Orai sem Cessar - 01

 


 

ORAI SEM CESSAR.... citado em 1 Tessalonicensses 05:17  é um componente inseparável da vida cristã, um imperativo da graça, uma clara ordenança do Senhor ao seu povo; e não uma mera opção a ser ou não seguida por cada um de nós, de acordo com as nossas subjetivas decisões.

 

Pergunta: "O que significa orar sem cessar?"


 

Resposta: O comando de Paulo em 1 Tessalonicenses 5:17: “Orai sem cessar” pode ser bastante confuso. Obviamente, não pode significar que devemos estar com uma postura de cabeças baixas e olhos fechados o dia todo. Paulo não está se referindo a falar sem parar, mas uma atitude de consciência da presença de Deus e de render a Ele tudo o que fazemos, o tempo todo. Todo momento que estamos acordados deve ser vivido com a consciência de que Deus está conosco e está ativamente envolvido em nossos pensamentos e ações.  Quando nossos pensamentos se voltam à preocupação, medo, desencorajamento e ira, devemos conscientemente e rapidamente tornar todo pensamento em oração e toda oração em ação de graças. Em sua carta aos Filipenses, Paulo nos comanda a não mais sermos ansiosos, mas pelo contrário: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” Fp.4:6.

Ele ensinou os crentes de Colossos a perseverarem “na oração, vigiando com ações de graças” Colossenses 4:2. Paulo exortou os crentes da igreja de Éfeso a enxergarem oração como uma arma para ser usada em batalhas espirituais Efésios 6:18.

O famoso pregador do século 19, Charles Spurgeon, descreveu a vida de oração de um Cristão ao dizer: “Como os cavaleiros da antiguidade, sempre em batalha, nem sempre em seus cavalos avançando com suas lanças contra o seu adversário para fazê-lo cair do cavalo, mas sempre usando as armas que podiam alcançar.... Aqueles cavaleiros deprimidos geralmente dormiam em suas armaduras; então, até mesmo quando dormimos, ainda sim devemos estar no espírito de oração, para que se por acaso acordarmos de noite, ainda estaremos com Deus”.
Durante o percorrer do dia, oração deve ser a nossa primeira resposta a toda situação atemorizante, a todo pensamento ansioso, a toda tarefa indesejada que Deus comanda. John MacArthur adverte que a falta de oração vai fazer com que paremos de depender da graça de Deus e passemos a depender de nós mesmos. Orar sem cessar é, em essência, dependência da comunhão com o Pai.
Para os Cristãos, oração é como respiração. Você não tem que pensar para respirar porque a atmosfera exerce pressão nos seus pulmões e o força a respirar. Por isso é mais difícil prender a respiração do que respirar. Semelhantemente, quando nascemos de novo e passamos a fazer parte da família de Deus, entramos em uma atmosfera espiritual onde a presença e graça de Deus exercem pressão, ou influência, nas nossas vidas. Oração é a resposta normal a essa pressão. Como crentes, temos todos entrado na atmosfera divina para respirar o ar da oração. Só então podemos sobreviver na escuridão desse mundo. Infelizmente, muitos crentes prendem sua respiração espiritual por muito tempo, achando que breve momentos com Deus são suficientes para sobreviverem. No entanto, tanta restrição do influxo espiritual é causada por desejos pecaminosos. O fato é que todo crente deve estar continuamente na presença de Deus e constantemente respirando Suas verdades para serem completamente funcionais.  Porque fazemos parte de uma sociedade livre e próspera, é mais fácil para os Cristãos se sentirem seguros ao presumir – ao invés de depender – da graça de Deus. Muitos crentes ficam satisfeitos com as bençãos físicas e têm pouco desejo por bençãos espirituais. Ao se tornarem tão dependentes dos seus recursos físicos, eles acham que pouco precisam dos recursos espirituais. Quando programas, métodos e dinheiro produzem resultados impressionantes, há uma inclinação para confundir sucesso humano com benção divina. Cristãos podem na verdade se comportar como humanistas, vivendo como se Deus não fosse necessário.  Quando isso acontece, desejo ardente por Deus e necessidade de Sua ajuda vão estar faltando, assim como o Seu poder. Por causa desse grande – e comum – perigo, Paulo encorajou os Cristãos a orar “em todo tempo” Efésios 6:18 e a perseverar na oração Colossenses 4:2. Oração contínua, persistente e incessante é uma parte fundamental da vida Cristã que tem sua origem na dependência em Deus.

