Bullying

 

 

Cena de assédio escolar registrado no primeiro dia de aula de um aluno no Instituto Regional Federico Errázuriz, Chile.

 

 

Bullying (anglicismo, bullying, pronuncia-se AFI: [ˈbʊljɪŋ], vagamente "bôliê-n") é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

 

 

  Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma.

 

 

 Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida.

 

 

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868(19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

 

Terminologia

 

 

Devido ao fato de ser um fenômeno que só recentemente ganhou mais atenção, o assédio escolar ainda não possui um termo específico consensual, sendo o termo em inglês bullying constantemente utilizado pela mídia de língua portuguesa. Existem, entretanto, alternativas como acossamento, ameaça, assédio, intimidação, além dos mais informais judiar e implicar", além de diversos outros termos utilizado pelos próprios estudantes em diversas regiões.  No Brasil, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica a palavra bulir como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Por isso, são corretos os usos dos vocábulos derivados, também inventariados pelo dicionário, como bulimento (o ato ou efeito de bulir) e bulidor (aquele que pratica o bulimento).

 

 

 

Caracterização do assédio escolar

 

 

Como a maior parte dos alunos não denuncia e alguns adultos negligenciam sua importância, a sensação de impunidade favorecem a perpetuação do comportamento agressivo.  Acossamento, ou "intimidação" ou entre falantes de língua inglesa bullying é um termo frequentemente usado para descrever uma forma de assédio interpretado por alguém que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco.  O cientista sueco - que trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan Olweus define assédio escolar em três termos essenciais:

  1. o comportamento é agressivo e negativo;

  2. o comportamento é executado repetidamente;

  3. o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

O assédio escolar divide-se em duas categorias:

  1. assédio escolar direto;

  2. assédio escolar indireto, também conhecido como agressão social

O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:

  • espalhar comentários;

  • recusa em se socializar com a vítima;

  • intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima;

  • ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc). 

O assédio pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.  Deve-se encorajar os alunos a participarem ativamente da supervisão e intervenção dos atos de bullying, pois o enfrentamento da situação pelas testemunhas demonstra aos autores do bullying que eles não terão o apoio do grupo. Uma outra estratégia é a formação de grupos de apoio, que protegem os alvos e auxiliam na solução das situações de bullying. Alunos que buscam ajuda tem 75,9% de reduzirem ou cessarem um caso de bullying.   Os professores devem lidar e resolver efetivamente os casos de bullying, enquanto as escolas devem aperfeiçoar suas técnicas de intervenção e buscar a cooperação de outras instituições, como os centros de saúde, conselhos tutelares e redes de apoio social.

 

 

Características dos bullies

 

 

Em um estudo entre alunos autores de bullying, 51,8% afirmaram que não receberam nenhum tipo de orientação ou advertência por seus atos. Provavelmente porque 41,6% dos que admitiram ser alvos de bullying relatarem não ter solicitado ajuda aos colegas, professores ou família.   Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar.

Também tem sido sugerido que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco.

Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do assédio escolar, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies (ou bulidores) sofram de qualquer déficit de autoestima.

Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas. 

É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:

"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual.

Realmente, há evidência documental que indica que a prática do assédio escolar durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta". 

O assédio escolar não envolve necessariamente criminalidade ou violência.

Por exemplo, o assédio escolar frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. 

Os bullies sempre existiram mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, avassaladores, valentões e verdugos.

Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas.

Porém, eles também frequentemente foram vítimas de violência, maus-tratos, vulnerabilidade genética, falência escolar e experiências traumáticas.

Comportamentos autodestrutivos como consumo de álcool e drogas e correr riscos desnecessários são vistos com mais frequência entre os autores de bullying.

Quanto mais sofrem com violência e abusos, mais provável é deles repetirem esses comportamentos em sua vida diária e negligenciarem seu próprio bem estar

 

 

Tipos de assédio escolar

 

 

Enquanto a sociedade não resolver o problema de bullying nas escolas, dificilmente conseguirão reduzir as outras formas de comportamentos agressivos e destrutivos entre adultos.

 Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros.

 Alguns exemplos das técnicas de assédio escolar:

  • insultar a vítima;

  • acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;

  • ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.

  • interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.

  • espalhar rumores negativos sobre a vítima;

  • depreciar a vítima sem qualquer motivo;

  • fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;

  • colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;

  • fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;

  • isolamento social da vítima;

  • usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc);

  • chantagem.

  • expressões ameaçadoras;

  • grafitagem depreciativa;

  • usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita");

  • fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

 

 

 

Bullying professor-aluno

 

 

O assédio escolar pode ser praticado de um professor para um aluno. As técnicas mais comuns são:

  • intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua autoestima.

