vida, e o torna cativo.

 

USO E CUSTUMES DA IGREJA– PARTE III

 

CASAMENTO

(Gênesis 2: 23) - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. 24 - Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

Mateus 19: 3 Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4  Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, 5 E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?  6 Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 7 Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? 8     Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. 9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. 10 Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. 11 Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.

(Marcos 10: 9) Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 10 E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. 11 E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. 12 E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.

 

 (Êxodo 20:14) - Não adulterarás.

(Lucas 16:18) - Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também.

(I Corintios 6:15) - Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. 16 - Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. 17 - Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.

(1 corintios 7: 8) - Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.  9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. 10  Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. 11     Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. 12 Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. 13 E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. 14 Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. 15 Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz. 16 Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher? 17 E assim cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas.
O casamento descrito na bíblia é o casamento civil e não o religioso, o casamento religioso é uma prática de abençoar e unir espiritualmente dois corpos num só, e foi adota nas igrejas, porém o casamento deve ser diante das leis dos homens e de Deus. Que ninguém se engane dizendo sou casado na igreja não necessito do casamento no cartório, isso é um erro, se tiver que escolher case no cartório, pois Deus te abençoará se você estiver diante da palavra dele, seja casada(o) na igreja ou não!

ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE

(Gêneses 1:26) - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. 27  E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. 29     E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. 30     E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. 31 E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

(Deuteronômio 22:6) Quando encontrares pelo caminho um ninho de ave numa árvore, ou no chão, com passarinhos, ou ovos, e a mãe posta sobre os passarinhos, ou sobre os ovos, não tomarás a mãe com os filhotes; 7 Deixarás ir livremente a mãe, e os filhotes tomarás para ti; para que te vá bem e para que prolongues os teus dias.

 

CORTE E PENTEADOS DOS CABELOS.

(I Corintios 11:2) - E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. 3 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. 4 Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5 Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6  Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7 O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 8  Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. 9 Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 10     Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. 11     Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. 12     Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. 13 Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? 14 Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? 15 Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. 16 Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.
Essa é uma lei Judia, ou seja do povo Judeu, Paulo adverte que ao gentius da época, ou seja nós que somos de outra nacionalida não necessitamos viver sobre a Lei (que era específica o povo Judeu) Mais viver a grasça pregado por Jesus. Por isso irmão não é guardado esse costume em várias igrejas. Porém Paulo também adverte se queres viver sobre a Lei que a faça por completo, por isso se alguém acredita ser necessário viver a lei como ela é descrita na bíblia que a faça por completo. Sobre as Leis Judias a respeito da tradição do seu povo,  devemos as observar e reter para nós aquilo que nos é bom, mais não viver tradições específicas a um povo.

(II Timóteo 2:19) - Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.

 

USOS E CUSTUMES DA IGREJA - PARTE IV

Dia de Adoração – somente o sábado?

Mateus 28:1 - E, NO fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.

Atos 20:7 - E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite.

I Corintios 6:2 - Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?

Romanos 14:5 - Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. 6) - Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus.

Colossenses 2:16 - Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, 17) - Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.
O guardar o sábado também é outra tradição judia, não cabe ao gentius.

Associações Secretas e com o ímpio  (maçonaria, Lions Club, etc.)

João 18:20 - Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto.

II Corintios 6:14 - Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 15 - E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
Se Jesus tudo fez abertamente, não devemos nos associar a seitas que o fazem a escondido, no mais Jesus é nosso mentor e não tradições e costumes de homens. Ele é suficiênte para nos orientar e nos mostrar todo o bem que devemos praticar.

Namoro com descrentes (namoro é para o casamento, casamento com descrente dificulta a adoração ao senhor)

Namoro com pessoas que não professam a mesma fé evangélica, não é acoselhavel por se tratar de uma prática condenável pela palavra de Deus que abomina o casamento misto. Isso traz o Julgo desiqual, (um é salvo o outro não, um pratica a palavra e o outro não, é bom que ambos andem numa mesma direção), porém se você é casado com um descrente não se separe, para poder santificar sua casa, seu companheiro(a) e seus filhos. Aos jovens casais enamorados, a igreja ensina: pudor, respeito, santidade, decência, bom senso e testemunho cristão.

Cruz-credo, ave-maria, nossa - senhora, etc.  (costumes que nada acrescentam)

Salmos 16:1- GUARDA-ME, ó Deus, porque em ti confio. 2) - A minha alma disse ao SENHOR: Tu és o meu Senhor, a minha bondade não chega à tua presença, 3) - Mas aos santos que estão na terra, e aos ilustres em quem está todo o meu prazer. 4) - As dores se multiplicarão àqueles que fazem oferendas a outro deus; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios. 5) - O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte.

 

I Timóteo 2:5 -  Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
Não adoramos a Santo, respeitamos Maria como mãe de Jesus, porém não a temos como divindade, reverenciamos apenas a Jesus e a Deus e temos o espírito Santo como companheiro e consolador. Sobre a santidade, Jesus nos chama a ser santos, não devemos idolatrar santos, mais ser santos.



USO E COSTUME DA IGREJA - PARTE V

Loterias e Outros

Dado aos resultados nocivos e os meios que se envolvem tais práticas além do aspecto vicioso e moral, não é permitido ao membro da igreja a prática do jogo do bicho, Loto, Loterias e demais jogos de azar e quaisquer outros similares.

Política

É permitido ao membro (e não ao ministro, por questão ética). Filiar-se a partidos políticos ou até mesmo candidatar-se a cargos políticos. Porém, recomenda-se critério, bom senso, compatibilidade cristã e moral na filosofia do partido escolhido. Testemunho, comprometimento e envolvimento compatível a um cristão quando de campanhas políticas e ao exercer o cargo, é o que se espera deste membro.

(Mateus 22:21) -  Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

O Cristão e a sociedade atual – O Cristão não segue moda mais a orientação de Deus.

(Romanos 12:1) - ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2) - E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

Zelo e Fanatismo

Todo costume, prática e zelo demasiadamente excessivo que tende a levar ao fanatismo, não deve ser aceito.

(Provérbios 4:4) -  E ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.

Televisão

(II Corintios 10:5) - Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;

(Romanos 12:1) - ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2) - E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Se a programação apresentada tem ferido os princípios bíblicos, o cristão deve mudar de canal, e apresentar a sua familia algo que não deturpe a palavra de Deus. No mais, tomem cuidado, pois aquilo que é transmitido pelas emissorar através da Tv de sua casa, ecoa no ambiente podendo ser uma palavra de benção ou invocação demoniaca. A palavra tem poder, que tipo de palavra a programação da Tv tem trazido a sua casa, afaste-se te programações que ridicularizam pessoas, destroe o bom costume e invocam demônios.

Greve e Manifestações.

Reivindicar é direito ofender, não.

(João 15:12) -  O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.

 

COMO SE TORNAR UM MEMBRO DA IGREJA.

 

1.   Confessar e testificar publicamente, que já aceitou a Jesus Cristo como seu Senhor e salvador pessoal, conhecendo-o já no perdão dos seus pecados.

(Mateus 10:32) -  Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.

2.   Estar disposto a andar na luz das escrituras.

(João 14:6) -  Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

3.   Estar disposto a receber os ensinos, doutrinas, costumes e práticas adotados pela Igreja.

4.   Estar disposto a apoiar a disciplina e o governo da Igreja como a escritura indica.

(I Samuel 15:23) -  Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.

5.   Estar disposto a cooperar com a igreja local com a assistência regular aos cultos aos demais trabalhos.

(Josué 1:6) -  Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.

6.   Estar disposto a sujeitar-se ao conselho e se preciso, admoestação dos que irão presidi-lo e dirigi-lo espiritualmente. (pastor, líder, etc).

(I Tessalonicenses 5:14) -  Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos.

7.   Estar com a sua situação civil e moral regularizada diante das leis do pais e da sociedade.

(I Corintios 7:9) -  Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.
 

USOS E COSTUMES E LIBERDADE PARA SERVIR A DEUS

 

TEXTO BASE: Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mt 11.30).

Nascido de pais evangélicos conheci muito bem as dificuldades que havia para levar a Palavra de Deus ao interior do Brasil, nos décadas de 70 e 80. Além das dificuldades de acesso havia outro problema que dificultava a evangelização. Estou falando da “doutrina” dos usos e costumes trazidos pelas igrejas pentecostais. O grande problema que causava esse tipo de ensino é que muitas vezes quando uma mulher se convertia, em pouco tempo era “convidada” a deixar a igreja, por não concordar com as imposições quanto a vestimentas, pinturas, proibição de corte de cabelo, e outras coisas. Sempre o maior problema era com as mulheres, já que aos homens bastava não usar barba nem cabelos longos.

As pessoas vinham do mundo querendo se livrar do jugo do pecado. Era de imediato colocado sobre seus ombros o jugo da igreja. O que Jesus falou sobre o seu jugo ser suave não era seguido.

O correto é que a mudança do convertido aconteça de dentro para fora e não o contrário. Mas não era assim que pensava a igreja. Queriam que a mudança fosse de fora para dentro.  Então a pessoa tinha duas opções, ou aceitava a imediata troca do vestuário ou não seria aceita na igreja. Quer dizer, o coração não tinha o menor interesse, o sentimento da pessoa por Jesus não era levado em conta, a salvação de uma alma estava em segundo plano, o mais importante era por na pessoa a “marca” da igreja.

O correto seria primeiro ensinar a Palavra de Deus, e não tentar impor os usos e costumes da igreja, como se isso demonstrasse mudança ou conversão. Afinal o que demonstra conversão não é a roupa, e sim as mudanças de atitudes no dia a dia. Mudar de roupa pode ser apenas mudança de religião e não mudança de vida.

Nas igrejas que impõem os usos e costumes, muitas pessoas não tem um comportamento cristão exemplar, mas só porque usam roupas conforme manda a igreja, são consideradas santas servas de Deus. Quer dizer, estão medindo nossa intimidade com Deus, pelo modo de nos vestirmos.

Outro dia estava ouvindo no rádio um pastor de uma grande igreja orando: “demônio da calça comprida vai saindo, demônio do batom vai saindo, demônio do cabelo curto, demônio da saia curta, vai saindo”. Eu nem sabia que demônio usava calça, mas o pastor estava preocupado com isso. Na realidade o que ele queria era fazer medo às pessoas que não tem conhecimento bíblico, dizendo para elas que estas coisas como calça comprida, batom e etc., são coisas do diabo.

As passagens bíblicas usadas para validar essas “doutrinas” são usadas fora do contexto, ou não levam em conta os costumes da época e local.

O pior é que este tipo de coisa continua acontecendo. A diferença é que agora existem várias opções denominacionais, graças ao Bom Deus. Isto implica que podemos procurar uma igreja que seja parecida com nosso perfil. O importante é as pessoas compreenderem o valor da salvação e não a importância que há em suas roupas. Devemos defender a moderação no vestir, mas sem exageros.

O certo é que hoje ninguém tem mais a desculpa de não seguir a Jesus por causa das imposições da igreja, que muitos chamam de doutrina, mas, na realidade são apenas usos e costumes ou tradições da denominação. É só procurar uma igreja em que se sinta bem, se sinta aceita e amada por seus irmão de fé.