 

 

Assim, é simplesmente inconcebível que alguém se declare um servo de Deus, alcançado por sua salvífica graça, regenerado pelo onipotente poder do seu Espírito Santo e, mesmo assim, não ore, não sinta prazer em investir precioso tempo da sua vida cotidiana numa convivência amorosa com Deus por meio da oração. Assim como um infante (menino pequeno, infantil) chora, tão logo deixa o aconchegante casulo do útero materno, o crente deve orar, ao constatar que passou das trevas para a maravilhosa luz do seu Senhor. Por esse prisma, a oração é um ato sublime de amor, por intermédio do qual, o crente deve expressar, com toda a intensidade dos afetos presentes em sua alma, o seu amor a Deus, em justo reconhecimento ao que o Senhor fez, ao estender as suas misericordiosas mãos a um desvalido, que jazia no imundo chão da iniquidade e, ato contínuo, caminhava, celeremente, para uma completa e eterna perdição. Ora, considerando que a oração é um diálogo permanente da alma com o bendito criador, na medida em que, em nosso viver diário, nós desprezamos a oração, na prática, nós estamos asseverando que o nosso amor pelo Senhor é bem diminuto, visto que não nos apraz cultivar, o mais demoradamente possível, a companhia daquele que dizemos ser a razão primacial da nossa vida. Nesse sentido, convém fixarmos, indesviavelmente, os nossos olhos na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, cujo indeclinável e ardente amor pelo Pai expressou-se, dentre outros aspectos, por uma vida que, ao longo de trinta e três anos, foi sumamente dedicada à oração, na qual ele consumiu-se e consumou-se, ao cumprir, cabalmente, todo o seu ministério. Além de um ato de amor, a oração também é um poderoso instrumento que Deus nos concede, a fim de podermos combater a ansiedade que, frequentemente, insiste em rondar-nos e fazer do nosso coração a sua morada mais privilegiada. Na epístola endereçada aos irmãos da cidade de Filipos, de modo enfático e consolador, Paulo exorta: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças Filipenses 4.6.   A santa e providencial recomendação apostólica em tudo se harmoniza com as palavras proferidas por Jesus Cristo no grandioso Sermão do Monte: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir” Mateus 6.25a.   Desprende-se, claramente, das palavras do Filho de Deus, que a ansiedade humana radica nas milenares preocupações que nos assaltam no tocante à nossa sobrevivência terrena, cercada, toda ela, por variada espécie de necessidades: comer, cuidar da aparência, cuidar da saúde, trabalhar, pagar contas, cumprir com nosso dever com a sociedade, enfrentar o preconceito, o desprezo, vestir, dentre tantas outras. Nesse contexto de multiplicadas e recorrentes pressões, ávidas por transformar a nossa vida num barquinho indefeso e sacudido para todos os lados pelos inclementes vendavais da existência, a oração pontifica como um antídoto contra o desespero; um eficaz remédio contra as massacrantes e inúteis preocupações; um lenitivo seguro contra a ansiedade que oprime o peito; rouba a alegria; planta a malfazeja semente da incredulidade; extingue a paz; faz do presente sinônimo de completo desassossego; e, do futuro, uma aflitiva e irrespondível indagação. Contra todos esses flagelos que atormentam a alma, a oração emerge como um poderoso recurso de

Deus, com o qual nós lutamos e com o qual nós vencemos.

 

 

Ato de amor, remédio para a ansiedade, a oração, de igual modo, é uma arma imprescindível na batalha que os pregadores travam, tendo como alvo a conquista de vidas para o Senhor. Conquanto estejamos bem persuadidos de que, em última análise, a tarefa de conversão de uma alma é prerrogativa indisputável de Deus, que nela exerce as irresistíveis operações do seu Santo Espírito, dobra a sua congênita dureza e a conduz, arrependida, aos pés do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, não estamos menos conscientes da responsabilidade de orarmos por todos aqueles a quem vamos evangelizar. Na minha caminhada cristã aprendi que uma vida de intimidade com Deus é desenvolvida através do devocional, do fechar a porta, do ficar em silêncio e estar com Ele, através da oração.Porém, não foram poucos os dias em que fiquei frustrado com minha vida de oração. Frustrei-me com propósitos não completados, com minha inconstância e, às vezes, com a falta de compromisso em, literalmente, dedicar-me a estar com Deus.