  •  Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um único aluno o expondo a humilhação;

  • assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais.

  •  Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas;

  • ameaçar o aluno de reprovação;

  • negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondo-o a tortura psicológica;

  • difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu;

  • tortura física, mais comum em crianças pequenas; puxões de orelha, tapas e cascudos.

Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados em um Boletim de Ocorrência numa delegacia ou no Ministério Público.

A revisão de provas pode ser requerida ao pedagogo ou coordenador e, em caso de recusa, por medida judicial.

 

 

Locais de assédio

 

 

O assédio pode acontecer em qualquer contexto no qual seres humanos interajam, tais como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho.

 

 

Escolas

 

 

Alguns meninos flagrados intimidando um colega. Instituto Regional Federico Errázuriz, Santa Cruz, Chile.  Em escolas, o assédio escolar geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.  Alguns sinais são comuns como a recusa da criança de ir à escola ao alegar sintomas como dor de barriga ou apresentar irritação, nervosismo ou tristeza anormais.  Um caso extremo de assédio escolar no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de assédio escolar contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam.  Na última década de 90, os Estados Unidos viveram uma epidemia de tiroteios em escolas (dos quais o mais notório foi o massacre de Columbine). Muitas das crianças por trás destes tiroteios afirmavam serem vítimas de bullies e que somente haviam recorrido à violência depois que a administração da escola havia falhado repetidamente em intervir. Em muitos destes casos, as vítimas dos atiradores processaram tanto as famílias dos atiradores quanto as escolas. Como resultado destas tendências, escolas em muitos países passaram a desencorajar fortemente a prática do assédio escolar, com programas projetados para promover a cooperação entre os estudantes, bem como o treinamento de alunos como moderadores para intervir na resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares. O assédio escolar nas escolas pode também assumir, por exemplo, a forma de avaliações abaixo da média, não retorno das tarefas escolares, segregação de estudantes competentes por professores incompetentes ou não-atuantes, para proteger a reputação de uma instituição de ensino. Isto é feito para que seus programas e códigos internos de conduta nunca sejam questionados, e que os pais (que geralmente pagam as taxas) sejam levados a acreditar que seus filhos são incapazes de lidar com o curso. Tipicamente, estas atitudes servem para criar a política não-escrita de "se você é estúpido, não merece ter respostas; se você não é bom, nós não te queremos aqui". Frequentemente, tais instituições (geralmente em países asiáticos) operam um programa de franquia com instituições estrangeiras (quase sempre ocidentais), com uma cláusula de que os parceiros estrangeiros não opinam quanto a avaliação local ou códigos de conduta do pessoal no local contratante. Isto serve para criar uma classe de tolos educados, pessoas com títulos acadêmicos que não aprenderam a adaptar-se a situações e a criar soluções fazendo as perguntas certas e resolvendo problemas.

 

 

Local de trabalho

 

 

O assédio escolar em locais de trabalho (algumas vezes chamado de Assédio escolar Adulto) é descrito pelo Congresso Sindical do Reino Unido como:   "Um problema sério que muito frequentemente as pessoas pensam que seja apenas um problema ocasional entre indivíduos.

 

 

 

Mas o assédio escolar é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente que solapa a integridade e confiança da vítima do bully.

E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura da organização".

 

 

Vizinhança

 

 

Adultos e idosos também são vítimas frequentes de bullying.

 Entre vizinhos o assédio escolar normalmente toma a forma de intimidação por comportamento inconveniente, tais como barulho excessivo para perturbar o sono e os padrões de vida normais ou fazer queixa às autoridades (tais como a polícia) por incidentes menores ou forjados.

 

 

 

 O propósito desta forma de comportamento é fazer com que a vítima fique tão desconfortável que acabe por se mudar da propriedade.

Nem todo comportamento inconveniente pode ser caracterizado como assédio escolar: a falta de sensibilidade pode ser uma explicação.

 

Política

 

 

O assédio escolar entre países ocorre quando um país decide impôr sua vontade a outro.

Isto é feito, normalmente, com o uso de força militar, a ameaça de que ajuda e doações não serão entregues a um país menor ou não permitir que o país menor se associe a uma organização de comércio.

 

 

Militar

 

 

Um trote praticado nas Forças Armadas Aéreas da França, em que um cadete é suspenso por um helicóptero sobre o mar.

Compiegne, 1997.

Em 2000, o Ministério da Defesa (MOD) do Reino Unido definiu o assédio como : "…o uso de força física ou abuso de autoridade para intimidar ou vitimizar outros, ou para infligir castigos ilícitos".