Mas uma coisa deve ficar bem clara, se sua igreja exige certo tipo de vestimenta, você precisa aceitar, afinal você é livre para servir a Jesus onde quiser, não é obrigada a permanecer em nenhuma igreja. Mas, onde você estiver tem que se adequar as normas. Isso é o correto a ser feito. Jamais devemos escandalizar outros irmãos com atitudes que não trazem nenhum proveito para o Reino de Deus, apenas confusão. Isso o colocará em pecado, não por suas roupas ou pinturas, mas por sua rebeldia.

 

Doutrina, usos e costumes

 

Os usos e costumes são uma velha questão nos círculos pentecostais. Os usos e costumes fazem parte de todas as instituições e sociedades. Todas as igrejas têm as suas tradições, impostas ou espontâneas. Por muito tempo se confundiu costumes com doutrina, mas há diferenças significativas entre esses conceitos.
O que é costume? O lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda definiu costume como “uso, hábito ou prática geralmente observada”1. O dicionarista Adriano da Gama Cury definiu, de maneira mais completa a palavra costume, como “uso, prática habitual; modo de proceder; característica, particularidade; prática jurídica ou religiosa não escrita, baseada no uso; moda; traje característico ou adequado...”2. Essas definições mostram que o costume é um hábito repedidamente adotado por um determinado grupo social. Os costumes fazem parte da identidade de uma instituição.
O que é doutrina? No Novo Testamento, a palavra mais usada para doutrina é didache e significa ensino, instrução, tratado e doutrina. Segundo o teólogo Claudionor Corrêa de Andrade, doutrina é a “exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente”³. Doutrina, portanto, é o resultado do um ensino teológico, adotado por uma denominação ou religião.
O pastor Antonio Gilberto, M.D., apresentou em seu livro Manual da Escola Dominical4, algumas diferenças entre usos e costumes, e neste artigo será apresentada outras diferenças, além da lista exposta pelo grande teólogo pentecostal.
a) A doutrina é de origem divina, o costume é de origem humana.
A doutrina é divina pois está baseada na inspirada Palavra de Deus. Para um idéia ser doutrina bíblica, é preciso que ela esteja exposta por todo o texto sagrado. Nunca uma verdadeira doutrina é baseada em textos isolados.
O costume é imposto por convenções humanas de maneira espontânea ou obrigatória, sendo assim, o costume é humano. Há muitos que tentam achar textos bíblicos para justificar a perpetuação de sua tradição, mas normalmente praticam a eisegese5, ou seja, dizem o que bem querem e tentam justificar na Bíblia. O teólogo Esdras Costa Bentho, escrevendo sobre a eisegese, disse:
O intérprete está cônscio de que a interpretação por ele asseverada não está condizente com o texto, ou então está inconsciente quanto aos objetivos do autor ou do propósito da obra. Entretanto, voluntária ou involuntariamente, manipula o texto a fim de que sua loquacidade possa ser aceita como princípio escriturístico. 6
Tentar justificar na Bíblia as tradições é uma tarefa que tem levado a muitas distorções bíblicas. O melhor é reconhece-la com humana.
b) A doutrina é imutável, o costume muda.
A doutrina é permanente, ela nunca muda. A doutrina da justificação pela fé, exposta principalmente nos primeiros capítulos de Romanos, nunca mudou e nem deve ser mudada. Doutrina (bíblica) mudada é heresia. Quando Lutero resgatou a doutrina da justificação pela fé, ele orientou a igreja a voltar na perspectiva bíblica sobre o assunto. São passados mas de dois mil anos e essa doutrina nunca mudou no verdadeiro cristianismo.
O costume não é imutável. No Brasil era comum os cidadãos andarem pelas ruas de chapéus, tanto homens como mulheres, passados os anos não há mais essa costume no país. Antigamente, os pais escolhiam com quem a sua filha casaria, mas também esse costume mudou. É necessário que o costume mude, pois o ele está ligado à cultura local, e toda cultura é dinâmica. Mudar alguns costumes não significa passar do são para o diabólico, como muitos pregam. A mudança é inevitável e deve ser bem orientada, mas como enfatizado, é sempre necessária. É bem relevante o que o teólogo britânico John Stott escreveu no seu livro Cristianismo Equilibrado7:
Quando resistimos a mudanças- sejam elas na igreja ou na sociedade devemos perguntar-nos se são na realidade, as Escrituras que estamos defendendo(como é nosso costume insistir ardorosamente) ou, se ao contrário, é alguma tradição apreciada pelos anciãos eclesiásticos ou de nossa heranças cultural. Isto não quer dizer que todas as tradições, simplesmente por serem tradicionais, devam a qualquer custo ser lançadas fora. Iconoclasmo sem crítica é tão estúpido quanto conservantismo sem crítica, e é algumas vezes mais perigoso. O que estou enfatizando é que nenhuma tradição pode ser investida com uma espécie de imunidade diplomática à examinação. Nenhum privilégio especial pode ser-lhe reivindicado.
Algumas igrejas estão impondo mudança de costumes, isso é um erro, que sempre levará a exageros. Os costumes mudam naturalmente, mas devem seguir orientação para não levar a práticas anti-bíblicas. As igrejas sem orientação pastoral tem aderido a costumes extravagantes, como bailes fanks em meio ao culto. Tudo deve ser feito com equilíbrio, nada de permissividade e nem de legalismo.
c) A doutrina é universal, o costume é local.
A doutrina é universal no sentido que é para todos os povos em todas as culturas. Proclamar que Jesus é o salvador faz sentido no Brasil em 2007, como para os indianos que foram evangelizados pelo apóstolo Tomé, o primeiro missionário daquela nação, ainda no primeiro século da Era Cristã.
O costume é local. Os homens na Escócia usam um tipo masculino de saia; no Siri Lanka é também costume as saias para homens. Saia na maior parte do Ocidente é roupa exclusivamente feminina. No Brasil é comum comer peixe cozido ou frito, no Japão se come peixe-cru.
d) A doutrina santifica, o costume não santifica.
A doutrina bíblica santifica o crente mediante a Palavra de Deus. Jesus disse; “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”(Jo 17.17). O ensino da Palavra de Deus, ou seja, das doutrinas bíblicas, é um dos meios que Deus usa para levar o crente a uma vida reta, assim como escreveu o salmista: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”(Sl 119.9). John Henry Jowett disse: “Você não pode abandonar os grandes temas doutrinários e ainda assim produzir grandes santos”, e o pastor A. W. Tozer escreveu: “O propósito que está por trás de toda doutrina é garantir a ação moral”. Por isso é bom lembrar que a doutrina bíblica produz, naturalmente, bons costumes.
O costume não pode santificar. Quem acredita na santificação por meio dos costumes, normalmente, é um escravo do legalismo. O pastor Antonio Gilberto escreveu a respeito do erros em relação a santificação e citou o engano de associar exterioridade com santidade: “Usos, práticas e costumes. Esses últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela”.8 E bem relevante o que escreveu o pastor Ciro Zibordi no prefácio do livro Verdades Pentecostais:
Conservar não significa possuir uma falsa santidade, fazendo dos usos e costumes uma causa, e não um efeito. Como pode ser ao longo dessa obra , a observância da sã doutrina leva-nos a ter santidade interna e externa, o que implica vida santa a partir do espírito (1Ts 5.23) e manutenção dos bons costumes. Estes, pois, não devem gerar doutrinas, como vem acontecendo em algumas igrejas não legitimamente avivadas, para prejuízo de seus membros.9
O farisaísmo se caracterizava por associar sua obras com salvação. Há muitos que fazem dos costumes doutrina e assim, pensam que para serem salvos precisam fazer isso ou aquilo. Como dizia Lutero: “As boas obras não fazem o homem bom; mas o homem bom pratica as boas obras”. A inversão dessa ordem cria escravos do farisaísmo e não servos do Altíssimo.
e) A doutrina é um princípio, o costume é um preceito.
Há diferença entre princípio e preceito? Sim. O pastor José Gonçalves escreveu: “Os preceitos apontam para princípios e não o contrário. Um princípio é aquilo que está por trás do preceito ou norma”.10 Por exemplo, usar uma roupa social em um tribunal é uma norma, um preceito. O princípio ou doutrina por trás dessa norma é que o tribunal é um lugar sério e não ambiente de entretenimento, onde possa ir de jeans ou short.
f) A doutrina é verdade absoluta, o costume é uma verdade relativa.
A doutrina é sempre verdade absoluta, ou seja, é para todos, em todas as épocas e em todos os lugares.
O costume é relativo, como lembra o pr. Geremias do Couto:
Ao insistirmos nos absolutos, não queremos afirmar que não haja também conceitos relativos. Essa diversidade se manifesta, por exemplo, nas comidas típicas de cada país, nos estilos da arquitetura, no estilo da vestimenta e até mesmo em relação à hora de dormir, que depende do fuso horário. Mas tais circunstâncias relativas acabam apontando para princípios biológicos absolutos; todos precisam alimentar-se, todos precisam dormir.11
O costume, por ser relativo, não deveria ser imposto como obrigação. Era comum missionários europeus tentarem impor os costumes do norte em países da Ásia e da América. Hoje, o conceito de transculturação está ajudando muito em relação a esse problema.
Há muitas outras diferenças entre doutrina e costumes, mas fica apontado que ambas não são a mesma coisa, porém estão ligadas umas as outras. O bons costumes são aqueles que não escravizam o crente, colocando um jugo que Jesus tirou na cruz, mas sim, é resultado da boa doutrina.

 

Usos e Costumes Defendidos Pelas Assembléias de Deus em Porto Velho

 
Definindo os Termos

 

Princípio
"Ato de principiar. Causa primeira. Origem. Razão fundamental. Elemento que predomina na constituição de um corpo organizado. Ex.: Princípio da vida. Convicção. (Grande Dicionário Ilustrado – Novo Brasil. Ed. 1979).
"Começo. Causa, Origem. Razão fundfamental. Base. Preceito. Regra". (Dicionário Álvaro Magalhães – E. Globo).
Princípios são bases estabelecidas por Deus para orientação da sociedade humana, que estabelecem parâmetros, dentro dos quais o homem é aceito e se relaciona com o Criador.
"Regras fundamentais e gerais de qualquer ciência ou arte. Ex.: Princípios fundamentais das Ciências, da Física, da Química, da Matemática, da Filosofia, ...da Religião".


Tradição
É a transmissão de ensinos, práticas, crenças de uma cultura de uma geração a outra. A palavra grega para tradição é paradosis, usada no sentido negativo (Mt 15.2; Gl 1.14); e também no sentido positivo (2 Ts 2.15). Quando se coloca a tradição acima da Bíblia ou em pé de igualdade com ela a tradição assume uma conotação negativa. Muitas vezes é usada simplesmente para camuflar nossos pecados. O problema dos fariseus e da atual Igreja Católica é justamente por receber a tradição como Palavra de Deus. Disse alguém: "Tradição é a fé viva dos que agora estão mortos, e tradicionalismo é a fé morta dos que agora estão vivos".
Quando afirmamos que temos as nossas tradições, não estamos com isso dizendo que os nossos usos e costumes tenham a mesma autoridade da Palavra de Deus, mas que são bons costumes que devem ser respeitados por questão de identidade de nossa igreja. Temos quase 90 anos, somos um povo que tem história, identidade definida, e acima de tudo, nossos costumes sãos saudáveis. Deus nos trouxe até aqui da maneira que nós somos e assim, cremos, que sem dúvida alguma ele nos levará até ao fim.
 