Tal verdade teológico-doutrinária, de que é Deus quem regenera o coração de um pecador, amplamente chancelada pelas Escrituras Sagradas, não anula as responsabilidades que pesam sobre os que trazem em seus ombros a missão de proclamar o evangelho a todas as criaturas. Como bem sentencia o apóstolo Paulo, devemos “anunciar todo o conselho de Deus Atos 20.27b, na inteira dependência do Espírito Santo, traduzida no exercício contínuo da oração. Na epístola encaminhada aos crentes da cidade de Éfeso, Paulo pede oração “para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo” Filipenses 6.19b-20.

 

 

A petição apostólica é nítida em seu escopo: ele anela por autoridade na transmissão do evangelho da graça de Deus.

Autoridade essa que somente lhe será concedida por meio da oração. Oração que expõe diante de Deus a nossa insuficiência e, de igual modo, descansa na completa suficiência de Deus.

O problema é que, às vezes, nós confiamos em nossa suposta cultura bíblica; em nosso aparentemente lógico e irresistível poder de argumentação; na presumível eficácia de nosso método comunicacional. Assim procedendo, esquecemo-nos de que, sem a imprescindível assistência do Espírito Santo de Deus, pela qual devemos rogar em perseverante oração, os nossos esforços, por mais bem intencionados que sejam, resultarão inteiramente malogrados.

A oração, à luz das Escrituras Sagradas, também nos auxilia a cultivar, num mundo confuso e eivado de erros de toda a espécie, a atitude de discernimento diante da babel de vozes que se elevam e querem conquistar nossas mentes e corações.

É nesse patamar que aprendemos que oração e Palavra de Deus nunca podem andar desconectadas uma da outra; antes, devem ser faces indissociáveis.

Escola do Espírito, no lúcido dizer do Reformador João Calvino, a Palavra de Deus é nossa Regra Única de Fé e de Prática, legislação autoritativa e suficiente para todas as áreas da nossa vida.

A Escritura, sem oração, pode tornar-nos ortodoxos frios e racionalistas, perigo que sempre rondou a teologia em sua feição mais acadêmica e escolástica.

A oração, sem a Escritura, é uma porta escancarada para o misticismo mais desarrazoado e para o fanatismo mais destruidor.

Pautada pelas Escrituras Sagradas, a nossa vida de oração encontrará instrução sólida, a fim de que nos harmonizemos com a “boa, perfeita e agradável vontade de Deus” Romanos 12.2b.

 Em suma: orando tendo como balizamento supremo a Palavra de Deus, obteremos a graça do discernimento espiritual, que nos capacitará o ouvir, tão somente, a voz do Bom Pastor, o único que nos “restaura a alma e nos conduz aos pastos verdejantes” Salmo 23.2,3.

Após meditar sobre este curto versículo escrito por Paulo, “orai sem cessar” (I Ts 5:17), perguntei ao Senhor se seria possível a nós, meros seres mortais, realmente, orar sem cessar.

Confesso não ter recebido uma resposta pronta ou padrão da parte de Deus. No entanto, com o passar do tempo, comecei a entender melhor o versículo.

Entendi que a oração que não cessa é aquela que me acompanha em todo tempo, no caminhar, no olhar, no sentir e no agir.

 A oração que não cessa é aquela que me dá o privilégio de levar o Reino de Deus para onde eu for.

De sentir Deus onde eu estiver sem limites de tempo ou espaço. 

Aprendi que posso usar meus curtos espaços de tempo para estar com o Pai.

Posso estar com Ele ao acordar, ao levantar, ao escovar os dentes pela manhã. Ao tomar um bom banho, posso estar com Ele.

No café da manhã, convidá-lo para estar comigo.

No carro, na bicicleta ou no ônibus, Ele pode estar comigo. No trabalho, nos e-mails, nas conversas, no almoço ou no jantar.

Na academia, na aula de música, no futebol, no surf, na faculdade, fritando um ovo, fazendo um sanduíche, posso estar com Ele.

O mais interessante é que posso ter a certeza de que, orando sem cessar, Ele sempre estará comigo.