Todavia, é afirmado que o assédio militar ainda está protegido contra investigações abertas.

 

 

O caso das Deepcut Barracks, no Reino Unido, é um exemplo do governo se recusar a conduzir um inquérito público completo quanto a uma possível prática de assédio escolar militar.

Alguns argumentam que tal comportamento deveria ser permitido por causa de um consenso acadêmico generalizado de que os soldados são diferentes dos outros postos.

Dos soldados se espera que estejam preparados para arriscarem suas vidas, e alguns acreditam que o seu treinamento deveria desenvolver o espirito de corpo para aceitar isto.

Em alguns países, rituais humilhantes entre os recrutas têm sido tolerados e mesmo exaltados como um "rito de passagem" que constrói o caráter e a resistência; enquanto em outros, o assédio sistemático dos postos inferiores, jovens ou recrutas mais fracos pode na verdade ser encorajado pela política militar, seja tacitamente ou abertamente (veja dedovschina).

 Também, as forças armadas russas geralmente fazem com que candidatos mais velhos ou mais experientes abusem - com socos e pontapés - dos soldados mais fracos e menos experientes..

 

 

Alcunhas ou apelidos (dar nomes)

 

 

Normalmente, uma alcunha (apelido) é dada a alguém por um amigo, devido a uma característica única dele.

Em alguns casos, a concessão é feita por uma característica que a vítima não quer que seja chamada, tal como uma orelha grande ou forma obscura em alguma parte do corpo.

Em casos extremos, professores podem ajudar a popularizá-la, mas isto é geralmente percebido como inofensivo ou o golpe é sutil demais para ser reconhecido.

Há uma discussão sobre se é pior que a vítima conheça ou não o nome pelo qual é chamada.

 Todavia, uma alcunha pode por vezes tornar-se tão embaraçosa que a vítima terá de se mudar (de escola, de residência ou de ambos).

 

 

Indicativos de estar sofrendo bullying

 

 

Vítimas de bullying tem mais chance de desenvolverem transtornos de humor, transtornos alimentares, distúrbios de sono ou/e transtornos de ansiedade em algum momento da vida.

 

 

 

Sinais e sintomas possíveis de serem observados em alunos alvos de bullying

 

Legislação

 

 

No Brasil, a gravidade do ato pode levar os jovens infratores à aplicação de medidas sócio-educativas.De acordo com o código penal brasileiro, a negligência com um crime pode ser tida como uma coautoria.Na área cível, e os pais dos bullies podem, pois, ser obrigados a pagar indenizações e podem haver processos por danos morais.  Um das referências sobre o assunto, no Brasil, é um artigo escrito pelo ministro Marco Aurélio Mello, intitulado Bullying - aspectos jurídicos.  A legislação jurídica do estado brasileiro de São Paulo define assédio escolar como atitudes de violência física ou psicológica, que ocorrem sem motivação evidente praticadas contra pessoas com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las, causando dor e angústia.  Os atos de assédio escolar configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso ordenamento jurídico, mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. A responsabilidade pela prática de atos de assédio escolar pode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de assédio escolar que ocorram nesse contexto. No estado brasileiro do Rio de Janeiro, uma lei estadual sancionada em 23 de setembro de 2010 institui a obrigatoriedade de escolas públicas e particulares notificarem casos de bullying à polícia.Em caso de descumprimento, a multa pode ser de três a 20 salários mínimos (até R$ 10.200) para as instituições de ensino.  Na cidade brasileira de Curitiba todas as escolas têm de registrar os casos de bullying em um livro de ocorrências, detalhando a agressão, o nome dos envolvidos e as providências adotadas.

 

 

Condenações legais

 

 

Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a prática do assédio escolar, os júris estão agora mais inclinados do que nunca a se simpatizarem com as vítimas. Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional" e incluindo suas escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação racial ou de gênero ou assédio moral.

 

 

No Brasil

 

 

Uma pesquisa do IBGE realizada em 2009 revelou que quase um terço (30,8%) dos estudantes brasileiros informou já ter sofrido bullying, sendo maioria das vítimas do sexo masculino. A maior proporção de ocorrências foi registrada em escolas privadas (35,9%), ao passo que nas públicas os casos atingiram 29,5% dos estudantes.  No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. Entre todos os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema - seja intimidando alguém, sendo intimidados ou os dois. A forma mais comum é a cibernética, a partir do envio de e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento como o Orkut.  Em 2009, uma pesquisa do IBGE apontou as cidades de Brasília e Belo Horizonte como as capitais brasileiras com maiores índices de assédio escolar, com 35,6% e 35,3%, respectivamente, de alunos que declararam esse tipo de violência nos últimos 30 dias.

