Deus é Fiel!

 

Deuteronomio 07:09

Lembrem que o SENHOR, nosso Deus, é o único Deus. Ele é fiel e mantém a sua aliança. Ele continua a amar, por mil gerações, aqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos,

Deuteronomio 32:04

O SENHOR é a nossa rocha; ele é perfeito e justo em tudo o que faz. Ele é fiel e correto e julga com justiça e honestidade.

1 Corintios 10:13

As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela.

 

 

Deus é Fiel!

 

O título deste estudo é uma frase muito professa e difundida não só entre cristãos, como também entre todos. O mais importante nesta frase é a sua veracidade, muitas vezes deixada de lado. E não é de se admirar! Caímos no erro de nos deixar assolar por opressões quando não estamos firmes em Cristo, passando a nos sentir insatisfeitos e desmotivados perante circunstâncias atribuladoras. Embora tais circunstâncias vigorem a fidelidade de Deus continua eterna e magnânima, mas o que acontece é que, quando perdemos o foco em Cristo, desligamo-nos também de quem Ele é.  Mesmo que estejamos em meio a turbulências, Deus mantém-Se fiel, porque faz parte de Sua natureza ser assim. Muitas vezes enfrentamos desapontamentos porque insistimos em procurar a fidelidade de Deus no que não devemos. Entendamos que pessoas e coisas são passageiras e indignas de confiança. Sofremos, mas não nos damos por satisfeitos e caímos novamente na cilada de acreditar que há segurança, conforto e paz fora do Senhor. Em outros casos, programamos em nossas orações desejos impertinentes a Deus e quando tais desejos não se concretizam, perguntamos onde está a fidelidade de Deus. Devemos pedir entendimento ao Espírito Santo para compreender que não somos merecedores de experienciar nenhum dos atributos divinos do Senhor, mas este deleite nos é concedido através da graça, a qual se manifestou em Jesus Cristo, O qual trouxe salvação a todos os homens.  Não podemos dar ordens a Deus e esperar que Ele nos obedeça, afinal Ele é Deus, e nós somos simples pecadores prostrados diante de Jesus e lavados pelo Seu sangue. Quando entendemos a fidelidade do Criador a partir deste esquema de raciocínio, fica mais fácil e estimulante saber quais são os propósitos de Deus para nossas vidas, e um deles é fazer de nós seres irrepreensíveis em Sua presença, purificando nossas vidas de modo que andemos em santificação e testemunhemos da graça que nos é concedida. Deus mantém-se fiel quando enfrentamos dores espirituais ou físicas, o que devemos fazer é nos achegar a Ele, com humildade e fé, implantadas em nós pelo Espírito Santo. São irrelevantes questionamentos do tipo: ‘’Quando estou espiritualmente fraco e fisicamente abatido por males físicos, onde está a fidelidade de Deus e por que não posso vê-la?’’. Substituamos indagações vertiginosas e improdutivas pela fé e a certeza de que se buscarmos a Deus, O encontraremos, e a Sua fidelidade será expressa em nossas vidas se progredirmos na certeza de quem Ele é.  Podemos encontrar muita alegria, contentamento e paz espiritual ao sabermos que a dívida que antes tínhamos com Deus, a qual impedia-nos de nos aproximar dEle foi paga por alto e bom preço, para que pudéssemos provar e testificar de Sua bondade através de um relacionamento condensado no Messias. A grandeza do Senhor faz-se conhecida entre os Seus, isto é, entre aqueles que O amam incondicionalmente. Perante a santidade de Deus, resta-nos reconhecer quem somos e aderir ao Seu chamado. Determinados princípios cristãos são testificados por Paulo em 2 Timóteo 2:11,13, que nos diz: ‘’Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.’’  Assim, podemos concluir que independente de nossas escolhas pessoais, situações ou eventos, a fidelidade de Deus é real, completa e permanente.  Deus os abençoe!

 

 

A Fidelidade de Deus

 

 

"Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel". Deuteronômio 7:9.   A fidelidade é um dos atributos de maior conforto e doçura. A fidelidade pertence a Deus; a inconstância caracteriza o homem pecador. A fidelidade de Deus é uma verdade prática ao crente. É travesseiro para a cabeça cansada, estímulo ao coração que desfalece e apoio para os joelhos fracos. Em todas as exigências da vida, podemos contar asseguradamente com Ele. Ele nunca decepcionará a alma que confia. Sua fidelidade nunca falhará. A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Os homens nos decepcionam por falta de fidelidade ou poder. Mas podemos olhar além das ruínas causadas pela infidelidade dos homens, e avistarmos Um que é grande em fidelidade. Podemos ficar certos que "Porque fiel é o que prometeu". Hebreus 10:23.  Infidelidade é uma das características que se sobressai nestes dias maus. Quem nunca sofreu nas mãos de homens infiéis? E, onde está o homem que de uma maneira ou outra, não seja culpado deste pecado? No mundo econômico quase todas as falhas são resultado de devedores ou empregados infiéis. No setor social, a infidelidade conjugal tem se tornado um terrível mal. Os sagrados laços do matrimônio são rompidos com a facilidade de quem joga fora roupas velhas. No mundo político, as promessas antes das eleições são quebradas com a mesma facilidade com que foram feitas. Nas negociações internacionais, os acordos são considerados como simples folhas de papel. E no setor religioso, a infidelidade é tão notável quanto em qualquer outro setor. Multidões que professam crer na Bíblia ignoram grandes porções dela, pronunciando outras partes como antiquadas, e com explicações tentam desfazer o que está escrito.

 

 

ENOJADO COM A HUMANIDADE

 

 

Um repórter de um dos grandes noticiários americano, que havia testemunhado a batalha de Alcazar numa Espanha regada pela guerra e ensopada com sangue, ainda hospitalizado, falou com o chefe no outro lado do oceano e disse: "Estou enojado com a humanidade". A raça humana começou a se degradar no Jardim do Éden pela sua infidelidade ao Criador, e pelo mesmo pecado, destrói a si mesma. Aqui está uma pergunta com que podemos sondar o nosso coração: Temos sido motivo de tristeza a outros por motivo de nossa infidelidade? Será que esposa, marido, filhos, pais, vizinho, pastor, irmão, ou outra pessoa qualquer já se entristeceu por nossa infidelidade? Lembre-se que as lágrimas causadas por nosso maltratar são guardadas no odre de Deus para serem evidência no dia de julgamento. Salmo 56:8.

 

 

O DEUS FIEL

 

 

Há alguém que é grande em Sua fidelidade. A fidelidade é uma perfeição em Deus pela qual Ele é fiel à sua Palavra e a todos os Seus concertos. Ele nunca quebra um contrato consigo mesmo nem com Suas criaturas. O que Ele propôs, isto fará, e o que prometeu, isto executará. A mentira é um dos pecados que mais prevaleceu em todos os tempos. Foi o acreditar numa mentira que arruinou toda a raça humana. Adão e Eva deixaram a Palavra de Deus e seguiram o pai das mentiras. E todos os seus filhos seguiram no mesmo caminho. Os filhos de Israel, literalmente rogavam, no passado distante, aos profetas a pregarem mentiras a eles. Eles clamavam: "Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para nós enganos". Isaías 30:10. Em nossos dias, a palavra mentira se camuflou com o termo "propaganda".  Conta-se que em Sião quem fosse pego contando mentira teria a boca costurada por três dias. O Irmão R. G. Lee diz, que se esta fosse a lei aqui em nosso país, muitos homens de negócios não poderiam atender ao telefone, e que muitas senhoras andariam com lindos bordados na boca.