A Resolução de Santo André nos Dias Atuais


A Resolução
"E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus", Lv 20.26.
" - A 22ª Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, reunida na cidade de Santo André, Estado de São Paulo, reafirma o seu ponto de vista no tocante aos sadios princípios estabelecidos como doutrina na Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – e conservados como costumes desde o início desta Obra no Brasil. Imbuída sempre dos mais altos propósitos, ela, a Convenção Geral, deliberou pela votação unânime e dos delegados das igrejas da mesma fé e ordem, em nosso país, que as mesmas igrejas se abstenham do seguinte:
1. Uso de cabelos crescidos, pelos membros do sexo masculino;
2. Uso de traje masculino, por parte dos membros ou congregados, do sexo feminino;
3. Uso de pinturas nos olhos, unhas e outros órgãos da face;
4. Corte de cabelos, por parte das irmãs (membros ou congregados);
5. Sobrancelhas alteradas;
6. Uso de mini-saias e outras roupas contrárias ao bom testemunho da vida cristã;
7. Uso de aparelho de televisão – convindo abster-se, tendo em vista a má qualidade da maioria dos seus programas; abstenção essa que justifica, inclusive, por conduzir a eventuais problemas de saúde; e
8. Uso de bebidas alcoólicas.
Esta Convenção resolve manter relações fraternais com outros movimentos pentecostais, desde que não sejam oriundos de trabalhos iniciados ou dirigidos por pessoas excluídas das 'Assembléias de Deus', bem como manter comunhão espiritual com movimentos de renovação espiritual, que mantenham os mesmos princípios estabelecidos nesta resolução. Relações essas que devem ser mantidas com prudência e sabedoria, a fim de que não ocorram possíveis desvios das normas doutrinárias esposadas e defendidas pelas Assembléias de Deus no Brasil".

 

O Texto
Atendendo parecer do Conselho Consultivo da CGADB encaminhado ao 5º ELAD, em 25 de agosto de 1999, a Comissão analisou à luz da Bíblia, de nosso contexto e de nossa realidade, expressando esses princípios numa linguagem atualizada.
O primeiro ponto que precisa ser expresso numa linguagem atualizada é a declaração: “sadios princípios estabelecidos como doutrina na Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – e conservados como costumes desde o início desta Obra no Brasil”. O texto não faz distinção entre doutrina e costume. O O Manual do CAPED, edição de 1999, CPAD, Rio, p. 92, diz:
" Há pelo menos três diferenças básicas entre doutrina bíblica e costume puramente humano. Há costumes bons e maus. A doutrina bíblica conduz a bons costumes."
Quanto à origem
- A doutrina é divina
- O costume é humano
Quanto ao alcance
- A doutrina é geral
- O costume é local
Quanto ao tempo
- A doutrina é imutável
- O costume é temporário
A doutrina bíblica gera bons costumes, mas bons costumes não geram doutrina bíblica. Igrejas há que têm um somatório imenso de bons costumes, mas quase nada de doutrina. Isso é muito perigoso! Seus membros naufragam com facilidade por não terem o lastro espiritual da Palavra”.
A palavra grega usada para “doutrina” no NT é didache, que segundo o Diccionario Conciso Griego – Español del Nuevo Testamento, siginfica: “o que se ensina, ensino, ação de ensinar, instrução”. (Jo 7.16, 17; At 5.28; 17.19; e didaskalia, que segundo o já citado dicionário é: “o que se ensina, ensino, ação de ensinar, instrução”. O Léxico do N.T. Grego/Português, de F. Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker, Vida Nova, São Paulo, 1991, p. 56,diz que didasskalia é: “Ato de ensino, instrução Rm 12.7; 15.4; 2 Tm 3.16. Num sentido passivo = aquilo que é ensinado, instrução, doutrina Mc 7.7; Cl 2.22; 1 Tm 1.10; 4.6; 2 Tm 3.10; Tt 1.9)”; e didache: “ensino como atividade, instrução Mc 4.2; 1 Co 14.6; 2 Tm 4.2. Em um sentido passivo = o que é ensinado, ensino, instrução Mt 16.12; Mc 1.27; Jo 7.16s; Rm 16.17; Ap 2.14s, 24. Os aspectos at. e pass. podem ser denotados em Mt 7.28; Mc 11.18; Lc4.32”. Segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, Orlando Boyer, doutrina é “tudo o que é objeto de ensino; dïsciplina” (Vida, S. Paulo, 1999, p. 211).
À luz da Bíblia, doutrina é o ensino bíblico normativo terminante, final, derivado das Sagradas Escrituras, como regra de fé e prática de vida, para a Igreja, para seus membros, vista na Bíblia como expressão prática na vida do crente, e isso inclui as práticas, usos e costumes. Elas são santas, divinas, universais e imutáveis.
Nos próprios dicionários seculares encontramos esse mesmo conceito sobre doutrina: “É o complexo de ensinamentos de uma escola filosófica, científica ou religiosa. Disciplina ou matéria do ensino. Opinião em matéria científica” (Dicionário Álvaro de Magalhães). “Conjunto de princípios de um sistema religioso, políticos ou filosóficos. Rudimentos da fé cristã. Método, disciplina, instrução, ensino” (Dicionário Ilustrado Novo Brasil, ed. 1979).

 


Costume
A Pequena Enciclopédia Bíblica, Orlando Boyer, define costume como “Uso, prática geralmente observada”. (p. 169). As palavras gregas usadas para “costume são ethos (Lc 2.42; Hb 10.25) e synetheia (Jo 18.19; 1 Co 8.7; 11.16).A primeira, de onde vem a palavra “ética”, significa costume com sentido de “lei, uso” (Lc 1.9). Não é biblicamente correto usar doutrina e costume como se fosse a mesma coisa. O costume é “Prática habitual. Modo de proceder. Jurisprudência baseada em uso; modo vulgar; particulariedade; moda; trajo característico, procedimento; modo de viver”. Os costumes visto pela ótica cristã, são linhas recomendáveis de comportamento. Estão ligados ao bom testemunho do crente perante o mundo. Estão colocados no contexto temporal, não estão comprometidos diretamente com a salvação.
Os costumes em si são sociais, humanos, regionais e temporais, porque ocorrem na esfera humana, sendo inúmeros deles gerados e influenciados pelas etnias, etariedade, tradições, crendices, individualismo, humanismo, estrangeirismo e ignorância.
Convém atualizar essa redação omitindo a expressão “como doutrina”, ficando assim: “sadios princípios estabelecidos na Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – e conservados como costumes desde o início desta Obra no Brasil”.
Quanto aos 8 princípios da Resolução, uma maneira de colocar numa linguagem atualizada é:
1. Ter os homens cabelos crescidos (1 Co 11.14), bem como fazer cortes extravagantes;
2. As mulheres usarem roupas que são peculiares aos homens e vestimentas indecentes e indecorosas, ou sem modéstias (1 Tm 2.9, 10);
3. Uso exagerado de pintura e maquiagem - unhas, tatuagens e cabelos- (Lv 19.28; 2 Rs 9.30);
4. Uso de cabelos curtos em detrimento da recomendação bíblica (1 Co 11.6, 15);
5. Mal uso dos meios de comunicação: televisão, Internet, rádio, telefone (1 Co 6.12; Fp 4.8); e
6. Uso de bebidas alcoólicas e embriagantes (Pv 20.1; 26.31; 1 Co 6.10; Ef. 5.18).
Os itens 2 e 6 foram colocados num mesmo item, pois se trata de um mesmo assunto. Colocamos referências bíblicas porque os nossos costumes são norteados pela Palavra de Deus. Precisamos ter consciência de que os nossos costumes não impedem o crescimento da Igreja. Hoje em dia há igrejas para todos os gostos, mas nós temos compromisso com Deus, com sua Palavra e com o povo. O objetivo de conquistar as elites da sociedade em detrimento de nossos costumes e tradições não é bom negócio. Isso tem causado muitos escândalos e divisões e não levam a resultados positivos. Somos o que somos, devemos aperfeiçoar as nossas estratégias de evangelismo e não mudar arbitrariamente os nossos costumes, pois isso choca a maioria dos crentes. Criar novos métodos para alcançar os pecadores, isso sim, para que o nosso crescimento possa continuar.


Falta de crescimento
Outro ponto que convém ressaltar que a falta de crescimento de algumas igrejas não é pelo fator usos e costumes, como muitas vezes tem sido enfatizado nas AGOs da CGADB, como foi ressaltado no 5º ELAD, pois mais de 85% dos líderes das Assembléias de Deus reconhecem a necessidade de preservação de nossas tradições, usos e costumes e de nossa identidade, mas sim, por falta de visão e de objetivos de seus líderes. Essa deficiência pode ser vista e comprovada dos dois lados, tantos dos favoráveis às mudanças como com os que querem manter o mesmo sistema histórico das Assembléias de Deus. O crescimento da igreja, à luz da Bíblia, é conseqüência de evangelismo, discipulado e oração; e o avivamento, fruto de jejum, oração e de arrependimento, e não resultado de usos, costumes e tradição.
Nem tudo que é extra bíblico é anti-bíblico. Nem tudo que nos interessa é condenado e pecado. Não podemos julgar ou condenar outros grupos porque adotaram liturgias estranhas e costumes diferentes dos nossos, e nem alcunhar nossos companheiros de ministério de liberais, pois “liberal” é uma palavra ofensiva. Os liberais sãos os que não acreditam na inspiração e autoridade das Escrituras, os que negam o nascimento virginal de Jesus, não reconhecem a existências de verdades absolutas. Discordar deles é uma coisa, mas agredir é outra muito diferente, e fere o espírito cristão do amor fraternal. Devemos, sim, preservar os nossos costumes.
A salvação é um ato da graça de Deus pela fé em Jesus. A Bíblia ensina que somos salvos pela fé em Jesus (Rm 3.28; Gl 2.16; Ef 2.8-10; Tt 3.5). Todos os crentes são salvos porque um dia ouviram alguém falar de Jesus e creram nessa mensagem. Ninguém fez nada, absolutamente, para ser salva, a não ser a fé em Jesus. Como conseqüência da salvação temos o fruto do Espírito (Gl 5.22). A vida de santificação é resultado da nova vida em Cristo, e não um meio para a salvação. Cristianismo é religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras e de ritos. Acrescentar algo mais que a fé em Jesus como condição para salvação é heresia e desvio da fé cristã (Gl 5.1-4). Mas, ir além da liberdade cristã, extrapolando os limites é libertinagem (Gl 5.13). A fé cristã requer compromissos e por isso vivemos uma vida diferente do mundo, do contrário essa fé seria superficial e não profunda, como encontramos no apóstolo Paulo (Gl 2.20). Não existe instituição sem normas, nós temos as nossas.
Quando os gentios de Antioquia se converteram à fé cristã a igreja de Jerusalém enviou Barnabé para discipular aqueles novos crentes (At 11.20-22). Ele Entendia que os costumes só devem ser mantidos quando necessários, pois ensinar costumes, culturas e tradições como condição para salvação, é heresia e caracteriza seita. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade nacional e que isso em nada implicaria na salvação desses novos crentes, portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés (At 15.19, 20).
Os judeus não eram mais crentes do que os gentios por causa dos seus costumes e nem consideravam os gentios menos crentes do que eles. Pedro pregava aos judeus o “evangelho de circuncisão”, enquanto Paulo o da “incircuncisão”, ou seja, Pedro pregava aos judeus e Paulo aos gentios (Gl 2.7-9). Não se trata de dois evangelhos, mas de um só evangelho, apresentado de forma diferente. Isso é muito importante porque as convicções religiosas são pessoais e o apóstolo Paulo respeitava essas coisas. Havia os irmãos que achavam que devia guardar dias e se abster de certos alimentos, outros consideravam iguais todos os dias e comiam de tudo (Rm 14.1-8). Ele não procurou persuadir a ninguém dessa ou da outra maneira.
Diante disso, aprendemos que nenhum pastor deve persuadir o crente para deixar de observar os costumes da igreja. Isso é algo de foro íntimo. Da mesma forma, um não deve criticar o outro, porque o que ambos fazem é para Deus, além disso, o apóstolo via que se tratava de uma questão cultural (Rm 14.6-10). Proibições sem a devida fundamentação, principalmente bíblica, é fanatismo. Quem faz de sua religião o seu Deus não terá Deus para sua religião.
Isso nos mostra que o nossos costumes não são condição para a salvação, eles devem ser mantidos para a preservação de nossa identidade como denominação. Não devemos criticar os outros e nem forçar ninguém a crer contra suas próprias convicções religiosas. Há pastores que agridem o rebanho e desrespeitam seus companheiros porque querem demolir nosso patrimônio histórico-espiritual a todo custo. Deus quer a Assembléia de Deus como ela é, na sua maioria. As outras denominações foram chamadas como elas são, é assim que Deus quis, Ele é soberano. O mesmo Jesus que chamou Mateus disse para outros que não o seguisse. A vontade de Deus para a minha vida não a mesma para a vida de outras pessoas. Embora todos nós estejamos na direção e vontade de Deus, porém com chamadas diferente.