 

Casos célebres

 

 

Na Grande São Paulo, uma menina apanhou até desmaiar por colegas que a perseguiam[37] e em Porto Alegre um jovem foi morto com arma de fogo durante um longo processo de assédio escolar.  Em maio de 2010, a Justiça obrigou os pais de um aluno do Colégio Santa Doroteia, no bairro Sion de Belo Horizonte, a pagar uma indenização de R$ 8 mil a uma garota de 15 anos por conta de assédio escolar. A estudante foi classificada como G.E. (sigla para integrantes de grupo de excluídos) por ser supostamente feia e as insinuações se tornaram frequentes com o passar do tempo, e entre elas, ficaram as alcunhas de tábua, prostituta, sem peito e sem bunda. Os pais da menina alegaram que procuraram a escola, mas não conseguiram resolver a questão. O juiz relatou que as atitudes do adolescente acusado pareciam não ter "limite" e que ele "prosseguiu em suas atitudes inconvenientes de 'intimidar'", o que deixou a vítima, segundo a psicóloga que depôs no caso, "triste, estressada e emocionalmente debilitada". O colégio de classe média alta não foi responsabilizado.

Na USP, o jornal estudantil O Parasita ofereceu um convite a uma festa brega aos estudantes do curso que, em troca, jogassem fezes em um gay. Um dos alunos a quem o jornal faz referência chegou a divulgar, em outra ocasião, estudantes da Farmácia chegaram a atirar uma lata de cerveja cheia em um casal de homossexuais, que também era do curso, durante o tradicional happy hour de quinta-feira na Escola de Comunicações e Artes da USP. Ele disse que não pretende tomar nenhuma providência judicial contra os colegas, embora tenha ficado revoltado com a publicação da cartilha.  Também em junho de 2010, um aluno de nona série do Colégio Neusa Rocha, no Bairro São Luiz, na região da Pampulha de Belo Horizonte, foi espancado na saída de seu colégio, com a ajuda de mais seis estudantes armados com soco inglês. A vítima ficou sabendo que o grupo iria atacar outro colega por ele ser "folgado e atrevido", sendo inclusive convidada a participar da agressão.  Em entrevista ao Estado de Minas, disse: Eles me chamaram para brigar com o menino. Não aceitei e fui a contar a ele o que os outros estavam querendo fazer, como forma de alertá-lo. Quando a dupla soube que contei, um deles colocou o dedo na minha cara e me ameaçou dentro de sala, durante aula de ciências. Ele ainda ligou, escondido, pelo celular, para outro colega, que estuda pela manhã, e o chamou para ir à tarde na escola.   Durante o ano de 2010, Bárbara Evans, filha de Monique Evans e estudante da Universidade Anhembi Morumbi (onde cursava o primeiro ano de Nutrição), em São Paulo, entrou na Justiça com um processo de assédio escolar realizado por seus colegas. No dia 12/06/2010, um sábado à noite, o muro externo do estacionamento do campus Centro da referida Universidade foi pichado com ofensas a ela e a sua mãe.  Em recente caso julgado no Rio Grande do Sul (Proc. nº 70031750094 da 6ª Câmara Cível do TJRS), a mãe do bullie foi condenada civilmente a pagar indenização no valor de R$ 5 mil (cinco mil reais) à vítima. Foi um legítimo caso de cyberbullying, já que o dano foi causado por meio da Internet, em fotolog (flog) hospedado pelo Portal Terra. No caso, o Portal não foi responsabilizado, pois retirou as informações do ar em uma semana. Não ficou claro, entretanto, se foi uma semana após ser avisado informalmente ou após ser judicialmente notificado.  Alguns casos de assédio escolar entre crianças têm anuência dos próprios pais, como um envolvendo um garoto de 9 anos de Petrópolis. A mãe resolveu tirar satisfação com a criança que constantemente agredia seu filho na escola e na rua, mas o pai do outro garoto, em resposta, procurou a mãe do outro garoto chamado de "boiola" e "magrelo". Ela foi empurrada em uma galeria, atingida no rosto, jogada no chão e ainda teve uma costela fraturada. O caso registrado em um vídeo foi veiculado na internet e ganhou os principais jornais e telejornais brasileiros.  Em 2011, a 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou uma escola privada a pagar indenização a uma vítima de bullying.  Em 2011, o Massacre de Realengo, no qual 12 crianças morreram alvejadas por tiros, foi atribuído, por ex-estudantes da escola e ex-colegas do atirador, a uma vingança por bullying.O atirador, que se suicidou durante a tragédia, também citou o bullying como a motivação para o crime nos vídeos recuperados pela polícia durante as investigações.  Um garoto de Campo Grande (MS) do oitavo ano de ensino fundamental foi obrigado por outro garoto a passar por diversas situações vexatórias, como fazer atividades escolares e pagar lanches para ele na escola para ser poupado de agressões físicas. O caso avançou para a extorsão de dinheiro, causando à vítima a subtração de cerca de R$ 500 em em ano. O caso foi parar na 27º Promotoria da Infância e Juventude do município que apurou, por meio de ligações telefônicas, que realmente ocorria a extorsão, e a um flagrante feito pela polícia, quando o garoto daria mais R$ 50 ao agressor. Penalizado, o garoto foi submetido a ações previstas no programa contra violência e evasão escolar, o Procese, em desenvolvimento no município há dois anos. O valor subtraído foi pago pela mãe do Valentão aos pais do garoto agredido. O bullie de 13 anos foi obrigado pela promotoria a levar os pratos utilizados durante a merenda e a lavar o pátio escolar durante 3 meses, além de poder ter de frequentar um curso sobre bullying.  Em 27 de fevereiro de 2008, um jovem que dizia estar sofrendo bullying abriu fogo em uma escola de Ohio.Pelo menos três estudantes morreram.  Também em fevereiro de 2012, pais de duas adolescentes de Ponta Grossa, no Paraná, foram condenados pela Justiça após uma denúncia de cyberbullying, cometida pelas filhas, a pagar R$ 15 mil de indenização por danos morais para a família da vítima. Duas colegas de sala da vítima teriam conseguido a senha de uma página de relacionamentos na internet e violaram a conta da adolescente, postando mensagens pornográficas e alterando a fotografia do perfil. Após postar as mensagens, as autoras ainda cancelaram a senha da vítima, o que impediu que ela soubesse o que estava acontecendo.