A inclinação de contar e acreditar numa mentira é um dos fatos mais surpreendentes na história da humanidade. Da boca de um só Homem, nunca saiu nenhuma mentira. E este foi o Deus-Homem, Jesus Cristo, a verdade encarnada. Isaías 53:9.

 

 

DEUS É FIEL A SI MESMO

 

 

A respeito de Deus lemos que "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo". 2 Timóteo 2:13. Isto significa que Ele efetuará tudo o que propôs. Romanos 8:28 diz que tudo opera para o bem dos que amam a Deus e são chamados segundo seu propósito. Lá na eternidade anterior, havia um povo que dantes conheceu e predestinou a quem Deus propôs chamar e justificar e glorificar. Esta era uma proposta secreta, conhecida somente por Deus. Não havia promessa dada ao homem, pois este nem sequer existia ainda. Portanto, se Deus não chamasse, justificasse e glorificasse os dantes conhecidos e predestinados, Ele não seria fiel nem verdadeiro a Si mesmo. Seria como o homem que se propôs a fazer uma coisa, e depois falhou por inconsistência ou por incapacidade. Deus é fiel ao Seu próprio propósito, e tem amplo poder para a execução de Seus planos. "E segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes"? Daniel 4:35.

 

 

DEUS É FIEL A SEU FILHO

 

 

Existem certas promessas feitas a Cristo, que é simbolizado por Davi espiritualmente, com a condição de que executasse Seus deveres como Mediador do novo concerto. E Deus jurara não mentir a Davi, isto é a Cristo, o Davi espiritual. Ele veria Sua semente e o labor de Sua alma e ficaria satisfeito. Em relação ao concerto da graça, do qual as três pessoas da Trindade fizeram parte, não podemos fazer melhor que citar B. H. Carroll: "Antes de haver o mundo, um concerto de graça e misericórdia foi feito pelo Pai, Filho e Espírito Santo, cujas evidências são plenas no N. T., e a parte a ser executada por cada um são claramente definidas, a saber: A graça do Pai em concordar que seu o Filho viesse, suas obrigações para com o concerto de dar uma semente ao Filho, Sua presciência desta semente, Sua predestinação da semente, e a justificação e adoção destes em bom tempo. O concerto do Filho inclui a obrigação de assumir a natureza humana em Sua encarnação, voluntariamente renunciando à glória que tinha com o Pai antes do mundo? para tornar-Se obediente até a morte e morte de cruz. A consideração como esperança à Sua frente, induzindo-O a suportar a desgraça da cruz, e o galardão dado pela obediência, foi Sua ressurreição, Sua glorificação, Sua exaltação ao trono real de sacerdote e Seu investimento com direito a julgar. E as obrigações do Espírito Santo eram de aplicar Sua obra de redenção em chamar, convencer, regenerar, santificar e levantar dos mortos a semente prometida ao Filho. Tudo isto mostra que o plano de salvação não foi um pensamento secundário; que as raízes dele na eleição e predestinação estão tanto na eternidade quanto da existência do mundo, e os frutos dele estão na eternidade após o julgamento. O crente deve considerar esta corrente, testar cada elo, sacudi-la e ouvir seu som, ligado de eternidade à eternidade. Cada um que Deus escolheu é atraído pelo Espírito a Cristo. Cada um predestinado é chamado pelo Espírito em tempo, justificado em tempo e será glorificado quando o Senhor vier".

 

 

A MORTE DE CRISTO NÃO FOI UMA EXPERIÊNCIA

 

 

A morte de Cristo não foi uma experiência, incerta nos resultados. A obra do Espírito Santo não é mera tentativa para ver o quanto Ele pode efetuar. Jamais poderíamos aprovar a doutrina dum Pai infiel, um Espírito Santo derrotado e um Filho decepcionado. Cremos num Deus fiel, num Espírito Santo invencível e num Cristo vitorioso. Spurgeon diz: "Creio firmemente que toda alma pela qual Cristo verteu Seu sangue como substituto, Ele reivindicará como Sua, e terá como Sua por direito. Amo esta verdade e deleito-me em proclamá-la. Nem todos os poderes da terra ou inferno, nem a obstinação da vontade humana, nem a profunda depravação da mente humana, podem impedir Cristo de ver o labor de Sua alma e de ficar satisfeito. João 6:13-40.

Mas, melhor ainda são as palavras proferidas pelos lábios da Verdade em carne... ouçam-na: "Todo que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia". João 6:37,40.

 

 

A BASE DE NOSSA SEGURANÇA

 

 

A base da nossa segurança é a fidelidade de Deus a seu Filho. "Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor". 1 Coríntios 1:9. De acordo com o concerto, Jesus Cristo teria companheiros. Pelo chamado de Deus (o chamado eficaz do Espírito pela Palavra) fomos primeiramente admitidos na comunhão com Cristo, e o objetivo final é nossa presença com Ele na glória. E isto é garantido pela fidelidade de Deus, que nos confirmará no fim (1 Coríntios 1:8), pois os chamados serão justificados e glorificados. Os que Ele chamou e justificou estão seguros enquanto Deus for fiel à Sua Palavra para com o Filho. Livrar-se da correção depende da boa conduta do crente, mas a certeza da glória se baseia na fidelidade de Deus para com Seu Filho.  "Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nos meus juízos, se profanarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei com vara, e a sua iniqüidade com açoites. Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei a minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim". Salmo 89:30-36.   Que firme fundamento para nossa fé! Nossa segurança não jaz em nossa fidelidade a Deus, mas na fidelidade de Deus ao Seu Filho. ALELUIA!

 

 

DEUS É FIEL A SEUS SANTOS

 

 

Deus fez promessas aos crentes pobres, fracos e entristecidos que creram no Senhor Jesus Cristo e Ele, fielmente, cumprirá cada promessa que fez. "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento". Romanos 11:29. Isto significa que Deus é fiel às Suas promessas do concerto, e não falhará na glorificação dos que chamou. Todas as promessas de Deus em Cristo são "sim" (certas) para que cada crente possa dizer "amém" à glória de Deus. 2 Coríntios 1:20.

 

 

PRESERVAÇÃO

 

 

Deus é fiel na preservação de Seu povo. "Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos, eles são preservados para sempre". Salmo 37:28. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que, mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai". João 10:27-29. Aquele que é preservado não tem o poder para guardar-se a si mesmo. Os santos são fracos, mas são guardados pelo poder de Deus. 1 Pedro 1:5. A promessa de Deus ao crente é a vida eterna. E isto não significa existência eterna, mas favor ou justificação eterno para que ele nunca mais fique debaixo da condenação. João 5:24.

"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará". 1 Tessalonicenses 5:23-24. Aqui jaz a completa santificação e livramento do pecado e isto pela dependência do crente na fidelidade de Deus. Os chamados não são apenas justificados, mas também glorificados, pois Deus é fiel. Deus nunca chamaria os pecadores com o chamado eficaz de vida eterna para depois deixá-los pelo meio do caminho que leva à glória. A obra de Deus para com Seus santos é perfeita. Aqueles que fugiram da tempestade da ira divina, têm a Palavra de Deus, e Seu juramento como base de esperança, estas duas coisas sendo imutáveis, nas quais Deus não pode mentir.