Da liturgia

Cada igreja tem seu público alvo que pretende alcançar. A nossa Igreja é bem conhecida em todo o país e tem sua linha traçada. As Assembléias de Deus não nasceram com projeto político, empresarial e nem com plano específico para evangelizar as elites da sociedade. O nosso projeto é ganhar o povo para Jesus e fundar igrejas locais em todos as cidades e bairros de nosso país. Foi com essa estrutura que Deus nos trouxe até aqui e nos fez a maior igreja evangélica do país.
Nós somos pentecostais clássicos, isso significa que somos modelos para os outros, são eles, portanto, eles é que devem aprender com as Assembléias de Deus e não nós com eles, em matéria de doutrina pentecostal. É muita falta de bom senso e de respeito para com nossa denominação copiar grupos neo-pentecostais que sequer sabemos quem são, nem de onde vêm e nem para onde vão.
A avalanche de igrejas neo-pentecostais com liturgias e crenças para todos os gostos, tem levado alguns de nossos líderes a se fascinarem por esses movimentos, imitando e copiando seu sistema litúrgico. Ora, quem pertence a nossa Igreja não está enganado, são crentes que sabem o que querem, que conhecem nossa doutrina, tradição, usos e costumes e com a nossa forma de adoração. É também correto afirmar que a grande maioria se sente bem em nossos cultos de adoração a Deus.
As tentativas de mudanças são sempre um fiasco porque, quem não gosta de nossa maneira de cultuar a Deus já saiu, já foi embora para outras denominações. Por que imitar e copiar outros movimentos? Se eles inventaram suas inovações, certamente as conhece muito melhor que nós. Quem procura imitar esses movimentos não se identifica com a nossa denominação e nem com a deles. Imitação sempre é imitação. Não conquista os pecadores para Cristo, pois não tem público alvo definido. Não conquista outro público porque essas pessoas já conhecem a Assembléia de Deus. Por mais que se queira provar que são outros costumes, que as coisas mudaram, não persuadir as pessoas porque a marca das Assembléias de Deus são muito fortes.
  

Rio de Janeiro, RJ, 16 de agosto de 1999

 

 

Em síntese: muitos protestantes imaginam que as diversas expressões do culto e da vida da Igreja foram introduzidas por decretos papais que arbitrariamente resolveram implantar um novo costume alheio à Bíblia. - Só pensa assim quem não conhece a história e a verdadeira índole da Igreja; Esta é comparável a um grão de mostarda, que aos poucos, sob a assistência do Espírito Santo, vai desabrochando ou manifestando as riquezas de sua vitalidade (cf. Mt 13, 31s). O uso de água benta, altares e velas, além de ter seu fundamento bíblico, possui seu significado simbólico e catequético. O celibato do clero está baseado em 1Cor 7, 25-35, texto que os protestantes não costumam citar. A prece da Ave-Maria retoma, em sua primeira parte, textos bíblicos. Deve-se outrossim notar que a Bíblia não é a única fonte de fé para os católicos; a fonte de fé é a Palavra de Deus, que , principalmente, foi apregoada por via oral apenas e só depois foi escrita, originando o Novo Testamento. Donde se vê que é a Palavra oral, vivida na Igreja, que interpreta a escrita. A Igreja é anterior ao Novo Testamento, do qual é a matriz; portanto é a Igreja que abona a Bíblia, e não é a Bíblia que abona a Igreja.

            Não poucas vezes os católicos são interpelados por panfletos protestantes que lhes propõem interrogações e objeções. A linguagem e o conteúdo desses impressos são de baixo nível: trazem erros de portugu6es, de história, de interpretação bíblica, etc.; recorrem à ironia (Diz-se que a ironia é a arma dos fracos. Faz caricaturas para poder atacar os fantasmas que ela cria); copiam e recopiam as suas alegações levianamente, sem controlar o que afirmam ou sem conhecimento de causa. Mas em alguns casos encontram o fiel católico despreparado para responder. Eis porque vamos agora considerar alguns pontos lançados por tais folhetos à consideração do leitor.

1. OBSERVAÇÃO GERAL

            Quem lê tais panfletos, tem a impressão de que a S. Igreja move os seus fiéis como que a toques de decretos, determinando que, de certa data em diante, será preciso crer ou praticar isso ou aquilo... Ora, tal impressão não corresponde à realidade: o que a Igreja declara, através do seu magistério oficial, não é senão a expressão da consciência que os fiéis, em seu senso comum, possuem a respeito deste ou daquele ponto de doutrina ou de disciplina. Antes de serem proferidas de maneira solene pela autoridade da Igreja, tais verdades ou práticas já fazem parte da vida dos cristãos. O magistério apenas as explicita; assim dissipa os perigos de mistura com o erro. É isto, aliás, que se dá em todo organismo vivo: a vida real, vivida, é anterior às fórmulas ou definições (com efeito; primeiramente vivemos, respiramos..., depois definimos o que é viver, respirar, caminhar. Assim o povo de Deus, movido pelo Espírito Santo, no decorrer dos séculos, professou tais e tais proposições, seguiu tais e tais costumes. Em conseqüência, o magistério da Igreja, assistido pelo mesmo Espírito Santo, quis oportunamente apoiar com a sua autoridade dirimente essas expressões autênticas da vida).

2. ORIGEM DA DESIGNAÇÃO "PROTESTANTE"

            Conforme um dos panfletos mencionados, a palavra "protestante" vem do protesto que o Apóstolo Pedro fez, quando lhe queriam negar o direito de pregar o Cristianismo em Jerusalém, conforme At 4, 17-20; 5, 27. Em conseqüência os protestantes seriam "mais antigos" do que os católicos.

           - Na verdade, o protestantismo com suas doutrinas características ("somente a Bíblia", "somente a fé", "somente a graça") começa com Lutero, que em 1517 lançou seu primeiro brado contra a Igreja Católica. Antes do século XVI não se falava de "protestantismo".

            Mais precisamente: o termo "protestantismo" teve origem nos seguintes fatos: depois que Lutero iniciou suas críticas à Igreja Católica, o movimento reformista foi-se alastrando na Alemanha. Diante do fato, o Parlamento alemão reuniu-se me Espira no ano de 1529 e determinou que se estancasse o movimento inovador até a realização de um Concílio Ecumênico, que julgaria a problemática religiosa. Isto significa que nos Estados Católicos a propagação do luteranismo seria detida; quanto aos Estados que já aderiram à Reforma, esta seria tolerada contanto que os luteranos não pregassem contra a S. Eucaristia e permitissem aos católicos a celebração da S. Missa. Frente a esta resolução (que correspondia a um decreto anterior chamado "Edito de Worms"), seis príncipes protestantes, entre os quais João da Saxônia e Felipe de Hesse, e quatorze cidades da Alemanha levantaram seus protestos veementes; não queriam aceitar que a S. Missa continuasse a ser celebrada em territórios protestantes nem entendiam que os pregadores protestantes deixassem de pregar contra a S. Eucaristia. Ora, foi precisamente a partir desta ocasião (19/04/1529) que os seguidores da Reforma foram chamados "protestantes".

3. O SINAL DA CRUZ

            Lê-se em panfletos protestantes que o sinal da Cruz foi instituído em 300 d.C.

            Ora, quem pesquisa a literatura cristã anterior a 300, verifica, por exemplo, que o escritor Tertuliano (falecido pouco antes de 220) atesta o amplo uso do sinal da Cruz por parte dos cristãos nas mais variadas situações da vida:

            "Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da cruz" (De corona militis 3).

            Diz ainda Hipólito de Roma (+ 235/6), descrevendo as práticas dos cristãos do século III:

            "Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se é feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que é um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro Verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreita para nos condenar" (Tradição dos Apóstolos 42).

            Estes testemunhos dão a ver que o sinal da Cruz já no início do século III estava muito difundido entre os cristãos, de tal modo que suas origens se identificam com as dos primórdios do Cristianismo.

4. ÁGUA BENTA

            Segundo alguns impressos protestantes, a "fabricação" da água benta terá sido instituída no ano 1000:

            - Deve-se dizer que o uso da água benta na Igreja se prende ao uso da água batismal. Sim; o elemento natural "água" tendo sido escolhido por Jesus para comunicar a regeneração e a vida eterna, os cristãos julgaram oportuno renovar o seu compromisso batismal usando água sob forma de sacramental ( o Batismo é um sacramento; a água benta é um sacramental) - sacramental é um objeto sobre o qual a Igreja reza, pedindo a Deus sejam recobertos de graças e bênçãos todos aqueles que os utilizarem. Por conseguinte, o sinal d cruz com água benta e a aspersão da água benta foram tidos como canais que continuam a derramar as graças da Redenção sobre pessoas e objetos atingidos por essa água.

            Entende-se, pois, que o uso da água benta não teve origem no ano 1000, mas, sim, nos primórdios da Igreja, em íntima conexão com o Batismo. É difícil dizer donde os protestantes tiraram tão singular notícia.

5. ALTARES E VELAS

            Há também quem afirme: "Em 370. Principia o uso dos altares e velas pelo fim do século III".

            A notícia é incoerente, pois o ano de 370 não pertence ao século III, mas ao século IV. Além disso, é de notar que o uso de altares e velas começou nos tempos do Antigo Testamento. Assim quanto aos altares:

            Gn 12,7: "Abraão construiu em Siquém um altar a Javé, que lhe aparecera". Ver Gn 13, 18; 22, 9.