 

 

Bullying: diga não!Faça a sua Nova Escola!

 

 

O Bullying é um problema muito sério. Este tipo de comportamento pode fazer com que crianças e jovens se sintam magoados, assustados, doentes, solitários, envergonhados e tristes.

 

 

 Os “bullies” ou agressores podem bater, chutar, empurrar ou ainda podem falar mal, ameaçar, colocar apelidos maldosos ou intimidar as pessoas. Um agressor pode espalhar boatos mentirosos sobre alguém através do cyber bullying, pegar as coisas de outras crianças, tirar sarro de alguém ou deixar alguém de fora do grupo de propósito.

 

 

Alguns agressores ameaçam as pessoas para tentar fazer com que elas façam coisas que elas não querem fazer.

 

 

Bullying não é brincadeira

 

 

O Bullying é um problema enorme que afeta muitas crianças. Um terço de todas as crianças diz que já foi alvo de bullying. Ser alvo de bullying faz com que as crianças se sintam muito mal. O stress de ter que lidar com os agressores faz com que as crianças e jovens se sintam doentes. A prática do Bullying faz com que as crianças não queiram brincar fora de casa ou ir para a escola. É difícil se concentrar nas tarefas escolares quando você está preocupado com a maneira como você vai ter que enfrentar o seu agressor. O Bullying aborrece todo mundo — e não somente as crianças que são os alvos. O Bullying pode fazer da escola um local assustador e pode ocasionar mais violência e mais stress para todo mundo.  O Bullying na internet ou cyber bullying é tão perigoso e assustador quanto a prática do bullying feita dentro das salas de aula.

 

 

Por que os Agressores agem assim?

 

 

Alguns agressores querem atenção. Eles podem achar que praticando o bullying vão ser populares ou vão conseguir o que querem. A maioria dos agressores quer se sentir importante. Quando eles intimidam outra pessoa, isto pode fazer com que eles se sintam poderosos e fortes. Alguns agressores vêm de famílias onde todo mundo está sempre bravo e gritando. Provavelmente eles pensam que ficar bravo, usar palavrões e empurrar as pessoas é um jeito normal de agir. Alguns agressores simplesmente copiam o que vêem outra pessoa fazendo. Alguns também já foram alvos de bullying.  Às vezes os agressores sabem que o que eles estão fazendo ou falando magoa as pessoas. Mas alguns agressores podem não ter idéia do quanto suas atitudes podem ser dolorosas para os outros. A maioria dos agressores não entende ou não se importa com os sentimentos dos outros.  Os agressores freqüentemente escolhem um alvo sobre o qual acreditam ter poder. Eles podem escolher crianças que se aborrecem facilmente ou que têm dificuldade para se imporem. Quando alguém tem uma forte reação, os agressores sentem que conseguiram o poder que queriam ter sobre aquela pessoa. Algumas vezes os agressores escolhem alguém que é mais inteligente do que eles ou que é diferente deles de alguma forma. Algumas vezes os agressores intimidam uma criança sem motivo algum.