 

 

DISCIPLINA

 

 

Deus é fiel ao disciplinar Seus filhos. "Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste". Salmo 119:75. Aqui Davi submete-se à disciplina de Deus e a aceita como justa e boa. Na teologia de Davi não havia lugar para sorte nem chance. Ele cria que tudo o que acontecia, era ordenado por Deus. Suas aflições foram grandes, mas ele via a mão de Deus em todas elas, e acreditava serem para o seu próprio bem. Ele ainda acrescenta que Deus era fiel em mandá-las. Deus estava operando para o bem de Davi, e sabia o que ele necessitava. Deus é tão fiel aos Seus em discipliná-los quanto em preservá-las. Deus não é um Eli indulgente e infiel. Ele não permitirá que Seus filhos pequem sem serem disciplinados. "O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga". Provérbios 13:24.  Devemos louvar a Deus por Sua fidelidade em nos açoitar, a fim de levar-nos de volta a Si mesmo e às veredas da obediência. Os santos têm certas tendências das ovelhas e são propensos a se desviarem. Deus é o fiel pastor que sabe usar a vara para levar-nos de volta ao rebanho. Ouça a Davi, novamente: "Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra". Salmo 119:67. E a doutrina permanece a mesma, seja no Velho ou no Novo Testamento. Em Hebreus 12:11, lemos: "E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela". Temos esta gloriosa verdade escrita por um dos puritanos, Thomas Washburn (1606-1687):  À medida que o santo cresce na sabedoria da verdade quanto a Deus e ao homem, ele repudiará a si mesmo e admirará mais e mais a Deus. Quando a verdade a respeito de Deus e do indivíduo se interiorizarem, então faremos o que é justo, amaremos misericórdia, e andaremos em humildade diante de Deus. Miquéias 6:8.  Ó, quanto nós, Seus filhos comprados com sangue, devemos ser fiéis Àquele que jamais faltará em fidelidade para conosco! Isto é o que Ele requer de nós como mordomos de Seus bens. Pouco importará quando morrermos, se tivemos riquezas e honras neste mundo, mas importará grandemente se fomos fiéis ao nosso Redentor. Que a fidelidade de Deus produza em nós, fontes donde corram águas de fidelidade em Seu serviço glorioso.

 

 

Por que Deus é bom?

 

 

Se o homem for infiel, Deus permanece fiel. Se o homem não o invocar, não será perdoado, porém, Deus permanece bom. Deus não pode negar-se a si mesmo, Ele é imutável. Como pode ser isto? Deus permanece ‘bom’ mesmo quando castiga os transgressores? Sim! A bíblia é categórica: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” ( Tg 1:17 ); “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” ( Ml 3:6 ). “LOUVAI ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre” ( Sl 136:1 ).

Introdução

Deus é bom! Este é o posicionamento das Escrituras.  Além do predicativo ‘bom’, Deus é descrito como aquele que é detentor do perdão e pleno de bondade para com todos os que O invocam “Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam” ( Sl 86:5 ).  E quanto aos que não invocam a Deus? Deus é bom? Sim, Deus é bom! A Bíblia demonstra que se o homem for infiel, Ele permanece fiel, portanto, Deus é bom, mesmo quando o homem não O invoca “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” ( 2Tm 2:13 ).  Se o homem for infiel, Deus permanece fiel. Se o homem não o invocar, não será perdoado, porém, Deus permanece bom. Deus não pode negar-se a si mesmo, Ele é imutável. Como pode ser isto? Deus permanece ‘bom’ mesmo quando castiga os transgressores? Sim! A bíblia é categórica: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” ( Tg 1:17 ); “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” ( Ml 3:6 ).  Deus permanecerá ‘bom’ mesmo quando derramar o seu furor sobre os impenitentes? Como é possível haver tanto sofrimento na humanidade e Deus permanecer bom? É possível conciliar Deus ‘onipotente’ e ‘bom’ com o problema apresentado pela filosofia acerca da existência do mal?  Há quem considere estas questões como um problema teológico de grande magnitude, porém, o problema não está em Deus, e sim, quanto à compreensão de muitos que tentaram amalgamar filosofia com teologia.

 

 

Deus é bom

 

 

Deus é Deus, ou seja, onipotente, onisciente e onipresente. Também somos informados pela Bíblia que Deus é Senhor, Soberano, Pai, Rei, etc.  Mas, o que entender por ‘bom’ quando lemos: ‘Deus é bom’?   A primeira reação do leitor interessado em saber o significado verdadeiro do termo é buscar um dicionário e fazer a seguinte leitura: “bom – adj. – 1. Que é como deve ser ou como convém que seja; 2. Que tem bondade; 3. Hábil, destro; 4. Trabalhador; 5. Favorável; 6. Lucrativo; 7. Espirituoso, engraçado; 8. Cumpridor dos seus deveres; 9. Seguro, sólido; 10. Regular, normal; 11. Adequado. – s. m. – 12. Homem bom”

Quais destes predicativos aplicam-se a Deus quando lemos ‘Deus é bom’? Os adjetivos elencados acima são todos pertinentes à visão de mundo do homem do nosso tempo, a visão do homem moderno. Para o homem moderno ‘bom’ refere-se a uma virtude pessoal, disposição permanente de uma pessoa em não fazer maldade, benevolente.  Mas, era esta a visão de mundo do salmista Davi quando afirmou: “Deus é bom”?  Embora o reinado de Davi seja classificado como teocrático, à sua época as sociedades se estruturavam e cultivavam uma cultura com princípio aristocrático, pois havia uma enorme distancia entre o rei e seus súditos. Nas relações sociais, havia uma distância enorme entre senhor e servo, fenômeno próprio às sociedades aristocráticas.

Em termos gerais, aristocracia (do grego αριστοκρατία, de άριστος (aristos), melhores; e κράτος (kratos), poder, Estado), lesse ‘poder dos melhores’, ou seja, diz de uma forma de governo em que um grupo elitista controla o poder político, sendo as cidades-estados dos Espartanos exemplo de estado governado por uma aristocracia.  Tal designação “poder dos melhores” nos faz recordar que, na antiguidade, os aristocratas eram designados ‘melhores’, ‘bons’, ‘senhores’, ‘distintos’, ‘escolhidos’.

A condição de senhorio era perfeita do ponto de vista funcional, ou seja, ausente a nuance moral que a nossa sociedade está acostumada e louva, de modo que a condição senhor guardava relação intrínseca à ideia de bom.