            Ex 17,15: "Moisés construiu um altar e pôs-Ihe este nome: Javé - Nissi (Javé é minha bandeira)". Ver Ex 27,1; 29,13.

           Nm 7,1: "No dia em que Moisés acabou de erigir a Habitação, ele ungiu e a consagrou com todos os seus pertences, bem como o altar com todos os seus utensílios".

            Mt 5,23: Diz Jesus: "Se estiveres para levar tua oferta ao altar e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te".

            Hb 13,10: "Temos um altar do qual não se podem alimentar os que servem a tenda". Ver também Ap 6,9; 9,13 (menção de altares no céu).

A respeito de velas:

            Ex 25, 31.37: "Farás um candelabro de ouro puro... Far-lhe-ás também sete lâmpadas. As lâmpadas serão elevadas de tal modo que alumiem defronte dele".

            Mt 5, 15: O Senhor se refere à luz que brilha sobre um candeleiro.

            Ap 1, 13; 2, 1: Cristo aparece entre candelabros.

6. TRANSUBSTANCIAÇÃO E MISSA

            O estudo do Novo Testamento demonstra que Jesus instituiu a Eucaristia como perpetuação do seu sacrifício (Ver a propósito Curso de Diálogo Ecumênico, Módulos 13, 13 e 14. Escola "Mater Ecclesiae"). Nesse sacramento temos a real presença do Senhor Jesus sob as aparências do pão e do vinho. Eis, porém, o que se lê num panfleto:

            "Em 818. Aparece pela primeira vez nos escritos de Pascásio Radberto a doutrina da transubstanciação e a Missa".

            A propósito observamos: o que houve no século IX, foi a controvérsia entre Ratramno e Pascásio Radberto. Contradizendo à Escritura e à Tradição. Ratramno negava a real conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Pascásio escreveu então o "Liber de Corpore et Sanguine Domini" (Livro do Corpo e do Sangue do Senhor), cuja segunda edição saiu em 844; opunha-se a Ratramno, defendendo a identidade do Corpo Eucaristico com o Corpo histórico de Jesus, ou seja, defendendo a real presença. Assim procedendo, Pascásio nada inovava.

            O vocábulo "transubstanciação", que designa essa conversão. aparece pela primeira vez no século XI (quase três séculos após Pascásio Radberto) e foi assumido nos documentos oficiais da Igreja a partir do Concílio de LatrãoIV (1215). O primeiro a usá-lo parece ter sido o jurista Ronaldo Bandinelli (depois, Papa Alexandre III + 1181) na frase: "Verumtamen si, necessitate iminente, sub alterius panis specie consecratur, profecto fieret transubstantiatio" - o que quer dizer: "Mas, se em caso de necessidade iminente, se fizesse a consagração de outro pão, haveria transubstanciação". Por conseguinte, não foi Pascásio Radberto quem introduziu o vocábulo na linguagem teológica.

           Em 818 (data indicada pelo panfleto) Pascásio Radberto, nascido em 790, tinha 28 anos - idade que não corresponde à de sua controvérsia teológica (que se deu a partir de 840).

            O nome "Missa" não se deve a Pascásio Radberto. É uma palavra latina equivalente a missio (missão ou envio); significava a despedida ou o envio dos catecúmenos para fora da igreja, quando terminava a homilia ou a liturgia da Palavra. Aos catecúmenos não era permitido participar da Eucaristia propriamente dita, pois ainda não haviam sido batizados. O nome Missa, que designava tal momento da liturgia, foi no século IV aplicado a todo o rito eucarístico, de modo que este hoje se chama Missa. O primeiro a usar a palavra Missa no sentido atual foi provavelmente S. Ambrósio (+ 397) na epístola 20,4. S. Agostinho (+ 430) escrevia: "Eis que após o sermão se faz a missa (= despedida) dos catecúmenos; ficarão apenas os fiéis batizados" (serm. 49,8).

7. O CELIBATO DO CLERO

           Há quem chegue a dizer que o celibato do clero foi instituído em 1879!

           - A praxe do celibato sacerdotal tem suas raízes em 1Cor 7, 32-34, texto em que São Paulo afirmava ser a vida celibatária um estado em que mais facilmente se pode servir ao Senhor, sem divisões e sem solicitudes supérfluas. Em 1Tm 3,2 o Apóstolo recomenda que o ministro de Deus "seja marido de uma só esposa"; com isto São Paulo queria inculcar que no século I da nossa era, quando as comunidades cristãs constavam de muitos casados e adultos recém-convertidos, não se escolhesse para o ministério algum homem casado em segundas núpcias; estas, com efeito, eram geralmente desaconselhadas pela Igreja antiga por parecerem uma expressão de incontin6encia.

            Vê-se, pois, que desde os tempos apostólicos a vida una era recomendada e praticada pelos ministros do Senhor (tenhamos em vista, por exemplo, o caso de São Paulo e o do próprio Cristo).

             No Ocidente a primeira legislação restritiva ao casamento de clérigos se deve ao Concílio de Elvira (Espanha) por volta do ano 300; proibia aos Bispos, sacerdotes e diáconos, sob pena de degradação, o uso do matrimônio e o desejo de ter prole (cânon 33). Esta determinação, que era regional, em menos de um século estava em vigor (às vezes sob forma de conselho apenas) em todo o Ocidente. A fórmula definitiva de tal disciplina foi promulgada pelo Concílio Ecumênico de Latrão I em 1123: a todos os clérigos, a partir do subdiaconato, foi prescrito o celibato; em conseqüência, o matrimônio contraído por algum eclesiástico depois da respectiva ordenação era tido como inválido. O Concílio de Trento (1545-1563) reafirmou tal determinação.

            Isto bem mostra quão inexata é a notícia atrás citada.

8. A RECITAÇÃO DA "AVE-MARIA"

            Lê-se num panfleto protestante: "Em 1317, João XXII ordena a reza da "Ave-Maria"

            Algumas confusões estão subjacentes a esta afirmação, como se verá a seguir. A primeira parte da 'Ave-Maria' tem sua origem no próprio texto bíblico, onde se lêem as palavras do arcanjo Gabriel: "Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo; és bendita entre as mulheres"(Lc 1,28) e as de Elisabete: "E bendito é o fruto do teu ventre" (Lc 1,42). Vê-se, pois, que é a oração mais nobre do Novo Testamento após o Pai Nosso, que nos é ensinado pelo próprio Cristo.

            Os primeiros testemunhos que demonstram o uso de tal fórmula na piedade cristã, datam dos séculos IV/V: trata-se de duas conchas ou placas de argila (ostraka) encontradas no Egito e portadoras do texto grego da 'Ave-Maria' (primeira parte). Também as fórmulas litúrgicas (ou as Liturgias) atribuídas a S. Tiago, S. Marcos e S. Basílio dão testemunhos do uso de tal prece nos séculos IV/V.

            Em latim a saudação angélica ocorre na Liturgia do IV domingo do Advento, que data dos tempos de S. Gregório Magno (+ 604). No fim do século XII aparecem as primeiras prescrições relativas à recitação da "Ave-Maria" na Liturgia das Horas e na devoção popular.

            A segunda parte de tal oração ("Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós...") aparece em uso num Breviário (Liturgia das Horas) dos séculos XIV/XV; foi a partir de então que se tornou habitual na devoção dos fiéis.

            O que se atribui ao Papa João XXII não é a ordem de rezar a "Ave-Maria", mas a recomendação de se reverenciar a Encarnação do Verbo de Deus mediante a recitação do "Pai Nosso" e da "Ave-Maria" ao toque do sino, no fim do dia. Tal recomendação data de 1327 e não de 1317, como afirma o folheto em pauta.

9. CONCLUSÃO

            Infelizmente, o protestantismo tem atacado a Igreja em termos que não raro são mentirosos e passionais. Não é assim que se promove a causa de Cristo, que disse: "Eu sou.. a Verdade e a Vida" (Jo 14,16). Infelizmente, porém, a mentira cala sempre no ânimo do grande público, como dizia Voltaire: "Menti, menti, porque sempre fica alguma coisa!"

            Houve realmente inovações na vida da Igreja através dos séculos, mas todos de caráter acidental, sem afetar a integridade da fé. Era natural e necessário que ocorressem, pois a Igreja é um corpo vivo, animado pelo Espírito Santo, que do seu tesouro de vitalidade sabe tirar "coisas novas e velhas" (Mt 13,52); uma Igreja que hoje se apresentasse com a face exterior que tinha no século I, seria uma "múmia" e não uma sociedade viva; novos tempos exigem novas respostas da parte de Cristos, que vive na Igreja. O próprio Jesus no Evangelho assemelhou a sua Igreja à semente de mostarda que, de pequenina, se torna enorme árvore, desdobrando e expandindo as suas virtualidades no decorrer dos tempos.

“Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.”  (Mateus 15 : 2)

Usos e costumes são vistos de diversas formas na igreja evangélica brasileira, alguns os vêem como bons costumes, outros como uma nova lei dada aos crentes, outros como costumes escravizantes e outros como forma de manter a “identidade” da denominação.

Quando eu era membro ativo da Assembléia de Deus, vez ou outra ouvia algum irmão dizer que sabia que os usos e costumes não influenciavam na salvação, porém ainda os achava bons, alegando que eles evitavam que a pessoa viesse a praticar certos pecados reais.

Muitas vezes, embora a pessoa dissesse em alguns momentos que costumes eram só “bons”, demonstrava outras coisas no seu modo de viver e conversar , como se os usos e costumes fossem realmente mandamentos necessários de serem seguidos, implicando sim na salvação.

Eu era um dos que pensavam assim, pois desde novo convertido foi condicionado a esse pensamento, porém, depois de muito tempo de estudo bíblico e meditação, percebi que tais coisas não tinham importância (primeiro cri com a razão, depois de um bom tempo que fui crer com as emoções).

Há aproximadamente dois anos atrás, fiquei sabendo por uma de minhas irmãs que uma das moças da igreja estava passando frio na escola, pois mesmo nas manhãs mais frias continuava indo de saia para a aula (caso alguém não saiba, algumas denominações proíbem mulheres de usar calças, alegando serem “roupa de homem”).

Como na época eu já entendia que costumes não salvam e até incomodam, embora entendesse a igreja continuar em uso deles, disse a ela que pusesse a calça se necessário, pois eu assumiria a responsabilidade caso o pastor não gostasse.

Porém o pai dessa moça era rígido e não permitia, pois pensava ser pecado mesmo e, como imaginei que meus argumentos não fossem adiantar com ele, resolvi falar com o pastor para que avisasse as irmãs da igreja que poderiam usar calças ao menos naquela época fria, de modo que o pai dela pelo menos ouvisse o pastor-guru e assim deixasse sua filha se agasalhar em paz.

Porém quando falei com o pastor a sua resposta foi que, embora ele não fosse achar ruim dela usar calça, ele não diria isso à igreja, pois se “liberasse” agora teria de “liberar” sempre, depois disse que se as irmãs do passado agüentaram o frio, ela também poderia agüentar…

Esse é um típico exemplo de quando alguém acha o costume tão “bom” que justifica até o sofrimento alheio ao ter de cumpri-lo.
Quando para se cumprir um costume tem de se perder a misericórdia para com os outros tal costume não é bom, é maligno.

“Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.”  (Mateus 12 : 7)
“E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.”  (Mateus 15 : 6)

Além do mais, recebemos de Deus uma consciência para que possamos examinar o que nos convém ou não, de modo que ser obrigado a seguir costumes denominacionais vai contra a liberdade que nos foi dada, sendo algo totalmente retrógrado e imaturo para um cristão.

Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies?
As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; (Colossenses 2:20-22).

 

 

Usos e Costumes

Práticas para uma vida Cristã

Resumo
Trata-se de um estudo sobre os usos, costumes e relacionamento com Deus, que promove uma reflexão dos vários saberes necessários à prática de uma vida cristã condizente com as doutrinas bíblicas, elucidando temas e construindo um ambiente na igreja a fim de que esta obtenha o verdadeiro crescimento requerido na Escritura Sagrada.
Palavras-chave – Doutrina; Denominações; Usos; Costumes.

 

Usos e Costumes
O contexto hodierno demonstra que muitas igrejas pentecostais estão passando por crises em sua estrutura, motivadas pela mudança de conceitos e valores. O desenvolvimento da sociedade tem influenciado sobremodo o cotidiano de muitas denominações. Algumas procurando adequar suas liturgias, doutrinas e dogmas têm enfrentado situações de conflitos entre o antigo e o novo. Entretanto, temos que compreender que o foco não deve estar no antigo e no novo, mas no bíblico e no não bíblico.
A crise gerada pela inércia de muitos líderes evangélicos quanto ao tema proposto, tem provocado no seio da igreja a proliferação de comportamentos errôneos e até mesmo anti-bíblicos. Algumas igrejas têm perdido o seu alvo, caminham a ermo impulsionadas por toda sorte de ensinamentos. A falta de ensino da Palavra de Deus e o ineficaz preparo de líderes cristãos em muito tem contribuído para esta situação.
Outro fator primordial que em muito fomenta a crise atual e o movimento das igrejas neopentecostais. Igrejas de tradições históricas têm perdido sua identidade ao tentar se igualar a este movimento. Confrontam o seu legado rotulando-os de dogmas, i.e., doutrinas de homens e assim vão se descaracterizando. Antes ao falar de Assembléia de Deus Madureira, vinha logo a mente uma igreja tradicional e rígida quanto a doutrina e dogmas, porém hoje a reação não é a mesma. O que houve? Será que estamos sendo infiéis aos nossos fundadores? Será que estamos sendo infiéis a Cristo? Que fazer diante deste quadro? Radicalizar e voltar ao que era antes? Adequar a igreja ao contexto bíblico e prezar pelo real modelo de vida cristã?
Hoje se discute o uso de brincos, colares e outros adereços amanhã estarão discutindo a possibilidade de substituir o vinho da ceia por cachaça de alambique, por se tratar de um produto genuinamente brasileiro. No afã de obter crescimento rápido alguns se entregam a devaneios e heresias. As igrejas podem estar cheia de pessoas, mais qual o alimento que eles estão recebendo. Cada líder prestará conta ao Sumo Pastor, que é Cristo. O cuidado do rebanho deve vir em primeiro lugar. Tem que se prezar pelo desenvolvimento sadio de cada crente.
A desculpa encontrada por vários líderes é o esvaziamento de suas igrejas e a apatia da membresia. Surge então à necessidade de repensar sobre que modelo de igreja Deus se interessa nestes últimos dias? Qual o comportamento requerido de um cristão? Como agir ante uma sociedade que a cada momento se evolui? Essas perguntas devem preocupar àqueles que se encontram na liderança do rebanho de Deus.
Notamos que determinados cultos têm perdido totalmente seu objetivo, que é adorar a Deus. As liturgias têm fracassado em sua meta. Cultos têm se transformado em shows, louvores em apresentações e pregação do evangelho em palavras que atende ao cliente. Se continuarmos assim, daqui a algumas décadas a igreja que Cristo se propôs edificar não será imaculada. Esperamos que quando isto acontecer estejamos com o nosso amado Mestre gozando as benesses do arrebatamento.
Por se tratar de um tema delicado, determinados pastores têm se esquivado de abordá-lo em suas igrejas. Esta irresponsabilidade tem levado alguns cristãos a viverem de forma indigna diante de Deus. Esperamos provocar o debate deste assunto, almejando também que os lideres das denominações venham a atentar com cautela ao tema proposto. A vida prática do povo evangélico tem demonstrado que não é fácil separar doutrina e dogmas. A primeira, de caráter permanente, trata de verdades reveladas por Deus aos homens, imutáveis no tempo; a segunda, transitória e passível de mudanças.
O que propomos nesta pequena fala e demonstrar o real sentido dos usos e costumes confrontando-os com o relacionamento com Deus. Deste embate obtemos o perfil desejado e propagado por Cristo aos seus seguidores, refletindo na conduta da igreja perante o mundo. Em nenhum momento pretendemos dar a resposta, mas levantar dúvidas e questionamentos, induzindo-o a raciocinar com a mente de Cristo. Dizer que isto é certo ou errado não promover no cristão uma conduta verdadeira, esta só advém de um real encontro com Deus, ou seja, de um novo nascimento.
Esperamos proporcionar ao leitor uma pequena noção do que vem a ser usos, costumes e relacionamento com Deus. O assunto em questão foi abordado durante um mês no culto da família promovido pela Igreja Assembléia de Deus, localizada na QND 52 lotes 37/41 Taguatinga Norte/DF. Em cada um dos temas abaixo visualizamos a questão dos usos e costumes:
a) definição de usos, costumes, ética, moralidade, pecado e outros termos correlatos;
b) a origem da Igreja (enfoque Antigo Testamento e Novo Testamento);
b) a trajetória da Igreja até a Reforma;
c) da Reforma até o surgimento das igrejas Pentecostais no Brasil, dentre elas a Assembléia de Deus; e,
d) especificamente a Assembléia de Deus, ministério de Madureira.

 

O quadro abaixo reflete uma síntese do que foi ministrado, onde confrontamos cada tema com a perspectiva bíblica:

 

Tema

O que a Bíblia Condena

Recomendação

Cabelos

a) Assemelhar-se ao sexo oposto
b) Contrariar a formação natural
c) Vaidade – sem necessidade

Evitar exageros e fazer uso da modéstia e sensatez

Vestimentas

a) Assemelhar-se ao sexo oposto
b) Sensualidade – provocante
c) Vaidade – sem necessidade

Fazer uso da modéstia, da sensatez e do respeito com o próximo

Adornos

a) Sensualidade – provocante
b) Vaidade – sem necessidade

Idem

Meios de Comunicação

Licenciosidade/Libertinagem

Não se deixar dominar ou seduzir; Ter bom senso

Bebidas Alcoólicas

Ser dado; entregue; sem controle

Abstinência quanto ao uso

Barbear

Não condena nem obriga

Seguir o princípio religioso

Aparência

A falsidade

Não julgar pela aparência

Comportamento

Contencioso; obstinado; rebelde, irreverente, inoportuno,...

Deixar tal prática perniciosa, prezar pelo bom exemplo

Namoro

Lascívia, luxúria, prostituição, adultério e outros pecados tidos como fruto da carne

Evitar os excessos; ter prudência; saber que a outra parte serve a Deus

Músicas, danças, teatro, encenações ...

Culto pagão – aquele em que Deus não é adorado

Ser direcionado pelo Espírito Santo de Deus

Jogos e outros esportes

Jogo de azar

O esporte em si é saudável

 

Apesar de não haver uma regulamentação escrita quanto aos usos e costumes no meio da Assembléia de Deus, ministério de Madureira, recomenda-se seguir os princípios de nosso seguimento religioso, i.e., àqueles que nos conduzam a não infringir as doutrinas bíblicas, bem como, proporcionar a boa convivência entres os irmãos. Esperamos ter proporcionado ao leitor uma pequena noção do que vem a ser usos, costumes e relacionamento com Deus.

Existem muitas pessoas hoje longe das igrejas evangélicas e totalmente indiferentes à mensagem bíblica por terem sofrido disciplinas e exclusões.

Motivo ?
Foram vistas de lábios ou unhas pintados, de cabelos cortados, usando calças compridas, colar, brincos, jogando bola, soltando pipa ou incorrendo na prática de alguma outra proibição imposta pela igreja que elas freqüentavam.
Os líderes evangélicos que excluíram, ou influenciaram decisivamente na exclusão dessas ovelhas do seu rebanho, estariam praticando uma correta e sadia exegese bíblica ? ACREDITO QUE NÃO !
Quando pregamos que a Igreja tem que estar separada do mundo, o que estamos querendo dizer com isto ? Obviamente que não estejamos inseridos no contexto do PECADO. Só isso !
Em que devemos nos diferenciar das pessoas que ainda não confessaram a Cristo como Salvador ?
Será que devemos nos levantar da mesa de um restaurante quando virmos que à mesa ao lado está sentada uma pessoa que bebe ou fuma ? É EVIDENTE QUE NÃO !!!
Por ter comido com pecadores e publicanos; por ter permitido que seus pés fossem lavados e enxugados por uma mulher pecadora; por ter pregado a sós para uma mulher de Samaria de vida nada exemplar, e por ter morrido entre ladrões, certamente Jesus também seria excluído dessas igrejas de HOJE EM DIA.
Quando o Senhor ordenou que fôssemos luz do mundo e sal da terra, estava se referindo a esse desafio de vivermos em um ambiente onde reinam as trevas e a imundície, sem nos deixarmos contaminar por elas. Ele nos instruiu, pois, a influenciar positivamente o mundo com a luz e a preservar com sal aquilo que ainda pode ser preservado.
RICARDO GONDIM (com adaptações).
Muitos líderes religiosos brincam de ser Deus ao "impor" aos membros das igrejas que USEM "isso" ou "aquilo"
Qual o texto bíblico que afirma que a mulher não pode usar calça comprida co corte, cores ou bordados femininos, segundo a cultura brasileira ?
Seguramente esse texto bíblico NÃO EXISTE !
NÃO CONVÉM QUE AS IGREJAS EVANGÉLICAS SEJAM HIPÓCRITAS !
Da mesma forma aos Homens, a imposição de usarem PALETÓ e GRAVATÁ (pelo menos os que receberam o CHAMADO DE DEUS para serem PREGADORES) - É absurdo obedecer aos usos e costumes "impostos" pelas igrejas evangélicas, contrariando, inclusive, a palavra de Deus (Aldo Corrêa).
Quando para se cumprir um costume tem de se perder a misericórdia para com os outros tal costume não é bom, é maligno !!!
“Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.” (Mateus 12 : 7)
“E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” (Mateus 15 : 6)
Além do mais, recebemos de Deus uma consciência para que possamos examinar o que nos convém ou não, de modo que ser obrigado a seguir costumes denominacionais vai contra a liberdade que nos foi dada, sendo algo totalmente retrógrado e imaturo para um cristão.
Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies ? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens. (Colossenses 2:20-22)
Os legalistas (pregadores e seguidores) de usos e costumes (doutrinas de homens) estão vivendo DEBAIXO DE MALDIÇÃO, ou seja; estão afastados da graça salvadora oferecida pelo Senhor Jesus na cruz do Calvário, sendo assim, correm o risco de passar a eternidade nas chamas do inferno (SILAS MALAFAIA).
Post idealizado por Aldo Corrêa de Lima - NÃO SUPORTO mentes aprisionadas, afinal de contas JESUS VEIO LIBERTAR !!!
"Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir DOUTRINAS PERVERSAS". (Atos dos Apóstolos. 20.30 [1ª parte])

Aparência
Não julgueis os outros pela sua aparência.
Lembra-te de que Deus vê mais além das aparências.
1 Samuel 16:7:
“Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.”
O nosso testemunho está associado com a nossa aparência.
1 Timóteo 2:9-10:
“Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.
1 Pedro 3:3-4:
“O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos, mas seja o do íntimo do coração, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que és, para que permaneçam as coisas.”