 

 

Bullying: o que fazer?

 

 

A boa notícia é que crianças e jovens que são agressores podem aprender a mudar suas atitudes. Professores, coordenadores, orientadores e os pais podem ajudar. Os agressores podem mudar se eles aprenderem a usar os seus poderes de maneiras positivas e com respeito. Por fim, se os agressores vão decidir mudar suas atitudes ou não, é uma escolha deles. Alguns agressores se tornam pessoas incríveis. Outros não aprendem nunca.

A melhor maneira de se eliminar o Bullying é promover o diálogo aberto, transparente e honesto sobre questões que oprimem jovens e crianças e criar assim uma nova escola!

 

 

Saiba mais sobre Bullying

 

 

O bullying pode estar mais perto do que você imagina. Conheça o significado da palavra bullying, que no geral se refere a Bullying comportamento agressivo entre estudantes.

Vamos falar especificamente do bullyng nas escolas, entre estudantes. A palavra “bully” significa “valentão”.

A ação do bullying compreende atitudes agressivas, intencionais e repetidas, na maioria das vezes sem motivo aparente, contra outro estudante, causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, como por exemplo: diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional ou apoio de outros estudantes. É uma forma de violência moral.

 

 

Conheça alguns tipos de Bullying:

 

 

• Indireto: as vítimas estão ausentes (mais adotado pelas meninas); indiferença, isolamento, difamação, negação aos desejos.

 

 

 

• Direto: as vítimas são atacadas diretamente (mais comum entre os meninos); apelidar, agredir, ameaçar, roubar, ofender verbalmente, utilizar expressões e gestos que geram mal-estar aos alvos.

 

 

• Cyberbullying: é o uso da tecnologia de informação e comunicação (e-mail, celulares, fotos digitais, sites e redes sociais e etc).

 

como recurso para comportamentos deliberados, repetidos e hostis, na tentativa de causar danos a outros por meio de texto, imagens e vídeos, editados/manipulados ou não.

 

 

Como identificar as vítimas de bullying?

 

 

Já que maioria dos casos ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage nem fala sobre a agressão, os professores e pais acabam tendo pouca percepção do problema.

E por conta disso o problema acaba por muitas vezes sendo subestimado.

Isso acarreta uma atuação de forma insuficiente por parte dos adultos para redução e interrupção dessas práticas.

É possível identificar os “pacientes” de risco, aconselhar as famílias, rastrear possíveis alterações comportamentais e incentivar implantação de programas anti-bullying nas escolas.

 

Veja alguns sinais e sintomas comuns em crianças e adolescentes vítimas de bullying:

 

enurese noturna
cefaléia
desmaios
dores emextremidades
hiperventilação
síndrome do intestino irritável
bulimiairritabilidade
ansiedade
histeria
pânico
resistência em ir à escola
insegurança na escola
auto-agressão

alterações do sono
dor epigástrica
vômitos
paralisias
queixas visuais
anorexia
isolamentoagressividade
perda de memória
depressão
relatos de medo
demonstrações de tristeza
mau rendimento escolar
tentativas de suicídio

 

 

Pessoas que sofrem bullying quando crianças são mais propensas a sofrerem de depressão e baixa auto- estima quando adultas.

Os que praticam bullying podem apresentar comportamentos anti-sociais na vida adulta, com perda de oportunidades e relacionamentos afetivos pouco duradouros.

Por isso é muito importante ficar atentos no comportamento das crianças para buscar ajuda o quanto antes, e evitar dados futuros, tanto para quem sofre quanto para quem pratica o bullying.

 

 

Bullying: casos famosos, entenda o que é e combata esta prática

 

 

"Há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta”

“A menina que você chama de gorda, passa dias sem comer para perder peso. O menino que você chama de burro, quem sabe tenha problemas de aprendizagem. A menina que você acabou de chamar de feia passa horas arrumando-se para que pessoas como você a aceitem. O menino que você provoca e goza na escola, pode receber maus tratos em casa e você só estará contribuindo para destruir sua auto-estima. Se você é contra o BULLYING (violência psicológica) divulgue a idéia contra esta prática.” (texto da campanha no Facebook). O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.

Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de autoestima. Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas. É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:

“Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta”.

O bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona por meio de abuso psicológico ou verbal. Os bullies sempre existiram mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, valentões e verdugos. Os valentões costumam ser hostis, intolerantes e usar a força para resolver seus problemas.

 

Tipos mais comuns de Bullying:

 

 

- Insultar a vítima;

- Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;

- Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.

- Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.