 

 

O texto de Lucas 18.01 relata: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer”. A parábola é a do Juiz Iníquo.

Nela, Jesus ensina sobre a necessária perseverança na oração.

 

Ele sabe, muito bem, que a nossa natureza é propensa a desencorajar-se quando não tem uma imediata resposta à oração.

Muitas vezes pensamos que Deus não nos ouviu, e, então, desanimamos de orar.
Pode ser, também, que deixamos de orar porque achamos que a insistência em suplicar pode cansar Deus? 

Os israelitas, nos dias de Jesus, limitavam seus períodos de oração em três vezes ao dia (conforme Daniel 1.10), justamente para não importunar a Deus. Será que o nosso Pai afadiga-se?

O profeta Isaias afirma: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?” Isaias 40:28.  Deus é extremamente atencioso.

Está atento a cada pedido que lhe é feito. Mas, ele sabe, exatamente, qual o melhor momento para responder, e de que forma o fazer. 

Também, ele sabe qual a oração que não deve ser respondida, pois, sabe o que vai nos beneficiar ou não. 

Os motivos pelos quais oramos, muitas vezes, não estão dentro da vontade de Deus, assim, ele não responderá porque o que não é de sua vontade não será bom para nós.Deus, sempre, visa o nosso bem.

Mas, é certo que Deus, no momento adequado, se manifestará. 

Sou edificado, cada vez que leio a palavra que Deus dirigiu a Moisés na sarça ardente: “Certamente, vi a aflição de meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; por isso, desci a fim de livra-lo da mão dos egípcios e para faze-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel” Êxodo 03:07,08.

Não sabemos por quanto tempo o povo clamou por sua libertação do Egito.

Mas, certamente, não houve esmorecimento no suplicar.

No momento certo Deus trouxe-lhes a resposta.

Deus prometeu a Salomão que “Se o meu povo, que se chama por meu nome, se humilhar e orar, e me buscar, e se converter de seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” II Crônicas 07.14.

Deus põem suas condições: orar, humilhar-se, buscar e converter-se. Uma vez que as cumpramos, ele responderá. 

Alguém pode perguntar: “Se Deus é soberano e tudo realiza segundo a sua vontade, qual a necessidade de orar?”. Lembremos que, embora a vontade de Deus seja “boa, agradável e perfeita”, Romanos 12:02, ele aguarda a nossa oração, pois quer fazer-nos participantes diretos de todos os seus atos.

Daniel buscou ao Senhor “com orações e súplicas, jejum, pano de saco e cinza” Daniel 09:03, confessando e intercedendo pelo pecado do povo a fim de que cessasse a assolação que estava sobre Jerusalém.

Daniel sabia que, mais cedo ou mais tarde, a resposta de Deus viria, mas, também, sabia que Deus esperava as orações dos seus filhos.

 Precisamos ratificar o propósito de Deus, orando. 

Assim, Daniel clamou sem cessar, três vezes ao dia, perseverantemente. Cumpramos a palavra apostólica que ensina: “Perseverai na oração, vigiando com ações de graça” Colossenses 04:02. “Orai sem cessar”, II Tessalonicenses 05:17. Verdadeiramente, Deus espera a nossa oração. Amém.

 

 

 Por fim, a oração fortalece a nossa alma e nos capacita para enfrentarmos as duras e necessárias provações que Deus, em sua providência misteriosa e santa, nos destina, a fim de provar-nos e aprovar-nos na caminhada da fé.

Num dos mais belos versículos da Palavra de Deus, o apóstolo Paulo sentencia: “Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” Romanos 12.12.

Quando somos visitados por uma rigorosa professora chamada tribulação, alegramo-nos na esperança da glória de Deus, que é Jesus Cristo, e somos instados a perseverar na oração.

Oremos sem cessar, amados irmãos e cumpramos, desse modo, um explícito mandamento do Senhor.

Meu desejo é que a oração não te traga frustração ou peso, mas te leve a uma real e sincera intimidade com o Pai.

Que você possa usar seu tempo para estar com Ele, porque, certamente, melhor é estar em Sua presença do que em qualquer outro lugar.

 

 

Pr. Rogério Costa

 

 

“Quando você estiver sem vontade de orar, ore até que a vontade volte”.

 

 

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