 

A problemática dos “usos e costumes” no contexto pentecostal .

 

Gutierres Siqueira, 19 anos

- Estamos nos reunindo nessa noite para decidirmos se a irmã Maria [1] será disciplinada por corta os seus cabelos, pois ele cortou o véu que Deus deu as santas mulheres... Assim o pastor inicia um culto de “doutrina” em uma congregação assembleiana do interior. A grande questão daquela noite era um debate, entre o pastor e seus cooperadores, se aquela mulher deveria ser privada da comunhão por cortar as pontas do cabelo. A igreja com a liderança, concluiu, em um gesto de “misericórdia”, que a “pecadora” deveria ser perdoada. Enquanto isso, a irmã Maria estava em pé, na frente do púlpito e da congregação, acompanhando todo o desenrolar do seu futuro na comunhão da igreja, desaguando em lágrimas!
Essa história não é tão incomum e está longe de ser exceção. Em muitas igrejas pentecostais e algumas neopentecostais, principalmente interioranas e periféricas, os “usos e costumes” são levados a risca, como modelo de santidade e pudor que devem ser obedecidos por todos. Assuntos como cabelo, calça feminina, maquiagem, adornos, short masculino, pratica esportiva etc., são extremamente reprimidos em disciplinas e sermões de repreensão; havendo até músicas que condenam “trejeitos mundanos”.

01. Por que “usos e costumes” são ultra-valorizados no contexto pentecostal?
Os sociólogos e muitos filósofos da escola foulcaultiana, responderiam essa pergunta rapidamente, atribuindo esse valor aos usos e costumes como forma de controle social e demonstração do micro-poder por parte da liderança sobre os seus liderados. Essa reposta é incompleta e perigosamente superficial, pois há fatores mais importantes que levaram as comunidades evangélicas, especialmente os pentecostais, a desenvolverem uma doutrina ascética. O teólogo Ricardo Gondim, acertadamente comenta:
Não concordo com a tese de que muitos desses posicionamentos nasceram de uma conspiração das elites religiosas ávidas por se manterem em posição de autoridade. Creio que, na verdade, o legalismo origina-se de uma fraca compreensão do que significa o vocábulo "mundo" na Bíblia. [2]
Um dos fatores para a valorização de costumes rígidos está em movimentos que influenciaram o pentecostalismo. O Movimento Pentecostal é originário de correntes pietistas e puritanas, naturalmente ascéticas, por meio do metodismo e do movimento Holiness, dos quais muitos líderes pentecostais foram adeptos, entre eles William Joseph Seymour, que pertencia a igreja da Santidade. Todo o pietismo desses movimentos precursores do pentecostalismo tiveram influência direta sobre o modus vivendi dos pentecostais. Muito do ascetismo pentecostal pode ser comparado com outros grupos protestantes, que se apresentavam com sectários e contrários ao esfriamento espiritual das igrejas oficias e institucionalizadas.
Outro fator de grande influência no legalismo pentecostal é o sua interpretação com relação ao “mundanismo”. O entendimento de “mundo” [3] por parte dos pentecostais, sempre foi literal e relacionado aquilo que no mundo existe, principalmente na área do prazer, entretenimento e enfeites. [4] Esse entendimento molda a cosmovisão pentecostal taxando várias práticas, hábitos e costumes de “mundanos”.Normalmente o novo e inovador é visto com desconfiança, pois “inovações” cheiram “mundanismo”.
Os fatores sociológicos tiveram o seu papel no processo de legalismo e ascetismo dos costumes. O sociólogo evangélico Paul Freston[5], lembra que a Assembléia de Deus nasceu debaixo de um ethos sueco-nordestino. A cultura conservadora- paternalista nordestina, junto com missionários suecos que vinham de um contexto marginalizado produziram uma igreja vigilante, disciplinadora, que detinha controle interno sobre seus membros. Esse controle vinha por meio de exortações eloqüentes, além de “revelações” e forte pregação escatológica. A cultura nordestina sempre apresentou características masculinizadas ou machistas, sendo que no contexto da igreja, a maioria das imposições de costumes vem sobre as mulheres. Em 1946, o presbitério da igreja Assembléia de Deus em São Cristóvão, resolveu criar uma lista de costumes aceitos naquela igreja, sendo que das seis regras, todas eram imposições para mulheres. Samuel Nystrom repreendeu aquela medida legalista da igreja carioca, escrevendo no Mensageiro da Paz de 1947:
As ordenanças para manifestar humildade e severidade para com o corpo servem para satisfazer a carne, o erro, e elas, com facilidade, arranjam os que julgam mais santos do que outros, e isso resulta em inchação vã, e cria um espírito de fariseu, que é o maior impedimento para as bênção de Deus. [6]
Mais rígidas se apresentaram as Assembléias de Deus ligadas ao ministério de Madureira, no Rio de Janeiro, dirigida por Paulo Leivas Macalão. As igrejas ligadas a Macalão, tipicamente brasileiras, estavam desgostosas com “as aberturas liberais” das igrejas ligadas aos missionários suecos. Desprezando as exortações de Nystrom, sobre os exageros no legalismo, muitas igrejas implantaram regras mais duram do que era comum.

02. A retórica sobre usos e costumes.
Hoje, muitos pastores assembleianos estão comprometidos a preservar uma “identidade” nascente, onde os “valores” dos pioneiros possam ser preservados pelas igrejas atuais. Nesse assunto há muita retórica e pouca prática, pois nenhum dos pastores defensores da uma identidade “intacta” voltariam com os rígidos costumes de quarenta ou cinqüenta anos atrás. Basta ver suas congregações, onde houve muitas mudanças, inclusive a livre aceitação dos meios de comunicação, que deixou de ser tabu nas Assembléias de Deus.
Os discursos de importantes lideranças assembleianas continuam bem conservadoras, mas a prática de suas ovelhas tem sido gradativamente flexibilizadas em relação aos usos e costumes. No Mensageiro da Paz de fevereiro de 1991, o pastor José Wellington afirmou : “Não é costume dos crentes na Assembléia de Deus o uso de pinturas, brincos, etc. Não somos retrógrados, [apenas] desejamos [nos conservar] irrepreensíveis... Não danifique a Assembléia de Deus, ame-a ou deixe-a"; ainda para a Revista Veja do dia 02/07/1997, o pastor Wellington afirmou: “Não se ache na mulher a roupa do homem”, condenando o uso de calças para mulheres. Mas no dia a dia das congregações há visíveis mudanças, principalmente nas igrejas centrais e das metrópoles. O discurso parece que não tem surtido efeito sobre a nova geração de membros, onde congregações vivem constantemente conflitos em relação aos "costumes" que devem ser tolerados ou não.

 

 

Barba e Bigode?

Há minúcias consideradas de menor importância teológicas, isto é, não essenciais ao pleno desenvolvimento do cristianismo: são as formas de culto e quais hinos devem ser cantados, a arquitetura da igreja, o numero de vezes em que se celebra a santa ceia, uso de jóias, de vestes, o cumprimento dos cabelos, uso ou não O que a bíblia permite e a igreja proibe de barbas e bigodes, a pratica de esporte, etc. Estas e tantas outras doutrinas periféricas podem sinalizar o grau de compreensão que se tem das doutrinas fundamentais, tais como o da regeneração, da expiação, e da graça.

O intuito aqui de tratar de uso e costumes da igreja não significa que desejo assumir uma postura eticamente liberal ou antinomista, apenas reavivar a Teologia da Graça. 

No Brasil devido ao largo preconceito sobre o tema e por falta de literatura que discorra biblicamente sobre o uso e costumes, alguns evangélicos continuam com sérias duvidas sobre seu comportamento. É muito comum no meio evangélico os cristãos questionarem em como distinguir a doutrina bíblica dos costumes provenientes das tradições humanas. Inquietos querem saber se jogar futebol, assistir Televisão,usar jóias, usar calções, ir a praia entre outras práticas, se é pecado e se entristece a Deus. Os trechos bíblicos usados para combater “Usos e Costumes” na igreja, são interpretados erroneamente. São tirados dos seus respectivos contexto e adaptados para sustentar o orgulho doutrinário dos pastores e demais lideres, não levando em conta o contexto histórico e cultural da época.

Veja algumas proibições e os versículos usados:

Possuir TV ou assisti-la:  (Salmos 25:15), (Salmos 101:3)

Ir a piscina ou a praia, ou ficar semi-nu. (Salmos 1:1), (Romanos 6:12), (Apocalipse 3:18), (Apocalipse 16:15).

 

O que é Cultura?

Não é tão fácil definir, os antropólogos já criaram mais de trezentas definições. Cultura tomada em seu amplo sentido etnográfico, é todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes, ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade em que vive.

A região geográfica, o relevo, o clima, a vegetação como matas e florestas influencia e determinam o uso e os costumes do individuo. Por exemplo: O clima na maioria das vezes determina não apenas o tipo de vestimentas, mas também as cores e até o material utilizado na confecção dos mesmos. No deserto árido e seco obriga os árabes a usarem roupas brancas de algodão, no clima úmido da Amazônia os índios andam nus, as mulheres bolivianas vestem se com várias camadas de roupas para se defenderem-se do frio andino.

Não se pode atrelar qualquer valor moral a essas diferenças, por que as pessoas não optaram por se vestir assim e sim uma forma de se adaptarem ao local em que vivem no seu habitat natural. A topografia a vegetação e o clima influenciam diretamente nos costumes do individuo.

O uso de vestes ou os costumes e valores éticos, tem pouco haver com a moralidade de uma sociedade, o que afeta a sociedade é a desobediência ás Leis que doutrinam o uso de determinadas vestes que devem ou não ser usadas. Isso significa que a moralidade de um povo não pode ser medida segundo as leis de nossa sociedade, mas sim pelas leis particulares de cada sociedade em si. Cada civilização, portanto tem suas próprias características criam roupas e adornos específicos de acordo com sua cultura e costumes.

A cultura é semelhantemente responsável, em qualquer sociedade, pelos códigos comportamentais das pessoas. Criam-se regras que valem apenas em um determinado circulo social.

Para sabermos se um homem está ou não vestido de roupa de mulher, precisamos saber de como a cultura em que ele está inserido determinou o que um homem ou uma mulher deve vestir. Ex: no ocidente um homem trajar-se de vestidos pode significar que ele é um homossexual, na palestina, contudo, será identificada apenas a sua tribo. Certa tribo indígena no Brasil determina que as mulheres devam usar apenas um cordão em volta da cintura e outro amarrado em direção oposta. E isso para os índios não é imoral. Acontece que a nudez dos índios não advém do pecado mas sim da própria elaboração cultural.