- Espalhar rumores negativos sobre a vítima;

- Depreciar a vítima sem qualquer motivo;

- Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;

- Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;

- Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;

- Isolamento social da vítima;

- Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc);

- Chantagem.

- Expressões ameaçadoras;

- Grafitagem depreciativa;

- Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma “vítima perfeita”).

- Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.

Uma pesquisa do IBGE realizada em 2009 revelou que quase um terço (30,8%) dos estudantes brasileiros informou já ter sofrido bullying, sendo maioria das vítimas do sexo masculino.

A maior proporção de ocorrências foi registrada em escolas privadas (35,9%), ao passo que nas públicas os casos atingiram 29,5% dos estudantes.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. Entre todos os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema – seja intimidando alguém, sendo intimidados ou os dois.

A forma mais comum é a cibernética, a partir do envio de e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento como o Orkut.

Em 2009, uma pesquisa do IBGE apontou as cidades de Brasília e Belo Horizonte como as capitais brasileiras com maiores índices de bullying, com 35,6% e 35,3%, respectivamente, de alunos que declararam esse tipo de violência nos últimos 30 dias da pesquisa.

 

 

Casos célebres

 

 

Na Grande São Paulo, uma menina apanhou até desmaiar por colegas que a perseguiam e em Porto Alegre um jovem foi morto com arma de fogo durante um longo processo de bullying.

Em maio de 2010, a Justiça obrigou os pais de um aluno do Colégio Santa Doroteia, no bairro Sion de Belo Horizonte a pagar uma indenização de R$ 8 mil a uma garota de 15 anos por conta de bullying.

A estudante foi classificada como G.E.

 (sigla para integrantes de grupo de excluídos) por ser supostamente feia e as insinuações se tornaram frequentes com o passar do tempo, e entre elas, ficaram as alcunhas de tábua, prostituta, sem peito e sem bunda.

 Os pais da menina alegaram que procuraram a escola, mas não conseguiram resolver a questão.

O juiz relatou que as atitudes do adolescente acusado pareciam não ter “limite” e que ele “prosseguiu em suas atitudes inconvenientes de ‘intimidar’”, o que deixou a vítima, segundo a psicóloga que depôs no caso, “triste, estressada e emocionalmente debilitada”.

O colégio de classe média alta não foi responsabilizado.

Na USP, o jornal estudantil O Parasita ofereceu um convite a uma festa brega aos estudantes do curso que, em troca, jogassem fezes em um gay.

 Um dos alunos a quem o jornal faz referência chegou a divulgar, em outra ocasião, estudantes da Farmácia chegaram a atirar uma lata de cerveja cheia em um casal de homossexuais, que também era do curso, durante o tradicional happy hour de quinta-feira na Escola de

Comunicações e Artes da USP.

Ele disse que não pretende tomar nenhuma providência judicial contra os colegas, embora tenha ficado revoltado com a publicação da cartilha.

Também em junho de 2010, um aluno de nona série do Colégio Neusa Rocha, no Bairro São Luiz, na região da Pampulha de Belo Horizonte foi espancado na saída de seu colégio, com a ajuda de mais seis estudantes armados com soco inglês.

A vítima ficou sabendo que o grupo iria atacar outro colega por ele ser “folgado e atrevido”, sendo inclusive convidada a participar da agressão.  

Em entrevista ao Estado de Minas, disse: Eles me chamaram para brigar com o menino. Não aceitei e fui a contar a ele o que os outros estavam querendo fazer, como forma de alertá-lo.

Quando a dupla soube que contei, um deles colocou o dedo na minha cara e me ameaçou dentro de sala, durante aula de ciências.

 Ele ainda ligou, escondido, pelo celular, para outro colega, que estuda pela manhã, e o chamou para ir à tarde na escola.  Durante 2010, Bárbara Evans, filha de Monique Evans e estudante da Universidade Anhembi Morumbi (onde cursa o primeiro ano de Nutrição), em São Paulo, entrou na Justiça com um processo de bullying realizado por seus colegas. No dia 12/06/2010, um sábado à noite, o muro externo do estacionamento do campus Centro da referida Universidade foi pichado com ofensas a ela e a sua mãe.

Conscientização é a principal arma contra o Bullying, informe seus filhos, divulgue essa idéia: “Não ao Bullying”

 

 

LEI CONTRA O BULLYING

 

A Câmara de Vereadores de Cachoeiro de Itapemirim­-ES aprovou, na sessão... 15/05/2011

 

 

LEI CONTRA O BULLYING É APROVADA PELA CÂMARA

 

Política

A Câmara de Vereadores de Cachoeiro de Itapemirim­-ES aprovou, na sessão da última terça­-feira, o projeto de lei do vereador Marcos Coelho (PMN) que institui o dia 7 de abril como “Dia Muni­cipal de Prevenção e Com­bate ao Bullying Escolar”.