Friedrich Nietzche em sua obra ‘A genealogia da moral’, fez a seguinte observação: “… que significam exatamente, do ponto de vista etimológico, as designações para ‘bom’ cunhadas pelas diversas línguas? Descobri então que todas elas remetem à mesma transformação conceitual – que, em toda parte, ‘nobre’, ‘aristocrático’, no sentido social, é o conceito básico a partir do qual necessariamente se desenvolveu ‘bom’, no sentido de ‘espiritualmente nobre’, ‘aristocrático’, de ‘espiritualmente bem-nascido’, ‘espiritualmente privilegiado’.   Traduzir o termo grego agathos por ‘bom’ em virtude da transformação do significado ao longo dos séculos transtorna a ideia que a bíblia apresenta, pois a palavra grega ‘agathos’, em virtude do contexto bíblico onde está inserida, deveria ser traduzida por ‘nobre’, pois a raiz etimológica da palavra ‘agathos significa ‘alguém que é, que tem realidade, que é real, verdadeiro’. Com relação ao termo, Nietzche assevera que, mesmo com relação a uma mudança subjetiva, o termo significa ‘o verdadeiro enquanto veraz’. O termo era empregado para levar adiante o lema da nobreza, de modo a distinguir o nobre do homem comum, mentiroso.   Qual o sentido de ‘verdadeiro’, quando se lê: “De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado” ( Rm 3:4 ). Ou, qual o sentido de ‘mentiroso’? Neste verso, o significado de ‘verdadeiro’ e ‘mentiroso’ possui conotação moral? Refere-se ao caráter do indivíduo? Observe: “E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados” ( Mt 22:10 ).  Como interpretar a parábola? Os maus e os bons que os escravos trouxeram a mando do seu senhor possui conotação moral? Não! No texto, maus e bons tem o sentido de ‘vis’ e ‘nobres’, ‘pequenos’ e ‘grandes’, pois o Senhor da parábola não faz acepção de pessoas.   “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” ( Mt 5:45 ).   No sermão da montanha, qual o sentido de maus e bons? Ora, sabemos que Deus não faz acepção de pessoas, e que o sol nasce sobre nobres e comuns, justos e injustos, portanto, o sentido das palavras ‘maus’ e ‘bons’ não podem ser interpretadas em sua acepção moral.  “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso” ( Mt 6:22 -23).   Os olhos podem ser moralmente maus ou bons? Ou o sentido de ‘mau’ e ‘bom’ refere-se à ideia de simples, comum, contrastando com a ideia de bom, são, nobre? O comentarista Barclay recomenda traduzir ‘bom’ por generoso, porém, não é a tradução correta, pois a ideia de generoso refere-se à liberalidade dos nobres em fazerem o que quisessem com o que lhes pertencia “Para obter um texto mais fiel ao original devemos traduzir aqui generoso em lugar de bom ou simples.  Daí, a seguinte passagem:  “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?” ( Mt 20:15 ).  Diante da liberalidade que era próprio aos ‘bons’ fazerem o quem bem entendessem com o que lhes pertencia, o nobre em questão repreende os trabalhadores que censuraram o seu ato. Segundo a visão do homem do nosso tempo, a conduta do empregador é um despautério, pois ele iguala os trabalhadores ao conceder o mesmo salário a todos sem considerar o tempo de trabalho de cada um, porém, segundo a visão do homem à época de Cristo, o despautério surge quando o homem comum contesta a liberalidade do nobre “Por três coisas se alvoroça a terra; e por quatro que não pode suportar: Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando vive na fartura; Pela mulher odiosa, quando é casada; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora” ( Pv 30:21 -23).   Quando se faz análise dos textos bíblicos, não se deve limitar a fazer uso somente do significado que os termos possuem em nossos dias, fruto da concepção que a nossa sociedade imprimiu a certos termos.  Além disso, quando lemos certos termos nas Escrituras, devemos compreendê-los com os olhos da sociedade à época, e fugir da visão de mundo trabalhada pelos princípios filosóficos da época, pois a matéria que os filósofos da época especulavam não era afeta, nem mesmo ao homem daquela sociedade, antes era matéria de ordem ontológica, portanto, distante da concepção sociocultural dos escritores da bíblia.   Enquanto a sociedade definia as coisas de modo funcional, filósofos como Platão, passaram a formular questões acerca da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas, e o conhecimento que estavam produzindo à época, possuía uma carga moral e ética, o que ainda não era vivenciada pela sociedade.   Jaeger assevera que os termos ‘arete’ e ‘bom’, na Grécia antiga, não tinham conotação de virtude moral, daí a pergunta: quando estes termos passaram a ser utilizados com conotação moral? Quando filósofos como Sócrates e Platão, através da especulação do conhecimento e da ciência, concederam à filosofia um fim moral pelo fato de ser uma ciência que especula aspectos e problemas de ordem ontológica.   Enquanto em Sócrates a especulação limitava-se às questões ontológicas e moral, Platão enveredou-se pela estrada da metafísica e da cosmologia. Em Platão floresceu uma filosofia humanista, religiosa e moralista. Tem-se nas obras de Platão muito do que é anunciado pelos espíritas e pelos católicos, como a ideia da reencarnação e do purgatório.   O ‘bom’ que designava os nobres, passou a designar o bem, o mundo ideal, o mundo das ideias. A matéria de Platão trouxe uma revolução de conceitos, porém, o povo de sua época e as gerações seguintes, não mudou de imediato a sua práxis. Quando Jesus veio, tal concepção filosófica ainda não fazia parte do povo, principalmente daqueles que se utilizavam do grego Koine.  O maior problema surgiu com a filosofia elaborada pelos primeiros padres, a Patrítica. Quando criaram liturgias, disciplinas, costumes, etc., amalgamando conceitos platônicos e socráticos à doutrina dita cristã. Já no primeiro século, vê-se na Didaquê forte tendência moralista e dogmática, influencia clara dos costumes ascéticos.  Enquanto Jesus ensinou ser Ele mesmo o caminho que conduz o homem a Deus, a cristandade viu na filosofia platônica a necessidade de refrearem os prazeres mundanos, propondo a pratica de um estilo de vida austero, perseguindo praticas tidas por virtuosas, afim de adquirir uma espiritualidade maior. Dai, que muitos padres aderiram ao ideal ascestico, acreditando que a purificação do corpo ajudaria na purificação da alma.   Daí por diante, todas as vezes que se faz referência a Deus como ‘bom’, o texto é impregnado com a ideia de perfeição moral, desprezando o fato de que Ele é Senhor. É neste ponto que, diversas questões surgem: se Deus é bom, por que existe o mal?   Tais questões tem o objetivo de cegar o homem para que não veja a verdade. Assim como a pergunta de Satanás no Éden enfatizou uma proibição exarcebada em detrimento da liberdade concedida ( Gn 3:1 ), a pergunta: ‘se Deus é bom, por que existe o mal?’, faz surgir paradoxos, que na realidade, não passam de pretensas contadições fruto de uma má leitura da bíblia e do seu contexto histórico.  O objetivo deste artigo é demonstrar que Deus é bom, independente do fato de ter polpado os homens de Ninive ou feito sucumbir Sodoma e Gomora com milhares de crianças inocentes ( Gn 19:25 ; Jn 4:11 ). Tais eventos não descaracterizam e nem caracterizam o Deus da bíblia como ‘bom’ ou ‘mal’.

 

Ninguém há bom, senão um, que é Deus.

 

 

“Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus” ( Lc 18:19 ).   Quando Jesus afirma categoricamente: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus”, estava focado em apresentar uma resposta ontológica ao problema do mal? A asserção “Ninguém, há bom, senão um, que é Deus” refere-se a alguma questão de ordem filosófica?