A bíblia esta repleta de exemplos de evangelistas e missionários que chegando a um contexto cultural diferente do seu, respeitaram a maneira de ser daquele povo e procuraram adaptar-se aos seus ouvintes.

O apostolo Pedro, viu-se obrigado a reconhecer que a cultura judaica não era melhor do que a dos gentios, foi quando o mesmo estava hospedado em Jope na casa de um certo Simão, ele teve a visão do lençol e dos repteis e quadrúpedes os quais ele chamou-os de imundos (At 10). Através desta visão Pedro pode compreender que o evangelho não era exclusivo dos Judeus e sim de todas as raças humanas sem qualquer distinção. O sucesso do apostolo Paulo demonstra sua habilidade em reconhecer o contexto cultural dos povos. (I Corintios 9:22) - Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. Deus não quer que formemos guetos culturais mas sermos “o sal e a luz do mundo”. A ética cristã tem a obrigação de discernir com precisão o que é produto do pecado e o que é fruto da graça divina.

Na cultura judaica, a nudez simplesmente representava pobreza, vergonha e fragilidade moral. (Jó 1:21) - E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR. O mesmo sentido tem quando Adão e Eva se esconderam de Deus. (Gênesis 3:7) - Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

As roupas na bíblia tem valores tanto espirituais como ornamentais, o uso metafórico, mostra de modo conclusivo uma percepção clara de que as roupas e as indumentárias passavam uma mensagem tanto cultural  como espiritual. ( Is 61.10), Isaías se alegra por Deus trajar o seu povo com vestes de salvação, envolvendo-os com o manto da justiça(Pe 5.5). Pedro roga aos crentes que “vistam de humildade”,(Ap 3.18) O Senhor exorta a igreja de laodiceia a comprar vestes brancas para cobrir a vergonha de sua nudez.

 

O uso dos cabelos

No antigo testamento vemos várias referencias do uso dos cabelos como forma de expressar o favor de Deus. (Isaías 61:10), parte b, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias, turbante é a forma em que os cabelos são arrumados isto é penteados. Os sarcedotes usavam vários adereços e ornamentos além das tiaras sobre a cabeça. ( Ez 39.27-28),(Ez 44.18). Até o modo de usar representava tanto alegria como tristeza (EZ 24.17).

 

O uso de Jóias.

Devemos separar o simbólico do literal para não confundirmos, (Gênesis 41:42) - E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de roupas de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. O uso do anel aqui simboliza autoridade. (Ester 8:2) - E tirou o rei o seu anel, que tinha tomado de Hamã e o deu a Mardoqueu. E Ester encarregou Mardoqueu da casa de Hamã. Aqui o mesmo sentido o rei transmitindo o poder de Hamã para Mardoqueu. Judá após ter deitado com Tamar subjulgou a mesma, e sendo indagado a respeito do que ofereceria a mesma em forma de pagamento, foi lhe prometido um cabrito, porém ela lhe pediu um penhor: (Gênesis 38:18) - Então ele disse: Que penhor é que te darei? E ela disse: O teu selo, e o teu cordão, e o cajado que está em tua mão. O que ele lhe deu, e possuiu-a, e ela concebeu dele. Os colares era para realçar o pescoço tido como a parte sensual da mulher. (Cânticos 1:10) - Formosas são as tuas faces entre os teus enfeites, o teu pescoço com os colares. Tanto colares como braceletes (pulseiras) eram adornos naturais das mulheres. (Ezequiel 16:11) - E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas mãos e um colar ao redor do teu pescoço.

 

Os Pendentes. (Piersings)

(Gênesis 24:47) - Então lhe perguntei, e disse: De quem és filha? E ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que lhe deu Milca. Então eu pus o pendente no seu rosto, e as pulseiras sobre as suas mãos; (Ezequiel 16:12) - E te pus um pendente na testa, e brincos nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça.

 

O Traje das Mulheres.

(I Timóteo 2:9) - Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos,

O Apostolo Paulo não intenta proibir e sim declarar que a beleza verdadeira está resumida ao seu interior, o Apostolo não condena os enfeites e adornos e sim o uso descontrolado e a extravagância, como falta de bom senso e ausência de pudor.

Para Russel Shedd, comentarista da Biblia Vida Nova, “Mulheres em trajes decentes – traje no grego (Kastolé), refere-se ao comportamento em geral e não necessariamente as vestes. Decente ( Kosmios – grego) tem o efeito de “em ordem”. A idéia dominante da frase inteira é de bom gosto, sensibilidade, em contraste com os excessos e a falsidade.

Sabemos que a realidade do Povo Judeu era outra e diferente dos nossos dias atuais e imitá-los seria impossível. Não existe na bíblia nenhuma ação ou postura que condene o uso de adornos ou jóias, somente doutrinas dos homens que reprovam severamente condenando a cultura, o usos e os costumes do povo.

 

Tal legalismo defendido pelas igrejas tem várias explicações:

1º) Restringir o uso e costumes e tradições, como forma de santificar o povo.

(Sl. 32:8)(Sl. 32:9) - Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.

2º) Coibir a Libertinagem.

(Gálatas 5:1) - ESTAI, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. (Gálatas 5:2) - Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará.

Este argumento é usado para coibir o comportamento dos crentes.

A mensagem da Graça não precisa do reforço da lei para impor condições, pois a lei não arbitra sobre a santidade. (Cl. 2:16) (C.l 2:20) (Cl. 2:21) (Cl. 2:22)

3º)Que a Salvação vem pela graça.

Jesus reprovou severamente os lideres religiosos os quais usavam fardos,(doutrinas e Leis) pesadas e arbitrárias sobre o povo as quais eles mesmos não cumpriam. (Mateus 23:4)

trata-se aqui de pastores “Religiosos” usando do legalismo para frear, reprimir, e oprimir o povo levando-os a escravidão religiosa. Os quais reivindicam para si uma “Glória” enaltecendo suas igrejas denominado-as ironicamente de “primitivas”, e  colocando-se como autênticos ”Messias”. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do Inferno duas vezes mais do que vós. (Mt 23:15).

A violação de regras básicas tiram a fidelidade da hermenêutica os quais personalizam as doutrinas, adequando-se as suas personalidades intelectuais.

 

Praticar exercício físicos, Lutas.

(I Timóteo 4:8) - Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.

Aqui o Apostolo Paulo julga a piedade como mais nobre que os exercício físicos sem desmerecê-los. O Apostolo Paulo não era contra os exercícios físicos pois assim ele estaria se contradizendo. Em outras passagem ele usa de metáforas referindo-se a vida crista. (I Corintios 9:24) - Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. (I Corintios 9:26) - Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.( batendo no ar refere-se a lutas orientais ou gregas naquela época). O apostolo não está reprovando, mas sim fazendo uma comparação sobre a luta espiritual e o esporte praticado pelos homens.

Os falsos crentes, esses sim, devem ser rejeitados diz o apostolo Paulo. (1Co 5.11 ) Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Jesus em sua oração pede ao Pai que não nos tire do mundo, e sim que nos livre do mal.(Jo 17.15).

 

Beber Vinho.

O Apostolo Paulo dá as diretrizes aos bispos e aos diáconos os quais não podem ser dado ao vinho. (I Tm 3:3) - Não dado ao vinho. E no versículo (I Tm. 3:8) não dados a muito vinho. Observa-se com clareza que não existem restrições quando ao uso e sim ao excesso, abaixo o apostolo dá uma receita ao Timóteo contra as enfermidades estomacais.

(I Timóteo 5:23) - Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades. Jesus é citado em outras passagens como um homem que também bebia vinho (Lucas 7:34) - Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos pecadores. Alguns interpretam que a santa ceia foi usado suco natural e não vinho fermentado. (Mateus 26:29) - E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai. Fruto aqui não se refere a fruta natural ou ao suco natural, mas sim o resultado final do seu processamento que é o vinho. Veja o que diz em Mateus parte b. Mas a sabedoria é justificada por suas obras. (Mt 11:19), As obras e não o beber vinho ou suco.

 

A barba,o bigode.

Como condenar o crente por deixar sua barba crescer, as proibições de algumas igrejas vem de Gn 41.14. Através deste exemplo de Jose os doutrinadores desprezam centenas de outros textos nos quais os homens de Deus aparecem usando barba.

 

Roupas do Homem e da Mulher.

(Deuteronômio 22:5) - Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus. Em primeiro lugar é impossível descrever com detalhes como eram as vestes do homem e da mulher naquela época. As vestes nos dias atuais advêm de uma necessidade cultural e social e não moral.

 

Os Cabelos.

(I Corintios 11:5) - Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. (I Corintios 11:6) - Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.

Mais uma polêmica na igreja é quanto ao corte ou uso dos cabelos, e mais uma vez devemos analisar com cuidado pois a carta de Paulo escrita aos coríntios tinha um propósito pois a cultura de Corinto não era judaica, mas grega e fortemente influenciada pelos viajantes romanos que lá passavam, as mulher e os homens gregos vestiam-se de modo diferente das mulheres se homens judeus, como também uma diferença radical no comportamento e na liberdade. Os judeus não comiam a mesma comida dos gregos, já os gregos comiam tanto comida de sua própria culinária como a comida dos judeus, os homens judeus cobriam suas cabeças para orar,e os gregos não, as mulheres gregas não usavam véu, e se as judias ficassem sem véu eram tidas por prostitutas.

O véu era um costume antigo entre judeus de uso normal e cotidiano e não diz respeito à cultura ocidental. A descendência das mulheres da antiguidade usavam o véu. (Gênesis 24:65) - E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu SENHOR. Então tomou ela o véu e cobriu-se. Vemos aqui que diante dos homens que ali estava ela estava com a cabeça descoberta. O senhor aqui refere a Isaque o marido de rebeca.

Paulo compara o uso dos cabelos compridos dando a mesma relevância na utilização dos véus, recorrendo a analogia, o apostolo revela que a mulher sem véu simbolizava na igreja o mesmo que uma mulher com a cabeça raspada simbolizava na sociedade grega, pois as esposas infiéis ou meretriz, tinham a cabeça raspada. O Apostolo estava apenas propondo às mulheres judias a manutenção dos costumes hebraicos, pois o uso dos véus e dos cabelos era pertinente aquele contexto cultural. O que dizer dos negros africanos onde o cabelo é crespo e não cresce, lá a natureza ensina que tanto homens como mulheres devem ter seus cabelos curto, há de convir que são as múltiplas ambiências culturais que determinam tais valores. A igreja não pode isolar-se geograficamente, a solução para a santidade não é criarmos ordens monásticas que nos mantém recluso. Vivemos uma realidade diferente em todos os sentidos, tanto cultural como ética.

O poder moral de discernir ou recusar o que é torpe, vem da liberdade de escolha, maturidade intelectual e espiritual, e nunca da censura e do patrulhamento da nossa liberdade crítica. (I Corintios 6:12) - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

(Mateus 15:11) - O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem. Isto é do coração, como os pensamento a atitudes do coração.

O problema do legalismo é procurar um atalho para a santificação. A igreja enfraquece quando aceita a premissa de que deve acatar sem questionar tudo o que vier enfeitado de religiosidade.

 

Estudo realizado por Presbítero Rogério Costa

Caxias do Sul – 30/04/2011

 

 

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