A data foi proposta pelo vereador Marcos Coe­lho, com o intuito de banir das instituições de ensi­no de Cachoeiro as agres­sões verbais, apelidos, humilhações, discrimina­ções, assédios, persegui­ções e empurrões, situa­ções que podem culminar em atos violentos como o que ocorreu na cidade de Realengo, Rio de Janeiro, no dia 7 de abril deste ano, onde 12 alunos morreram e outros 17 ficaram feri­dos em uma chacina cau­sada por um ex-aluno que foi vítima do bullying es­colar. “Nossa idéia é cola­borar com a comunidade escolar, incentivando-os a aprofundar-se sobre essa questão tão importante”, diz o vereador.

O bullying é reconhe­cido como todo e qual­quer ato de violência física ou psicológica, intencio­nal ou recorrente, prati­cado por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas no ambiente esco­lar, seja por intimidação, agressão ou discriminação.

Caso a Lei seja sancio­nada pelo Executivo, ca­berá ao poder público, em conjunto com instituições públicas ou privadas, defi­nir as atividades e progra­mações nas áreas de edu­cação, psicologia e saúde, para celebrar a data insti­tuída.

 

 

O projeto de lei contra o bullying

 

 

Enviado por luisnassif, qua, 30/03/2011 - 07:15

Por Andréa Marques, do Nota 10

O Brasil não tem uma lei federal sobre o combate ao bullying. Um projeto de lei, que propõe que as ações de combate ao bullying sejam detalhadas na Lei de Direitrizes e Bases da Educação, aguarda votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

A proposta, de autoria do senador Gim Argello (PTB-DF) quer incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e combate a intimidações e agressões.

 Confira abaixo alguns estados e municípios que adotaram leis de combate ao bullying:

Estado do Rio Grande do Sul - lei prevê políticas públicas contra o bullying nas escolas estaduais e privadas de ensino básico e de educação infantil sancionada no ano passado.

Estado do Rio de Janeiro - uma lei aprovada ano passado prevê punição das escolas que não denunciarem funcionários e alunos que praticarem o bullying.

A Assembleia Legislativa aprovou outra lei de caráter mais educativo para a promoção do combate a esta prática nas escolas.

Município de São Paulo – a cidade tem uma lei de 2009 sancionada pelo prefeito Gilberto Kassab que determina que as escolas públicas da educação básica do município deverão incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar.

Município de Belo Horizonte - a Câmara Municipal aprovou em segundo turno dois projetos de lei que têm como objetivo impedir trotes violentos e bullying.

 

Lei contra bullying já está valendo

O prefeito Duciomar Costa sancionou a Lei Nº 8.807, de 26 de abril de 2011, que combate o bullying nas escolas, por meio de um programa pedagógico elaborado pelas creches e escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio de Belém.

 

 

A lei, de autoria do vereador Nadir Neves, prevê que as escolas deverão manter o histórico das ocorrências de bullying em suas dependências devidamente atualizado e enviar relatório ao órgão municipal competente.

Fica a cargo das escolas a criação de uma equipe multidisciplinar, com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários, para a promoção de atividades informativas, de orientação e prevenção.

Segundo Raquel Veiga, coordenadora da equipe técnica pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (Semec), a rede municipal se prepara para fazer uma mudança radical na forma de enfrentar não só o bullying, mas também a violência.

“Achamos que o bullying e qualquer outra forma de preconceito está dentro da problemática da violência nas escolas. Por isso vamos trabalhar de forma ampliada.”

Para Raquel Veiga, a lei antibullying soma a esse trabalho. “Já fizemos o trabalho com os professores e técnicos para que todos saibam como identificar o bullying e como proceder.

Agora estamos na fase de chamar as famílias para conversar e orientar sobre essa prática para que eles nos ajudem conversando com seus filhos.”
Para a psicóloga e docente da UFPA Ivany Pinto, “é importante não só discutir como também ter umplanejamento educacional que trabalhe as diferenças”.

Para ela, o combate ao bullying não pode ser tratado de forma isolada. “O cenário é maior.

O problema começa na aceitação de um pelo outro. Existem pessoas negras, loiras, sem braço, sem olho, sem perna, com cabelo liso, crespo e por aí vai.

Se uma dessas pessoas não é aceita, ela pode ser vítima de qualquer tipo de violência.” (Diário do Pará)

 

 

Estudo realizado em 24/06/2012

Por Pastor Rogério Costa

 

 

Ministério Igualdade Independente

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Data: 19/10/2015 | De: santa eunice

ótimo

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