Digo que não! Jesus não estava tratando de questões filosóficas como a natureza do ser, a realidade, a existência dos entes e nem de questões metafísicas.   Porém, quando dizemos: “Deus é bom!”, a primeira questão levantada pelos acadêmicos é: ‘Se Deus é ‘onipotente’ e ‘bom’, por que permite a existência do mal e do sofrimento?’, e colocam tal questão em um pedestal como sendo a pergunta mais difícil da história da teologia cristã.   É aceitável que um não cristão apresente um paradoxo, como é o caso do paradoxo de Epicuro. Por que aceitável? Porque quem formulou o paradoxo desconhece a natureza de Deus!  Epicuro afirmou que Deus e o mal não podem coexistir caso Deus seja onisciente, onipotente e benevolente, porém, Deus mesmo afirma que é conhecedor do bem e do mal “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal” ( Gn 3:22 ).   Deus é Senhor, nobre, ou seja, bom e, conhecedor do bem e do mal, pois Ele como Senhor recompensará todos os homens e, dará o bem a uns e o mal a outros, tudo em função do que procuraram “O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego; Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” ( Rm 2:6 -11).   Deus é Senhor, Deus é bom e, ao mesmo tempo, Ele é benigno e severo “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado” ( Rm 11:22 ), ou seja, é Deus que instituiu o castigo para os transgressores, de modo que se diz: “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas” ( Is 45:7 ).   Em que sentido Deus cria o mal? No sentido de retribuição, justiça, de modo que, retribui com benignidade os puros e com rigidez os perversos “E me retribuiu o SENHOR conforme a minha justiça, conforme a minha pureza diante dos seus olhos. Com o benigno, te mostras benigno; com o homem íntegro te mostras perfeito. Com o puro te mostras puro; mas com o perverso te mostras rígido” ( 2Sm 22:25 -27); “Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero” ( Sl 18:25 ).   Este era o posicionamento de um senhor: “Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros” ( Mt 25:26 -27). Para com os servos bons, benevolência, para os maus, as trevas exteriores.   Este é o posicionamento de Cristo: “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas (…) E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” ( Mt 31-32 e 46).   Quando Jesus convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” ( Mt 11:28 -30), o leitor com a visão ampliada verá Cristo como ‘bom’, ‘senhor’, ‘nobre’ e, ao mesmo tempo, benevolente, pois aos que se sujeitam a Ele lhes é dado uma fardo leve.

No alerta: “Eu crio o mal”, temos referencia ao fato de Deus ter suscitado algumas nações visinhas como vara de correção, de modo a dar a entender ao povo de Israel a necessidade de se converterem ( Is 1:5 ), porém, a despeito do castigo aplicado ao povo de Israel, Deus é justo, e conforme alertou, aplicou o castigo antes da ira.   Em outra instância, além da salvação e da perdição, Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras.   Quando Deus criou o homem deu-lhe o poder de decisão. Como os dons de Deus são irrevogáveis, mesmo após o pecado, o homem continuou de posse da sua liberdade de decidir, pois o domínio sobre a terra foi dado aos homens. Ora, quando Deus se fez homem e retornou vitorioso aos céus, conclamou: é me dado todo poder, nos céus e na terra!   Como os homens são livres e exercem domínio sobre a terra, podem fazer o quem bem entenderem. Há outro ponto, como o homem tornou-se como Deus, sabedor do bem e do mal, também tem a capacidade de analisar as ações dos seus semelhantes e comunicar o bem e o mal.   O problema do mal surge quando o homem deixa de lado o senso de justiça, e passa a praticar o mal por prazer. A ideia de retribuição é posta de lado, e o indivíduo por ser entenebrecido no entendimento se lança na pratica de maldades. Embora conheça as ações de tais indivíduos, Deus não intervém, pois todos os homens quando introduzidos no mundo estão sob condenação e como Deus, conhecedores do bem e do mal.   Ora, o bem e o mal foram apresentados no Éden através de um fruto, de modo que o bem e o mal são inseparáveis. O bem e o mal são composições que dá sabor ao fruto. São faces de uma mesma moeda.   Como compreender tal realidade? Quando um pai educa um filho e o corrige, a correção em certo aspecto tem aparência de mal, porém, o pai busca o bem. Já alguém que dá esmola parece estar fazendo o bem, porém, tal ato perpetua a miserabilidade de quem vive de esmolas, o que na realidade é um mal. Tais exemplos mostram que o bem e o mal são inseparáveis.   Segundo a bíblia, a justiça de Deus não tarda e nem falha, pois a justiça de Deus foi exercida na primeira transgressão e, de modo que todos os homens foram condenados, independente de suas ações. Porém, com relação às ações cotidianas, Deus há de pedir conta a cada homem, quer sejam justos ou injustos, e com relação a isto não haverá acepção de pessoas. Para os justos tal conta será acertada no Tribunal de Cristo, e para com os injustos, no Grande Trono Branco.

O apóstolo Paulo alertou os cristãos a que não se deixassem prender por questões de ordem filosóficas, porém, o que mais encontramos na teologia, seja contemporânea ou clássica, são questões segundo os rudimentos do mundo “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” ( Cl 2:8 ).  O que se percebe é que há muitos teólogos que são defensores de Deus, mas desconhecem a sua palavra. E pior, enquanto as armas do cristão deve restringir-se a palavra de Deus, porque ela é poderosa para destruir fortalezas, tais estudiosos estão de posse das armas ofertadas pelo mundo “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas” ( 2Co 10:4 ; 2Co 6:7 ; Rm 13:12 ).  Com a visão turvada em função de impressões modernas, alguns tradutores foram compelidos a utilizar o termo ‘bom’ em lugar de ‘nobre’. Trocar ‘nobre’ por ‘bom’ transtornou a ideia do texto. Desprezar a raiz etimológica do termo ‘agathos’, que significa ‘alguém que é, que tem realidade, que é real, verdadeiro’, trouxe prejuízo a compreensão do texto.  Quando dizemos que Deus é Nobre, Senhor, Bom, estamos expressando o senhorio de Deus e a nossa submissão a Ele. Deus é o Eu sou, aquele que é, que tem realidade, que é real, verdadeiro, conceito superior ao que encontramos em nossos dicionários. Através deste conceito próprio ao termo ‘agathos’, a concepção, a ideia, proveniente da frase ‘Deus é bom’ transmuta-se e transmite um significado singular.  Quando consideramos que Deus é bom, nobre, distinto, Senhor, Pai, não há contradição alguma entre severidade e bondade “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado” ( Rm 11:22 ).  Deus é severo e benigno em razão de ser nobre, superior, ou seja, bom, o que exclui qualquer tipo de paradoxo entre Deus ser bom e haver sofrimento no mundo.  Se os teólogos ao longo dos séculos vêm ignorando a raiz etimológica do termo ‘agathos’, resta-nos a seguinte pergunta: o que fizeram com o termo ‘agape’, palavra grega traduzida por amor?

 

 

A "vontade de Deus" "muda" de acordo com a vontade de cada pessoa

 

 

Pessoas religiosas costumam dizer que seguem a vontade de Deus. A questão relevante então é descobrir como elas descobrem o que Deus quer, já que só uma minoria alega receber ordens diretas do Criador.   É justamente sobre esse intrigante ponto que as pesquisas de Nicholas Epley, da Universidade de Chicago, lançam luzes.   Epley e seus colaboradores entrevistaram centenas de pessoas e as inquiriram sobre temas moralmente carregados, como aborto, ação afirmativa, casamento gay, pena de morte e legalização da maconha. Também perguntaram como elas achavam que Deus via essas questões. A título de controle, pediram que os entrevistados dissessem quais seriam as respostas do americano médio, George W. Bush e Bill Gates sobre esses temas.

Houve grande coincidência entre as opiniões do indivíduo e aquelas que ele atribui a Deus. Por exemplo, se o sujeito é a favor da pena de morte, tende a dizer que o Criador também a defende -e vice-versa. Até aí não há muita surpresa. Vários estudos psicológicos já haviam demonstrado que nossas próprias convicções influem bastante sobre aquilo que imaginamos que outras pessoas pensam.  Os trabalhos de Epley começam a chamar mais a atenção quando induz os participantes a modificar seu juízo, convidando-os a ler diante de uma câmara discursos contrários a seu ponto de vista inicial. Aí, como previsto pela psicologia experimental, o sujeito tende a reformular suas ideias. O curioso foi constatar que, nessas situações, a “opinião de Deus” também mudou, mas as atribuídas a Bush e Gates não.   Epley também submeteu algumas de suas cobaias a estudos de neuroimagem, para constatar que, quando pensavam sobre o que Deus diria, ativavam os mesmos circuitos usados no pensamento autorreferencial.

 

O soldado Romano se converte diante da Cruz.

 

 

“Pois bem, irmãos, ficai sabendo: por meio dele vos é anunciado o perdão dos pecados. De tudo em que vós não pudestes ser justificados pela Lei de Moisés, todo aquele que crê é justificado em Cristo”.  (38-39).  A pregação de Paulo e Barnabé, narrando desde Abraão, o rei Saul e Davi, passando pelos juízes e profetas, até chegar o tempo de João Batista que preparou os caminhos do Senhor, mostra-nos a fidelidade da Palavra, tudo o que havia de acontecer e por tudoo que o povo de Deus haveria de passar até a chegada de Jesus.   Tudo isso, a percepção da realidade da história e seus acontecimentos, o testemunho de Paulo e Barnabé, não foram suficientes para a conversão do povo judeu que procuravam armar ciladas e proferiam blasfêmias contra os apóstolos. Diante disto Paulo decide levar a Palavra aos não judeus. Estes não só se alegraram, como glorificavam a Palavra do Senhor.

Não sejamos incrédulos diante da Palavra. Ela tem o poder de nos comunicar a verdade, gera em nós a fé no Cristo que justifica (perdoa) nossos pecados. Em Jesus uma nova Lei, que exige uma nova postura: não mais pela Lei, mas de agora em diante o amor, primeiramente a Deus e aos irmãos como a nós mesmos.

 

 

Deus nao muda seus atributos

 

 

Ele não muda em Seus atributos. Qual­quer um dos atributos de Deus era no passado, como é agora; e de cada um deles podemos cantar: "Como eras no início, és agora, e sempre serás, mundo sem fim, Amém". Acaso Ele era poderoso? Ele era o Deus poderoso quando chamou o mundo para fora do útero da não existência? Era Ele o Onipotente quando empilhou as montanhas e cavou a terra oca para formar os leitos dos rios? Sim, Ele era então poderoso e o braço dEle é agora único, Ele é o mesmo gigante em Seu poder; a seiva da nutrição dEle é interminável e a força da Sua personali­dade é a mesma para sempre.Porventura Ele era sábio quando constituiu este globo poderoso, quando estabeleceu as fundações do universo? Tinha Ele sabedoria quando planejou os meios da nossa salvação e quando desde toda eternidade estabeleceu Seu grandioso plano? Sim, Ele é sábio agora; não é menos hábil, Ele não tem menos conhecimento; os olhos dEle que vêem todas as coisas não estão embaçados; Seus ouvidos ouvem todos os gritos, suspiros, choros e gemidos do Seu povo, não estão tapados para suas orações. Ele é o mesmo em Sua sabedoria, Ele sabe agora tanto quanto antes, nem mais nem menos; Ele tem a mesma capacidade ilimitada e a mesma presciência infinita. Ele permanece inalterado, bendito seja o nome dEle na Sua justiça. Justo e santo Ele era no passado; justo e santo Ele é agora. Ele está inalterado na Sua verdade; Ele promete e Ele realiza; Ele disse isso e isso será feito. Ele não varia na bondade, generosidade e benevo­lência da Sua natureza.Ele não Se tornou num tirano todo-poderoso, ao passo que era uma vez um Pai todo-poderoso; mas Seu forte amor permanece como uma rocha, impassível pelos furacões da nossa iniqüidade. E bendito seja o Seu precioso nome, Ele nunca mudou no Seu amor. No princípio, quando Ele firmou a alian­ça, quão cheio estava Seu coração de afeto pelo Seu povo. Ele sabia que o Seu Filho teria que morrer para ratificar os artigos daquele acordo. Ele sabia muito bem que tinha de dar o Seu melhor pelos amados de Suas entranhas e o enviou à terra para derramar Seu sangue e mor­rer. Ele não vacilou em ratificar aquela poderosa aliança, nem evitou seu cumprimento.Ele ama hoje tanto quanto no passado e quando o sol deixar de brilhar e a lua de mostrar sua tênue luz, Ele ainda amará e para sempre e sempre. Tome qualquer atributo de Deus e eu escreverei a respeito dele sempre idem (sempre o mesmo). Diga qualquer coisa que puder de Deus e isso pode ser dito num passado escuro como também num futuro luminoso e sempre permanecerá o mesmo: "Eu sou Jeová, eu não mudo".

 

 

Deus é imutável

 


 

"Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos" Ml 3:6.   Oferecerei uma exposição desse texto, dizendo primeiro, que Deus é Jeová e Ele não muda em Sua essência. Não somos capazes de lhes dizer o que a Deidade é. Não sabemos qual é a substância dAquele que chamamos Deus. É uma existência, é um ser; mas o que Ele é, nós não sabemos. Entretanto, seja o que for, chamamos isso de Sua essência e essa essência nunca muda.  A substância das coisas mortais sempre muda. As montanhas com seus topos brancos de neve perdem seus velhos diademas no verão em rios que correm ao pé delas, enquanto nuvens de tempestade os coroam; o oceano, com suas poderosas marés, perde sua água quando os raios de sol beijam as ondas e as arrebata em evaporação para o céu; até mesmo o sol necessita de combustível novo da mão do infinito Todo-poderoso para encher o seu eterno forno ardente. Todas as criaturas mudam. O homem, especialmente em seu corpo, está sempre sofrendo revolução. Muito provavelmente, não existe uma única partícula em meu corpo que esteve nele alguns anos atrás. Este corpo tem sido gasto pela atividade, seus átomos têm sido removidos através de fricção, partículas novas de matéria têm, nesse ínterim, constantemente se acumulado em meu corpo, e assim tem sido reabastecido; mas sua substância é alterada. O material do qual este mundo é feito está em decadência; como um fluxo de água, as gotas estão caindo e outras vindo atrás, ainda que mantendo o rio cheio, porém sempre mudando os seus elementos.  Contudo, Deus é perpetuamente o mesmo. Ele não é composto de qualquer substância ou matéria, mas é espírito - puro, essencial e etéreo espírito - e por isso é imutável. Ele permanece para sempre o mesmo. Não há nenhuma ruga em Sua eterna testa. Nenhuma época O paralisou; nenhum ano O marcou com recordações passageiras; Ele vê as eras passarem, mas com Ele está sempre o agora. Ele é o grande Eu sou - o Grande Imutável.   Lembre-se, a essência dEle não sofreu nenhuma mudança quando se tornou unido com a natureza humana. Quando Cristo outrora cingiu-Se com barro mortal, a essência da deidade dEle não foi mudada; a carne não se tornou Deus, nem Deus Se tornou carne por uma mudança real de natureza; as duas naturezas estavam unidas numa união hipostática, entretanto a Deidade ainda era a mesma. Era a mesma quando Ele era um bebê na manjedoura, como quando Ele estendeu as cortinas do céu; era o mesmo Deus que foi pregado na cruz e cujo sangue fluiu abaixo num rio escarlate, o mesmo Deus que sustenta o mundo com Seus eternos ombros e mantém em Suas mãos as chaves da morte e do inferno. Ele nunca mudou na Sua essência, nem mesmo pela Sua encarnação; Ele permanece sempiterno, eternamente, o único Deus imutável, o Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação (Tg 1:18).


 

Deus é Governador

Deus governa o universo pela regência direta de seu Filho

 

 

Nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 28. 18 cf  Cl 2. 15-17 ), a quem todo poder foi conferido nos céus e na terra.   Cremos que o Criador, na unidade trina, governa a obra criada de maneira direta e eficiente, cuidando das mínimas e das máximas  coisas com divino zelo; conservando a ordem vital e mantendo todas as leis naturais e cósmicas sem degeneração e sem conflitos. Excepcionalmente pode intervir nos códigos e nos sistemas dos vários conjuntos universais, suprimindo funções ou alterando conseqüências tanto na ordem física como na biológica. Ele, o Criador onipotente, segundo a sua soberana vontade e inescrutáveis propósitos, pode operar normalmente tais alterações que nós, na humildade de nossos conhecimentos, chamamos "milagres". Quem criou, estabeleceu e ordenou as leis das ordens natural e cósmica, tem poder para alterá-las, suspendê-las, mesmo que seja temporariamente, ou suprimi-las, mudando o curso normal das coisas. Quando isto acontece, alistamos o fenômeno no rol do “desconhecido” ou “inusitado”.

 

 


 
O mundo, cremos, não está  à  deriva no espaço sideral.




Nem experimenta o início de um estado caótico, pois a mão do Criador repousa sobre ele; o Rei do universo governa-o direta e eficazmente. Nada acontece à revelia de nosso Deus, mesmo as catástrofes naturais, embora sejam inexplicáveis à luz de nossa lógica empírica, de nossa limitadíssima razão, ou mesmo de nossa fé, quando encaramos a misericórdia de Deus sem o contraditório do pecado e sem o confronto com sua retíssima justiça. 
Nosso planeta, criado para ser o paraíso do homem, experimenta conturbações meteorológicas e geológicas imprevisíveis, reagindo à depredação irracional do sistema ecológico e à intoxicação atmosférica por gases poluentes dos motores, das siderúrgicas e das indústrias petroquímicas; opondo-se também à radioatividade das bombas atômicas, da usinas nucleares, do lixos atômicos. Não são desprezíveis os danos dos agrotóxicos. Estamos, por outro lado, diante da imprevisibilidade dos transgênicos; esta intervenção do homem na biologia e na fisiologia da flora e da fauna. Não sabemos para onde a ciência bioquímica nos conduzirá. Matando seu meio ambiente, o homem comete suicido coletivo.
 
 


Deus também cria civilizações, levantando impérios e abatendo domínios.
 



 Ele é o Senhor da História e dispõe dos homens como bem lhe aprouver, conforme seus propósitos. Nenhum poder surge ou cai, a não ser pelas mãos potentíssimas do Rei dos reis ( Gn 50. 20; At 2. 23; At 13. 26-39 ). A Igreja é o reino especial de Jesus Cristo, uma pequena militância neste mundo, minoria, certamente, mas se destina à consumação, quando  então não terá concorrente; reinará com o Cordeiro, sem a oposição de homens perversos e sem a tentação do maligno, no “novo céu e na nova terra”.

 

 

Deus quer salvar a todos?

 

Postado por Clóvis Gonçalves em quarta-feira, março 06, 2013. Bibliologia,Calvinismo,Soteriologia | COMENTE!
“Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.3,4).
Isso é bom e aceitável. Havendo demonstrado que o mandamento que ele promulgara é excelente, agora apela para um argumento mais enérgico, a saber: que é agradável a Deus. Pois quando sabemos que essa é a vontade de Deus, cumpri-la é a melhor que todas as demais razões. Pelo termo, 'bom', ele tem em mente o que é certo e lícito; e, visto que a vontade de Deus é a regra pela qual devemos regulamentar todos os nossos deveres, ele prova que ela é justa, porque é aceitável a Deus. Esta passagem merece detida atenção, pois dela podemos extrair o princípio geral de que a única norma genuína para agir bem e com propriedade é acatar a e esperar na vontade de Deus, e não empreender nada senão aquilo que ele aprova. E essa é também a regra da oração piedosa, a saber: que tomemos a Deus por nosso Líder, de modo que todas as nossas oração sejam regulamentadas por sua vontade e comando. Se essa regra não houvera sido suprimida, as orações dos papistas, hoje, não seriam tão saturadas de corrupções. Pois, como poderão provar que detêm a autoridade divina para se dedicarem à intercessão dos santos falecidos, ou eles mesmos praticarem a intercessão em favor dos mortos? Em suma, em toda a sua forma de orar, o que poderão apresentar que seja do agrado de Deus?

 
 
Daqui se deduz uma confirmação do segundo argumento





O fato de que Deus deseja que todos os homens sejam salvos.
   Pois, que seria mais razoável do que todas as nossas orações se conformarem a este decreto divino? Concluindo, ele demonstra que Deus tem no coração a salvação de todos os homens, porquanto ele chama a todos os homens para o conhecimento de sua verdade. Este é um argumento que parte de um efeito observado em direção à sua causa. Pois se "o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" [Rm 1.16], então é justo que todos aqueles a quem o evangelho é proclamado sejam convidados a nutrir a esperança da vida eterna. Em suma, visto que a vocação [do evangelho] é uma prova concreta da eleição secreta, então Deus admite à posse da salvação aqueles a quem ele concedeu a bênção de participarem de seu evangelho, já que o evangelho nos revela a justiça de Deus que garante o ingresso na vida.  A luz desse fato, fica em evidência a pueril ilusão daqueles que crêem que esta passagem contradiz a predestinação. Argumentam: "Se Deus quer que todos os homens, sem distinção alguma, sejam salvos, então não pode ser verdade que, mediante seu eterno conselho, alguns hajam sido predestinados para a salvação e outros, para a perdição." Poderia haver alguma base para tal argumento, se nesta passagem Paulo estivesse preocupado com indivíduos; e mesmo que assim fosse, ainda teríamos uma boa resposta. Porque, ainda que a vontade de Deus não deva ser julgada à luz de seus decretos secretos, quando ele no-los revela por meio de sinais externos, contudo não significa que ele não haja determinado secretamente, em seu íntimo, o que se propõe fazer com cada pessoa individualmente.  Mas não acrescentarei a este tema nada mais, visto o assunto não ser relevante ao presente contexto, pois a intenção do apóstolo, aqui, é simplesmente dizer que nenhuma nação da terra e nenhuma classe social são excluídas da salvação, visto que Deus quer oferecer o evangelho a todos sem exceção. Visto que a pregação do evangelho traz vida, o apóstolo corretamente conclui que Deus considera a todos os homens como sendo igualmente dignos de participar da salvação. Ele, porém, está falando de classes, e não de indivíduos; e sua única preocupação é incluir em seu número príncipes e nações estrangeiros. Que a vontade de Deus é que eles também participem do ensinamento do evangelho é por demais óbvio à luz das passagens já citadas e de outras afins. Não é sem razão que se disse: "Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão" [SI 2.8]. A intenção de Paulo era mostrar que devemos ter em consideração, não que tipo de homens são os príncipes, mas, antes, o que Deus queria o que fossem. Há um dever de amor que se preocupa com a salvação de todos aqueles a quem Deus estende seu chamamento e testifica acerca desse amor através das orações piedosas.  E nessa mesma conexão que ele chama Deus nosso Salvador, pois de qual fonte obtemos a salvação senão da imerecida munificência divina? O mesmo Deus que já nos conduziu à sua salvação pode, ao mesmo tempo, estender a mesma graça também a eles. Aquele que já nos atraiu a si pode uni-los também a nós. O apóstolo considera como um argumento indiscutível o fato de Deus agir assim entre todas as classes e todas as nações, porque isso foi predito pelos profetas.

 

 

CONHECENDO A DEUS

 

 

Então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Provérbios 2:5.   Muitas são as pessoas que afirmam categoricamente que conhecem a Deus, quisera isto fosse verdade, pois, se conhecêssemos a Deus jamais faríamos as coisas que fazemos. Se, conhecêssemos a Deus seriamos pessoas diferentes do que somos. Impossível é, conhecermos alguém e não copiar nada daquela pessoa, ninguém que anda com outro, que convive constantemente, não aprenda alguma coisa do seu viver, nem que seja uma frase. Que diga muitos pregadores do evangelho, quando os ouvimos falar, parece que eles não copiaram nada de Jesus, mas sim dos seus lideres, fala igual, movimentam-se igual, veste-se igual. Ah! Se eles fizessem isto do Deus que eles afirmar que conhecem.  Alguém pode perguntar-me, quem é Deus para que eu o conheça? Penso então, como posso eu apresentar Deus, por minhas palavras? Palavras bonitas e eloqüentes até os tolos possuem. Logicamente se olharmos na visão humana será difícil conhecer a Deus, pois Ele está longe do que pensamos ser D’Ele. Muitos imaginam a Deus como um Ser Distante estranho, uma atmosfera, uma luz, uma áurea, um carrasco, alguém cheio de ideologias que obriga às pessoas fazer o que Ele quer.

Não é por ai meu amigo minha amiga, Se Ele fez o homem semelhante a Ele acaso somos assim? A única forma que posso detalhar Deus a mais completa composição para dizer quem Ele é, é o amor,  E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. 1 João 4:16. Um amor diferente do nosso, um amor cuja chama acalenta até os mais distantes Dele, um amor incondicional, fundamental, cristalino e verídico, um amor que não muda de acordo as circunstâncias mais é inabalável o tempo todo, um amor compromissor, irrevogável, único e absoluto.

Então, devemos interagir com nós mesmos, fazer uma introspectiva e ver se de fato conhecêssemos a Deus, ou, se estamos enganando a nós mesmo! Pois, se Deus é amor, e, estamos Nele, logicamente o que tem que sobressair em nós é a essência Dele, e, para isto acontecer, necessário é guardar os seus mandamentos, Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. 1 João 5:3.   E o mandamento Dele reduzir-se apenas em dois, entre - si completam, E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mateus 22:37-39, interessante  é quando Jesus diz semelhante a este, é exatamente que acabei de escrever, impossível alguém conhecer a outro e não ser semelhante em alguma coisa. Quando ainda não existíamos, quando até então éramos frutos da mente do nosso Deus, Ele disse; E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Gênesis 1:26.

Se conhecermos a Deus, então precisamos amar o nosso irmão, se eu falar mal de outros, se eu xingar, ofender, usurpar o que é do  irmão, se eu denegri-lo, sentir inveja e desejar prejudicar, levantar falso testemunho, acusar levianamente, suscitar a irá, ferir-lo, desejar o mal, orar contra, é Deus que está em mim? É semelhante a Deus que estamos sendo? Acaso conheço a Deus?

Deus mostra claro aqui também, que Ele deu autoridade ao homem para dominar sobre todas as espécies inferiores a ele, entretanto, infelizmente, existem tantos que preferem se tornar algo insignificante quando passa a adorar aquilo que foi criado para o homem dominar. O inimigo sempre procura brechas para contrapor a vontade de Deus para com a humanidade. O Ser humano foi criado para adorar unicamente Aquele que o criou, o único que é Superior a ele.  Logo, se eu não consigo amar com o amor de Deus, falta alguma coisa em mim, para eu conhecer a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8, porque se vivo em seu amor, torno-me conhecido Dele, Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele. 1 Coríntios 8:3, automaticamente formas-se um elo, sem rachaduras, sem contra pontos, Deus em mim e eu em Deus. Conhecidos e íntimos um do outro.   Difícil é esta palavra, infelizmente estamos comendo gato por lebre, estamos vivendo ilusoriamente, mergulhando em águas sujas e achando estar limpos, Naamã só tinha um. E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. Lucas 4:27.  Se eu conheço a Deus não devo fazer distinção entre as pessoas, sejam elas ricas ou pobres, feias ou bonitas, negras ou brancas, grandes ou pequenas, todas são iguais diante de Deus. Deus não mandou seu filho por alguns, mas por todos quantos queriam ser salvos. Se eu conheço a Deus não posso permitir-me ser manipulado por vontade de homens, tenho que falar da verdade gostem ou não gostem, preciso denunciar o pecado e não ser conivente, ser luz e ofuscar as trevas. Pois foi isto que Jesus fez. E os fariseus, tendo saído, formaram conselho contra ele, para o matarem. Mateus 12:14.  Analise dentro de você, existem alguma pendência com o seu próximo, há alguma legalidade no mundo espiritual que está impedindo o agir de Deus em tua vida? Porque a bíblia nos ensina. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos 13:8.  Portanto igreja do Senhor, eleitos e escolhidos, é fundamental conhecer a Deus verdadeiramente, viver o verdadeiro evangelho, imitar a Deus. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; Efésios 5:1, mas, para isso acontecer, precisamos primeiro conhecer-lo, e, isto só é possível crendo que Ele existe, Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6, após saber da sua existência, amá-lo e adorar-lo acima de todas as coisas na vida, logo, o temor a Ele irá fluir de dentro de nós, o conhecimento Dele irá alavancar-se sobre nós, conseqüentemente as demais coisas surgirão com recompensas de uma vida integra no altar Dele.

 

 

Deus é Fiel.

Estudo realizado por Pastor Rogério Costa

Caxias do Sul – 18/04/15

 

 

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